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Apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro pedem intervenção militar — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta terça-feira (26) o sigilo do relatório final da investigação conduzida pela Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
O documento, que tem mais de 800 páginas, reúne as conclusões da PF sobre uma trama, arquitetada pelo entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para frustrar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023.
A corporação indiciou 37 pessoas por envolvimento na suposta tentativa de golpe, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O inquérito foi encaminhado, por Moraes, à Procuradoria-Geral da República (PGR), que poderá — ou não — apresentar denúncia contra o grupo.
As conclusões da PF apontam, por exemplo, que o então presidente Bolsonaro “efetivamente planejou, ajustou e elaborou um decreto que previa a ruptura institucional”. Os investigadores dizem que ele tinha “plena consciência e participação ativa” nas ações.
O relatório também afirma que o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, aprovou o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros pontos do relatório relvam adesão de militares de alta patente à trama, como ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos. Mensagens obtidas pela investigação afirmam, por exemplo, que “tanques no Arsenal” da Força estavam “prontos” para o golpe.
Confira, a seguir, nesta reportagem os principais pontos do relatório da Polícia Federal (clique no link para seguir ao conteúdo):
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Ex-Presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa após chegar no aeroporto de Brasília. — Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo
O relatório da Polícia Federal afirma que Jair Bolsonaro tinha “plena consciência e participação ativa” nas ações do grupo que debatia a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil.
O documento aponta que o grupo deu início a ações para subverter a ordem constitucional e impedir a posse de Lula, eleito em 2022, com conhecimento do então presidente.
Bolsonaro, de acordo com a PF, fez, por exemplo, transmissões ao vivo e reuniões para inflamar e sustentar narrativas de fraude nas eleições.
Segundo a Polícia Federal, as provas obtidas no inquérito demonstram de “forma inequívoca” que o então presidente “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa” que tramava o golpe.
Os investigadores afirmam, ainda, que o então presidente Bolsonaro tentou recorrer a instâncias inferiores das Forças Armadas para buscar respaldo a um golpe de Estado.
Segundo a Polícia Federal, o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, se colocou à disposição. Já os comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, disseram que não adeririam a qualquer plano do tipo.
Foi diante dessa recusa dos comandantes que, de acordo com a PF, Bolsonaro decidiu se reunir dois dias depois com um militar de posto mais baixo: o comandante de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theophilo.
“Diante da recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em aderirem ao intento golpista, o então presidente Jair, no dia 09 de dezembro de 2022, reuniu-se com o General Estevam Theophilo, comandante do Coter, que aceitou executar as ações a cargo do Exército e capitanear as tropas terrestres, caso o então presidente Jair Bolsonaro assinasse o decreto”, diz a PF.
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Minuta de golpe no WhatsApp de Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução
O documento entregue pela PF ao Supremo afirma que o então presidente Jair Bolsonaro “efetivamente planejou, ajustou e elaborou um decreto que previa a ruptura institucional”.
A chamada “minuta de decreto golpista” previa, entre outras medidas, a anulação das eleições para garantir Bolsonaro no poder.
Em seu depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou em depoimento que o ex-presidente pediu alterações na minuta de decreto golpista.
Segundo Cid, o então presidente determinou que dois pontos principais fossem mantidos: “a determinação de prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições presidenciais”.
As ações golpistas, de acordo com a investigação, só não avançaram em razão da resistência de militares, como os então comandantes do Exército Freire Gomes e da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior.
26/11/24
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Chefe do Executivo estadual acompanhou o ato que contou com bênção do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, a dois dias do início da Festa do Morro

A reconstrução do teto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no Morro da Conceição, no Recife, foi entregue nesta terça-feira (26) pelo Governo de Pernambuco. A obra foi um compromisso assumido pela governadora Raquel Lyra (FOTO), que assinou termo de fomento destinando recursos na ordem de R$ 1,5 milhão à Arquidiocese de Olinda e Recife para viabilizar a reconstrução da estrutura. Nesta terça-feira, a chefe do Executivo estadual esteve presente no Santuário e enfatizou que, após a conclusão da 120ª Festa da Imaculada Conceição do Morro, que inicia as programações a partir do dia 28 de novembro, será assinado um novo Termo de Fomento para início das obras da segunda etapa.
“A segunda etapa não era necessária nesse momento para garantir a Festa do Morro. Após as festividades, vamos tratar de todo o desenho e preservação do que se tinha presente no Santuário e, assim, podemos ter um símbolo de Pernambuco e do Recife devolvido integralmente à população. A entrega da coberta ocorre após o trabalho intenso do nosso time, para garantirmos que as obras acontecessem em tempo hábil. As comemorações já começam agora, no dia 28 de novembro, e culminam no Dia de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro, em um momento de demonstração de fé, união e pedido de bênçãos para todo o nosso povo”, destacou Raquel Lyra.
A vice-governadora Priscila Krause também esteve presente no ato de entrega. “Recebemos o prédio no dia 26 de setembro e entregamos hoje, dia 26 de novembro, para que as festas se iniciem no dia 28. Esse santuário sempre será um espaço de congregação do povo recifense e do povo pernambucano”, ressaltou.
A cobertura metálica foi finalizada no último sábado (23), com toda a estrutura executada. A pintura e a tubulação pluvial já foram concluídas, e o quadro elétrico foi revisado e religado nessa segunda-feira (25).
“A preocupação do Governo, além de cuidar das vítimas, foi de restabelecer esse santuário, que é um patrimônio cultural, tem uma importância no calendário, inclusive econômico, dessa população. Entregamos a coberta definitiva, feita não só com reforço da estrutura, mas com revestimento térmico, proteção acústica, trazendo ainda mais conforto às pessoas que procuram o Santuário, para que esse seja um lugar de mais ações sociais e mais graças para a comunidade”, detalhou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes.
Durante a entrega da coberta do Santuário, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, celebrou uma benção em agradecimento à parceria com o Governo do Estado. “É um momento de extrema alegria. Somos profundamente gratos ao Governo de Pernambuco, mas sobretudo aos devotos que sempre estiveram em oração, para que este santuário logo se restabelecesse. Faremos uma festa belíssima”, celebrou Dom Paulo, que esteve acompanhado do reitor do Santuário Nossa Senhora da Conceição, padre Emerson Borges.
Nesta terça-feira (26), terá início a montagem das estruturas provisórias de iluminação, sonorização e climatização, que darão suporte às festividades. A chegada das cadeiras está prevista para quarta-feira (27).
Após o encerramento das festividades, no dia 13 de dezembro, o governo iniciará a segunda etapa do projeto. Essa nova fase inclui a substituição de esquadrias de vidro, recuperação de acabamentos internos, instalação de um novo forro acústico em gesso, melhorias na iluminação e reorganização da área externa.
O investimento total do Estado na reconstrução do templo somará cerca de R$ 3 milhões, considerando a assinatura do segundo termo de fomento que contemplará altar, piso e vidraças, num compromisso com a preservação do patrimônio cultural e o apoio à comunidade religiosa.
Fotos: Rafael Bandeira/Secom
26/11/26
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Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa, que buscou “saber se havia alguma forma de resolver o problema” em meio às articulações golpistas. Ao ser questionado sobre a que se referia, esclareceu: “a insatisfação no Brasil”.
Com essa declaração, Bolsonaro admite sua participação na tentativa de golpe que ocorreu após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. O ex-capitão foi formalmente indiciado pela Polícia Federal devido ao seu envolvimento no caso. No entanto, na mesma coletiva, seu advogado negou o envolvimento de Bolsonaro na trama.
Na coletiva, Bolsonaro disse que cogitou aplicar um estado de sítio no país, considerado por ele como “um remédio constitucional”, que depende do aval do Congresso.
Ele ainda demonstrou esperança com a eleição do aliado Donald Trump nos Estados Unidos. “Trump tem uma mania de liberdade, e os EUA projetam seu poder no mundo através das Forças Armadas. Ele assume com Elon Musk, e no meu entender ele está preocupado com a liberdade. Ele não quer a América do Sul vermelha”, disse.
Por Ederson Hising, g1 — São Paulo
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A investigação da Polícia Federal (PF) sobre a trama golpista após o segundo turno das eleições de 2022 obteve áudios de militares discutindo os preparativos para o plano. A TV Globo teve acesso a 55 áudios que circulavam em grupos de militares de alta patente. Confira trechos mais abaixo.
Segundo a PF, o general da reserva Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, foi o articulador do plano, que envolvia uma conspiração para matar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice, Geraldo Alckmin; e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na quinta-feira (12), a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Os áudios a seguir são de conversas ocorridas após o segundo turno das eleições de 2022.
Confira abaixo o que disseram os militares:
O coronel Reginaldo Vieira de Abreu, em uma das conversas com o general Mário Fernandes, justificou a necessidade de um golpe de Estado porque o país estava em guerra e os adversários estavam vencendo.
“O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o c*. Nós estamos em guerra, eles estão vencendo, está quase acabando e eles não deram um tiro por incompetência nossa”, afirmou.
Coronel reformado queria guerra civil no Brasil
O general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência da República, Mario Fernandes, recebeu um áudio do general-de-brigada da reserva Roberto Criscuoli, em 29 de novembro de 2022, discutindo abertamente a possibilidade de uma “guerra civil”.
“Se nós não tomarmos a rede agora, depois eu acho que vai ser pior. Na realidade vai ser guerra civil agora ou guerra civil depois. Só que a guerra civil agora tem um significativo, o povo tá na rua, nós temos aquele apoio maciço. Daqui a pouco nós vamos entrar numa guerra civil, porque daqui a alguns meses esse cara vai destruir o Exército, vai destruir tudo”, disse.
Segundo a investigação, os acampamentos em frente aos quartéis no fim de 2022 faziam parte de um movimento orquestrado pelos militares e que o general Mário Fernandes se comunicava frequentemente com esses grupos.
“Talvez seja isso que o alto comando, que a defesa quer: o clamor popular, como foi em 64. Nem que seja pra inflamar a massa, para que ela se mantenha nas ruas”, disse.
Mensagens de voz do general Mário Fernandes mostram que o militar pediu ao então ajudante de ordens Mauro Cid que Bolsonaro conversasse com o Ministério da Justiça sobre a possibilidade de “segurar” as ações da PF no acampamento golpista montado em frente ao QG do Exército.
“Os caras não podem agir, a área é militar, mas, p*, já andou havendo prisão realizada ali pela Polícia Federal. Então, p*, seria importante, se o presidente pudesse dar um ‘input’ ali pro Ministério da Justiça, pra segurar a PF, né? Ou, p*, pra Defesa alertar o CMP, que, p*, não deixa. Os caminhões estão dentro de área militar”, afirmou.
Em outro áudio, o tenente-coronel Mauro Cid relata conversa com o então presidente Jair Bolsonaro sobre o golpe de Estado.
“Vou conversar com o presidente [Bolsonaro]”, disse Cid. “O negócio é que ele tem essa personalidade às vezes. Ele espera, espera, espera, espera pra ver até onde vai, ver os apoios que tem. Só que às vezes o tempo está curto, não dá pra esperar muito mais passar. Dia 12 seria… Teria que ser antes do dia 12, mas com certeza não vai acontecer nada”, relatou.
O general da reserva Mário Fernandes também aparece em um diálogo com Marcelo Câmara, então assessor de Jair Bolsonaro, disposto a enfrentar as consequências de um golpe de Estado.
“Qualquer solução, caveira, tu sabe que ela não vai acontecer sem quebrar ovos, sem quebrar cristais”, afirmou.
Em um outro áudio, o general Mário Fernandes disse que teve uma conversa com o então presidente Jair Bolsonaro, sobre a diplomação da chapa Lula e Alckmin, no TSE.
“Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição? Qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro. Tudo. Mas aí na hora: pô, presidente. A gente já perdeu tantas oportunidades”, mostra o áudio.
No dia 12 de dezembro, data da diplomação, manifestantes tentaram invadir o prédio da PF e incendiaram carros e ônibus em Brasília.
Em uma troca de mensagens com o general Mário Fernandes, o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu afirmou que havia uma divisão entre os generais que comandavam a força sobre aderir ou não à tentativa de golpe de Estado.
“Kid Preto, cinco não querem, três querem muito e os outros, zona de conforto. É isso. Infelizmente. E a lição que a gente deu para a esquerda é que o alto comando ele tem que acabar”, disse.
O general Mário Fernandes, em conversa com o Marcelo Câmara, então assessor de Bolsonaro, em 10 de novembro de 2022, tratou da ideia de tirar o general Paulo Sérgio Nogueira e colocar o general Braga Netto no Ministério da Defesa.
Braga Netto, que foi vice na chapa derrotada de Bolsonaro, é apontado por fontes da Polícia Federal como o principal arquiteto do plano de golpe para manter o ex-presidente no poder mesmo com derrota na eleição de 2022.
“Ontem, falei com o presidente. P*, cara, eu tava pensando aqui, sugeri o presidente até, p*, ele pensar em mudar de novo o MD [Ministério da Defesa], porra. Bota de novo o General Braga Netto lá. General Braga Netto tá indignado, p*, ele vai ter um apoio mais efetivo”, diz Fernandes ao auxiliar do ex-presidente.–
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26/11/24
Imprensa PE
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Interessados podem se inscrever no site da escola, no endereço www.egape.pe.gov.br
A Escola de Governo da Administração Pública de Pernambuco (Egape), da Secretaria de Administração (SAD), abriu inscrições para 35 cursos que favorecem o crescimento profissional. São 5,2 mil vagas para qualificações que acontecerão em dezembro, nas modalidades presencial e EAD. As matrículas gratuitas podem ser feitas no site da escola, no endereço www.egape.pe.gov.br.
Os servidores estaduais e municipais podem se matricular em sete cursos presenciais, a exemplo de “Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos”. Entre os pré-requisitos dessa qualificação, é necessário possuir conhecimentos básicos em Termo de Referência. Ao final da formação, os participantes saberão como desempenhar a função de gestor ou fiscal de contratos administrativos.
Na modalidade EAD com tutoria, está disponível para servidores públicos o curso “Automação de Processos para Transformação Digital no Setor Público”. Com carga horária de 20h/a, essa formação ensinará de que maneira a tecnologia pode contribuir com órgãos governamentais.
O diretor da Egape, Henrique Oliveira, enfatizou a relevância dos cursos oferecidos. “A partir das qualificações disponibilizadas pela Escola de Governo, os servidores públicos e a população têm à disposição várias opções para crescimento profissional. Além disso, todas as formações estão de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressaltou.
Já o público em geral pode se inscrever nos cursos EAD autoinstrucionais, que terão início a partir do dia 02 de dezembro. Para isso, é necessário possuir nível médio. Uma das opções disponíveis é a formação “Básico para Elaboração de Termo de Referência (TR) com Fundamentos na Nova Lei de Licitação (Lei Federal nº 14.133/21)”. Ao final dessa qualificação, os alunos saberão como formular contratações eficientes.
Outros cursos EAD autoinstrucionais ofertados são “Banco de Dados”, “Comunicação Intra e Interpessoal”, “Edição e Processamento de Imagens”, entre outras qualificações. Mais informações podem ser obtidas nos números (81) 3183-8025 (Coordenação Pedagógica) e (81) 3183.8065 (cursos EAD).
26/11/24
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Pela primeira vez desde o início das investigações que o apontam como articulador de uma tentativa de golpe, Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de ser preso. Ao desembarcar em Brasília, nesta segunda-feira (25), após uma temporada no Nordeste, o ex-presidente foi realista sobre seu provável destino, mas voltou a negar envolvimento em qualquer ação fora dos limites constitucionais. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui (do aeroporto)”, disse ele.
Apesar da confissão sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro classificou as investigações como “perseguição política” e reafirmou que nunca cogitou a ideia de um golpe de Estado. “A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição”, apontou, segundo reporta o jornal O Globo.
Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. A investigação identificou reuniões com líderes militares em que foram discutidas estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a possível aplicação de medidas como Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e Estado de Defesa.
O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, afirmou em depoimento à PF que chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão caso ele prosseguisse com as articulações. O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também rejeitou os planos, mas relatou que o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição para apoiar Bolsonaro.
Outro elemento central da investigação é uma reunião ocorrida em julho de 2022 no Palácio do Planalto, onde Bolsonaro teria incitado ações antes das eleições. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos”, teria dito, conforme consta nos autos da investigação.
Bolsonaro também comentou sobre o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele afirmou que um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitirá que o texto seja analisado por uma comissão especial ainda este ano. “Não havia clima para aprovar no plenário da Câmara. A ideia é que passe na comissão especial. O meu indiciamento não tem nada a ver com isto, são coisas diferentes”, apontou.
Ao admitir a possibilidade de prisão, Bolsonaro adotou um tom mais realista em relação à gravidade de sua situação. No entanto, manteve a postura de negação em relação às acusações e insistiu que as ações investigadas seriam resultado de uma perseguição política, o que, segundo ele, visa enfraquecê-lo politicamente. As investigações seguem em andamento, com expectativa de novos desdobramentos.
26/11/24
Betânia Santana
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Em Pernambuco, a legenda é comandada pelo ministro da Pesca, André de Paula, que está na gestão desde agosto do ano passado, quando sua filha Cacau de Paula assumiu a Secretaria de Cultura de Pernambuco.
Rui Costa tenta encontrar a governadora desde o mês passado. Mas o roteiro não convergia. Hoje os caminhos estarão mais próximos. O ministro se reúne com a gestora e secretários. no fim da tarde, e deve jantar no Palácio das Princesas.
Já avisou que só fala com a imprensa amanhã, quando, ignorando divergências entre Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos, volta ao Palácio para reunião com os dois e outros líderes. O prefeito confirmou presença.
Depois, visitam o Canal do Fragoso, em Olinda, onde o ministro esteve com a governadora no ano passado. Em seguida, vistoriam o Hospital da Criança, Zona Oeste do Recife, projeto da prefeitura, que tem entrega prevista para dezembro.
A governadora confirmou presença. De lá, segue para a base aérea. Vai a Brasília com o ministro. Dessa vez, não faltará tempo para ouvir as vantagens de uma parceria na condição de aliada.
Raquel Lyra janta com a bancada de Pernambuco em Brasília e na quinta participa do fórum nacional de governadores, ainda na capital federal.
Política e fé
Na disputa entre a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos, quem sai lucrando são os fiéis e organizadores da Festa do Morro da Conceição. O teto do santuário, no qual o Governo do Estado investiu R$ 1,5 milhão, teve a primeira etapa da obra concluída ontem, dois dias antes do previsto. Também ontem a Prefeitura do Recife anunciou mais de R$ 400 mil para o evento.
Cobrança
A deputada Dani Portela aproveitou a solenidade que marcou os 59 anos da Universidade de Pernambuco para cobrar a reestruturação do plano de cargos e carreiras dos professores e servidores.
Quitadas
O Governo do Estado pagou os R$ 12 milhões de emendas pix (diretamente aos municípios). Liberou R$ 10,9 milhões das impositivas e mais R$ 20 milhões estão previstos para esta semana.
Polêmica
Câmara do Recife deve votar hoje projeto que garante direito de pessoas em união estável homoafetiva se inscreverem em programas de habitação popular. Proposta é da vereadora Liana Cirne (PT).
26/11/24
Estadão Conteúdo
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De acordo com o relatório da Polícia Federal, foi encontrado nos arquivos apreendidos no celular do general reformado Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, um arquivo denominado plano “Punhal Verde e Amarelo”.
Os investigados indicam que o documento previa “a elaboração de um detalhado planejamento que seria voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes e, ainda, dos candidatos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, ambos componentes da chapa vencedora das eleições”.
O advogado Raul Livino, responsável pela defesa do general Mário Fernandes, afirmou ao Estadão que ainda não teve acesso ao inquérito, mas que considera a prisão cautelar dele despropositada. A defesa pediu a transferência do militar do Rio de Janeiro para Brasília.
Segundo a PF, o planejamento contra Moraes previa o mapeamento dos locais que o ministro frequenta em Brasília, como residência, trabalho e academia, além do itinerário, dos horários e da agenda dele.
O plano revela uma lista de itens necessários para a execução da operação, entre eles coletes balísticos, armas de grosso calibre e até lança-granadas.
“Considerando todo o contexto da investigação, o documento descreve um planejamento de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes. Essa afirmação se baseia, além de todas as referências ofensivas ao ministro nos áudios e diálogos mantidos por Mário Fernandes, em alguns detalhes do documento”, diz a PF
Em outro ponto, o militar descreve que seriam necessários seis telefones celulares “habilitados em nomes de terceiros e, associados a codinomes de países para anonimização da ação criminosa”. Os telefones seriam utilizados pelos militares envolvidos no plano de prisão/execução de Moraes.
“Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público. Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de “captura” seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto ”
26/11/24
ImprensaPE
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A governadora Raquel Lyra (foto) acompanhou, na manhã desta segunda-feira (25), a abertura da aula inaugural do Curso de Formação de Oficiais (CFO) dos 157 aprovados no concurso da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).
Esta é a primeira turma dos 450 concursados aprovados no certame para o cargo de 2° tenente. A solenidade, realizada no auditório da Justiça Federal de Pernambuco, no Recife, também contou com a participação da vice-governadora Priscila Krause.
“Fizemos um concurso público para mais de 7 mil novos profissionais de segurança pública na área das polícias Militar, Civil e Científica e do Corpo de Bombeiros Militar, para que a gente possa garantir que Pernambuco seja um estado muito mais seguro. Através do Juntos pela Segurança, temos realizado investimentos significativos para comprar equipamentos como viaturas, coletes à prova de bala, armamentos, reforma dos equipamentos públicos e equipamentos de inteligência para sermos mais efetivos e eficientes no uso das nossas forças operacionais de polícia. Tudo isso para que se tenha um Estado muito mais seguro, onde a gente possa criar nossos filhos”, destacou a governadora Raquel Lyra.
No certame realizado pelo Governo do Estado neste ano de 2024, foram selecionados 4,8 mil concursados para o cargo de soldado. A previsão é que, até 2026, mais de sete mil policiais sejam incorporados na Defesa Social.
“Uma das primeiras ações da governadora Raquel Lyra foi entender que o efetivo das polícias e dos bombeiros estavam muito defasados e logo no início de seu mandato autorizou a realização dos concursos. Semana passada, fizemos a aula inaugural do curso de formação de praças e de oficiais do Corpo de Bombeiros e estamos nos preparativos finais para o mês que vem iniciarmos o curso de formação de 2.400 novos soldados da Polícia Militar”, afirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.
O comandante geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres, explicou como se dará o curso de formação. “Os alunos aprendem praticamente tudo que é necessário para ser um líder. O aprendizado vai desde matérias tipicamente militares, passando por matérias policiais e também disciplinas de direitos humanos. O currículo é bastante vasto, durante um ano de curso, de segunda a sexta, podendo chegar aos finais de semana quando for preciso”, relatou o comandante, enfatizando que o curso tem duração aproximada de 12 meses.
O curso, última etapa antes do ingresso na corporação, é supervisionado pela Academia Integrada de Defesa Social (Acides) e coordenado pela Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa da PMPE. A primeira turma, das três previstas, contará com 157 cadetes, sendo 33 do sexo feminino.
Natural de Caruaru, no Agreste, Samuel Marinho, de 26 anos, externou a emoção de iniciar o Curso de Formação. “Esta aprovação é a realização de um sonho, resultado de anos de muita dedicação. Estou muito feliz e disposto a fazer de tudo para finalizar este curso de formação e me tornar, finalmente, um oficial da Polícia Militar de Pernambuco. A população pode esperar de mim dedicação ao máximo, exercendo minha função”, celebrou.
Também participaram do evento o secretário da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede; e os executivos Clóvis Ramalho (Proteção e Defesa Civil) e Enéias Ferreira (Gestão Integrada de Defesa Social).