Prisão de ex-ministro Gilson Machado não durou 24 horas

14/06/26

Por Betânia Santana

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Detido pela manhã e levado ao Cotel à tarde, Gilson Machado foi solto às 22h50, mas terá que cumprir medidas retritivas: está proibido de deixar o pais e terá que comparecer à Justiça  quizenalmente, às segundas -feiras

 

Petistas de Pernambuco usaram as redes sociais para registrar, comemorar e ironizar a prisão do ex-ministro do Turismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Gilson Machado (PL), realizada de manhã pela Polícia Federal.Ele foi detido por suspeita de tentar facilitar a saída do Brasil do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da tentativa de golpe no país, o tenente-coronel Mauro Cid.Os petistas começaram a lavar a alma em uma sexta-feira 13. E não conseguiram terminar. O ministro do STF Alexandre de Moraes revogou a prisão e o ex-ministro acabou solto no mesmo dia, às 22h50.“Estão dizendo que Gilson foi preso por uma narrativa. Não. Ele foi preso por tentativa de obstrução de investigação de uma organização criminosa. Esses golpistas são, antes de tudo, covardes. Muito bravos nas redes sociais, mas, na prática, verdadeiros fujões”, enfatizou a vereadora do Recife Liana Cirne, que, em março, pediu a prisão de Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes.

De alma quase lavada estava a vereadora Kari Santos. Mas não foi dessa vez. Em 2024, ela chamou o então candidato ao Senado de ‘sanfoneiro do diabo’, e foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral a pagar multa de R$ 5 mil, por propaganda irregular.

“Sanfoneiro do diabo acabou de ser preso. Não. É prisioneiro do diabo. Agora vai lá, Gilson Machado, e me processa de novo”, provocou.

O ex-ministro negou as acusações. “Não matei, não trafiquei drogas, não tive contato com traficante. Apenas pedi um passaporte para o meu pai, no Consulado Portugês do Recife.” Gilson Machado ficou preso no Cotel, em Abreu e Lima, por cerca de nove horas.

 

A liberdade provisória foi concedida mediante o cumprimento de:
– Comparecimento quinzenal à Justiça na comarca de origem, às segundas-feiras;
– Proibição de sair da comarca;
– Cancelamento do passaporte e proibição de obter novo documento;
– Proibição de sair do país;
– Proibição de contato com demais investigados.
Moraes determinou que o descumprimento de quaisquer das medidas poderá levar à decretação de nova prisão.

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