15/11/25
JC/Estadão Conteúdo
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Trump assinou um decreto isentando de tarifas recíprocas uma lista de produtos agrícolas, incluindo café, carne bovina, frutas tropicais e sucos

A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira (14) que o presidente Donald Trump assinou um decreto isentando de tarifas recíprocas uma lista de produtos agrícolas, incluindo café, carne bovina, frutas tropicais e sucos. A medida, que representa uma revisão parcial do “tarifaço” imposto desde abril, traz alívio imediato aos exportadores brasileiros que vinham perdendo competitividade no mercado americano.
A nova ordem executiva retira a sobretaxa que havia sido imposta a diversos itens, como bananas, laranjas, tomates, cacau, especiarias e carne bovina de alta qualidade. Analistas veem a decisão como um movimento estratégico com motivações eleitorais, buscando conter a pressão inflacionária nos Estados Unidos.
Impacto Positivo no Vale do São Francisco (PE)
Para o Brasil, o alívio nas tarifas é particularmente positivo para cadeias produtivas regionais. No caso das frutas tropicais, a isenção tributária se traduz em um impulso direto para os produtores do Vale do São Francisco, que abrange parte de Pernambuco e Bahia.
O polo do Vale do São Francisco, um dos maiores exportadores de manga e uva de mesa do país, deve retomar a competitividade e aumentar o volume de embarques para os EUA.
Com a redução da alíquota, as frutas brasileiras chegam ao consumidor americano com um preço mais atraente, favorecendo a expansão da presença desses produtos no disputado mercado internacional.
Contexto: Tarifaço e Motivação
O Brasil havia sido atingido por uma tarifa de 10% na leva inicial de sobretaxas.
O recuo americano, embora não signifique a suspensão total das barreiras impostas a outros setores, é focado em bens agrícolas que os EUA não produzem em volume suficiente e cuja alta de preço tem preocupado o consumidor local em ano de eleições presidenciais.
O Ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, celebrou o avanço nas relações bilaterais, permitindo que os EUA voltem a buscar café e carne bovina com preço competitivo no Brasil.