09/11/24
Por Betania Santana e Pupi Rosenthal
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Governadora participará de audiência sobre o trecho da ferrovia que liga Salgueiro a Suape
“Estamos trabalhando para atualizar o projeto, licitar a obra e podermos ir atrás dos recursos, como se conseguiu fazer para o Ceará. Espero que a gente possa ter aqui em Pernambuco o mesmo tratamento que foi dado para lá”, declarou a governadora na manhã de ontem, após entrega de carteiras que vão garantir atendimento prioritário a pessoas com fibromialgia.
Investimento
Na última terça-feira (5), a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) a assinar o aditivo com a Transnordestina Logística (TLSA) para a conclusão da Transnordestina, no trecho que liga a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém, no Ceará.
Com a medida, a Transnordestina Logística fica autorizada a realizar operação de crédito de R$ 3,6 bilhões junto ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A previsão é de que seja repassado R$ 1 bilhão anual, de 2024 a 2026, e mais R$ 600 milhões em 2027. O valor corresponde a todo o orçamento do fundo nesse período e beneficia apenas o trecho do Piauí até o Ceará. O orçamento estimado do FDNE, por ano, é de algo em torno de R$ 1 bilhão.
Importante na transição energética da Região Nordeste, o FDNE vinha garantindo a viabilidade de projetos voltados às energias alternativas e renováveis. Em 2023, todo o montante disponibilizado pelo fundo – R$ 1,1 bilhão – foi destinado a projetos de energia eólica e solar fotovoltaica. Com o repasse para viabilizar a construção da ferrovia no Ceará, não vão sobrar recursos para outras iniciativas. Os outros oito Estados do Nordeste e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo ficarão sem acesso aos recursos do fundo.