12/06/25
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Em evento em Minas Gerais, presidente ainda chamou o senador Rodrigo Pacheco de “futuro governador”

Durante evento em Mariana (MG), nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso com forte teor político, no qual sinalizou, de forma clara, a possibilidade de disputar a reeleição em 2026. Ao afirmar que ainda não concluiu tudo o que deseja para o país, o chefe do Executivo afirmou que chegar à presidência foi um “milagre”: “virar presidente uma, duas e três vezes, e se brincar, vai ser a quarta vez. Se preparem. Se preparem porque esse país não vai cair na mão da extrema direita”.
O discurso ocorreu em tom de celebração, mas também de alerta sobre os riscos à democracia. “Esse país aprendeu a gostar de democracia e vamos fazer a democracia permanecer”, disse Lula, ao reafirmar sua disposição de impedir que setores extremistas voltem ao poder.
“Duvido que tenha um presidente que tenha feito metade” – Lula fez um balanço da própria trajetória, destacando as dificuldades enfrentadas desde a infância e o que considera “milagres” em sua vida. “Nascer onde eu nasci, as crianças morrem até cinco anos de idade de fome. Escapar de morrer de fome já foi um milagre para mim”, disse. E completou: “um cara, filho da dona Lindu, com diploma primário e um curso técnico virar presidente da República, só pode ser milagre”.
O presidente ainda expressou confiança no legado de sua gestão. “Tenho certeza que ainda não fiz tudo que quero fazer, mas se você pegar desde a proclamação da República até hoje, duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz para o povo desse país”.
Pacheco é chamado de “futuro governador” – Em mais um gesto político durante o evento, Lula se dirigiu ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presente no palanque, com uma sinalização sobre seu futuro político. “Futuro governador”, disse o petista, ao cobrar apoio para a nova política de controle do preço do gás de cozinha.
O tema foi abordado com forte crítica à atual cadeia de distribuição do botijão de gás. “É uma roubalheira esse negócio do gás. A Petrobras entrega o botijão de gás de cozinha a R$ 37. Quanto vocês pagam aqui?”, questionou o presidente. Em seguida, lançou um alerta: “você acha que é normal a Petrobras entregar o gás a R$ 37 e ele chegar para os pobres consumidores a R$ 140? Alguém está ganhando dinheiro no meio”.
Lula reforçou a proposta do governo para enfrentar a distorção de preços, com foco nas famílias de baixa renda. “Vamos fazer uma política de gás. A ideia é a gente fazer chegar na casa de todas as pessoas do CadÚnico de graça”.