26/06/25
Estadão Conteúdo
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Com impacto de R$ 10 bilhões na arrecadação, governo terá que cortar gastos para cumprir meta fiscal de 2025
O texto foi aprovado em votação simbólica, conforme sugestão do presidente Davi Alcolumbre (União-AP).
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), indicou que não pediria o registro nominal e então anunciou-se um acordo para que a votação fosse simbólica, apenas com o registro de votos contrários ao PDL. Com a aprovação, a matéria vai à promulgação
Perda de bilhões
Com a derrubada dos decretos, o Executivo enfrenta uma perda estimada de R$ 10 bilhões em arrecadação ainda este ano.
Diante do cenário, a equipe econômica precisará encontrar alternativas para compensar o impacto nas contas públicas.
Esta é a primeira vez que o Congresso revoga um aumento de imposto feito por decreto presidencial.
Segundo o Ministério da Fazenda, a rejeição obriga o governo a ampliar o bloqueio de despesas no Orçamento de 2025, a fim de evitar o descumprimento da meta fiscal.
Parecer
No parecer favorável à derrubada, o senador Izalci Lucas (PL-DF), argumentou que o novo decreto do governo reintroduz medidas que causaram reação no Congresso Nacional, apresentando um “substancial aumento da carga tributária sob o disfarce de ajustes técnicos”. Segundo o parlamentar, o novo decreto do governo Lula traz uma “reedição normativa que aprofunda vícios, reforçando a percepção de improviso”.
Izalci Lucas destacou que permanece no texto o aumento do IOF, com o “desvirtuamento” da função extrafiscal do tributo, argumentando que o aumento do IOF “eleva o custo do capital para empresas, especialmente as de menor porte” e que os efeitos da medida ainda recaem sobre o consumo. Na visão do relator, o Executivo “reiterou práticas incompatíveis com o ordenamento jurídico e o interesse público” ao editar o novo decreto.
Durante a discussão do PDL, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a Casa descumpriu acordos firmados sobre o IOF. “A Casa vive de cumprir acordo. Foi feito um acordo que está sendo descumprido. Houve uma mudança de posição”, disse
O petista afirmou que o governo ainda não decidiu o que fará sobre a possível derrubada dos decretos e criticou a votação. “Registro minha insatisfação com a votação tão acelerada dessa matéria. Vou esperar outros falarem para tomar minha decisão”, disse.
