16/08/24
Por Pedro Beija
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De acordo com Luis Roberto Barroso, os materiais divulgados são “tempestades fictícias” e que os atos de Moraes “se deram no cumprimento do dever”
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou na abertura da sessão desta terça-feira, 14, sobre as revelações divulgadas pela Folha de São Paulo, que acusam Alexandre de Moraes de uso das estruturas da Justiça Eleitoral para investigações fora dos ritos oficiais da Justiça.
De acordo com Barroso, os materiais divulgados são “tempestades fictícias” e que os atos de Moraes “se deram no cumprimento do dever”.
“Nós, que o acompanhamos de perto, sabemos o custo pessoal, e a coragem moral e física que exigiu enfrentar esse tipo de movimentação antidemocrática”, disse.
Barroso também destacou que as acusações promovem “desinformação jurídica”, apontando as atribuições da Justiça Eleitoral, em especial o poder de polícia do órgão.
“Todas as informações que foram solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes referiam-se a pessoas que ja estavam sendo investigadas. Informações voltadas a obtenção de dados referentes a condutas de reiteração de ataques à democracia e de ataques de ódio”, disse o presidente do STF.
“Não houve aqui nenhum tipo de investigação de natureza policial ou investigação que dependesse sequer de reserva judicial. Era acompanhamento de dados, informações, notícias em redes sociais para investigar se ali havia alguma conduta criminosa ou que estava sendo investigada no âmbito de inquéritos no STF”, complementou.
Por fim, o presidente destacou que ninguém é imune a críticas e divergências, ressaltando que a “verdade não tem dono”.
“Nada é na surdina, tudo é para cumprir a Constituição, as leis, para o bem do Brasil”, concluiu.