15/06/25
Por Jornal Nacional
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Conflito ameaça mergulhar o Oriente Médio em uma nova guerra.
Desde a noite de quinta-feira (12), o mundo acompanha, com enorme apreensão, a escalada dos confrontos entre Israel e Irã. O Oriente Médio está sob ameaça de uma nova guerra.
O homem diz que a imagem é de Farahzad, um bairro residencial em Teerã. A 10 km de lá, no bairro nobre de Vanak, a torre One Holding Tower, de uso comercial, também foi atingida. As pessoas foram para a rua depois dos ataques em outros bairros residenciais.
Os ataques na capital, Teerã, de acordo com o governo israelense, foram direcionados às casas dos comandantes militares do país e também a duas bases militares e um centro de desenvolvimento de mísseis nos extremos da cidade. Mas havia outros alvos pelo país.
Uma imagem é de Natanz, onde fica a maior centro nuclear iraniano. E outra, de uma base militar em Kermanshah, no oeste do país. Também houve ataques diretos de solo iraniano. Imagens mostram agentes da Mossad, o serviço de inteligência israelense, infiltrados dentro do Irã. Eles preparam drones e mostram o ataque preciso ao sistema de defesa antiaéreo iraniano.
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Israel ataca Teerã, capital do Irã — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
A imprensa estatal iraniana confirmou a morte do comandante da aeronáutica Amir Ali Hajizadeh, que seria responsável pela resposta aos ataques pelo ar. E também de Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas – o segundo na hierarquia, abaixo apenas do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei. O vice de Bagheri também foi morto.
Assim como Hussein Salami, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, que é a principal força militar do país, com mais de 120 mil homens. Salami era responsável por organizar grupos e milícias no Oriente Médio que lutam, organizados pelo Irã, contra inimigos como os Estados Unidos e Israel.
Os ataques mataram também Ali Shamkhani, responsável pelas negociações de um acordo nuclear com os Estados Unidos, e dois cientistas nucleares. A imprensa estatal do Irã falou em 80 civis mortos na ofensiva e 300 feridos.
Depois dos ataques, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento. Disse que o objetivo é destruir instalações nucleares, programas de mísseis e cientistas nucleares iranianos, e que os ataques vão durar por quantos dias forem necessários. Netanyahu alegou que o Irã tem urânio enriquecido o suficiente para fazer nove bombas atômicas em poucos meses, e que isso punha em xeque a sobrevivência do Estado de Israel.
De acordo com um comunicado do governo israelense, Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, decidiram na segunda-feira (9) começar os ataques. Foram meses de preparo, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana.
Os Estados Unidos foram informados antes sobre o ataque ao Irã. Na quarta-feira (11), a diplomacia americana retirou parte dos funcionários de embaixadas no Oriente Médio, prevendo o começo do confronto.
Em um comunicado após os ataques de Israel, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança. Afirmou que Israel usou sua “mão malvada e sangrenta” em um crime contra o Irã e que vai receber uma punição severa. Disse que o ataque preparou um destino amargo para Israel e afirmou que os comandantes e cientistas mortos viraram mártires de guerra. Khamenei substituiu rapidamente os generais mortos.
Nas primeiras horas de sexta-feira (13), o governo israelense afirmou que o Irã tinha começado um ataque com 100 drones. A agência estatal iraniana negou e afirmou que a resposta viria horas depois.
Em Israel, Benjamin Netanyahu disse que foi um ataque inicial bem-sucedido, mas que “não há guerras fáceis”. O governo do Irã afirmou que o ataque foi uma declaração de guerra. O líder supremo iraniano fez um discurso na TV:
“Eles começaram uma guerra e não vão escapar desse grande crime sem se machucar”.
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Pelo menos sete pontos de Tel Aviv foram atingidos por mísseis lançados pelo Irã — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Logo depois, o Irã lançou cerca de 100 mísseis em direção a Israel – uma operação confirmada pelo regime iraniano. A maior parte dos projéteis foi interceptada.
À noite, Netanyahu falou mais uma vez. Disse que o regime iraniano “não sabe o que o espera” e que “nunca esteve tão fraco”. Ele falou em inglês e persa, diretamente para o povo iraniano. Netanyahu disse que é hora de os iranianos se levantarem e deixarem suas vozes serem ouvidas – uma tentativa de jogar o povo contra o governo islâmico do aiatolá Ali Khamenei, um regime que controla o Irã há 46 anos.