Pesquisa da Univasf que investiga respostas de exercícios físicos em homens e mulheres com diabetes é publicada em revista internacional

31/08/24

Ascom Univasf
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Equipe do projeto de extensão “Exercício Físico como Açúcar Diário”, do Cefis, que desenvolveu o estudo. 

Com a proposta de compreender as diferenças de gênero nas respostas glicêmicas e cardiovasculares ao exercício aeróbico em pacientes com diabetes tipo 1, a estudante Tamy Beatriz Freire de Sá Martins, do 5º período do curso de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizou a pesquisa “Respostas glicêmicas e cardiovasculares relacionadas ao sexo após sessões aeróbicas contínuas e intervaladas em diabéticos tipo 1: um estudo randomizado”. O estudo foi publicado como artigo, em julho, pela revista científica norte-americana The American Journal of Cardiology.

Desenvolvida pelo projeto de extensão “Exercício Físico como Açúcar Diário” do Colegiado de Educação Física (Cefis), com a colaboração de pesquisadores do Colegiado de Medicina da Univasf e da Staffordshire University, da Inglaterra, a pesquisa buscou investigar as respostas glicêmicas e cardiovasculares relacionadas aos sexos feminino e masculino, após sessões de exercício aeróbico intervalado e exercício aeróbico contínuo, de intensidade moderada, em pessoas diabéticas. O artigo, publicado sob o título “Sex-Related Glycemic and Cardiovascular Responses After Continuous and Interval Aerobic Sessions in Patients With Type 1 Diabetes: A Randomized Crossover Study”, está disponível para acesso neste link.

O estudo teve início em 2022 com a aplicação de sessões de exercício funcional de peso corporal com os participantes. No total, a pesquisa contou com 19 voluntários das cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que participaram das sessões duas vezes por semana. Durante o período de estudo, a equipe do projeto acompanhou as taxas de glicemia capilar pré-exercício, em repouso, imediatamente após o exercício e 20 minutos após o término de cada sessão. Também foram acompanhadas a frequência cardíaca e a pressão arterial e comparadas as respostas por gênero.

Segundo a estudante Tamy Freire (foto ao lado), a realização da pesquisa, no que concerne à coleta de dados, é sempre exaustiva, mas, ao mesmo tempo, enriquecedora. “Cada paciente é único e tem respostas metabólicas diferentes. Foram longos meses de coletas que, ao final, resultaram em um trabalho bem desenvolvido e que poderá beneficiar o bem-estar das pessoas com diabetes tipo 1, promovendo qualidade e segurança na prática do exercício”, comenta.

Para o docente do Colegiado de Medicina Orlando Vieira Gomes, um dos pesquisadores que atou no estudo, o trabalho beneficia tanto a comunidade acadêmica quanto os pacientes diabéticos, pois promove uma compreensão abrangente em casos de pacientes diabéticos e facilita aos profissionais fazer recomendações personalizadas para a prática de exercícios físicos. “A pesquisa tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudar a evitar hipoglicemias e otimizar o controle glicêmico durante o exercício físico. Como médico acompanho regularmente pacientes com danos renais causados pelo diabetes, o que torna este projeto particularmente significativo, pois promove a saúde e bem-estar a esses pacientes, contribuindo para a prevenção de complicações graves associadas à doença”, relata o professor, que também é médico nefrologista no Hospital Universitário (HU-Univasf).

O coordenador e idealizador do projeto de extensão “Exercício Físico como Açúcar Diário”, Jorge Luiz de Brito Gomes, docente do Cefis, acredita que a educação científica da pesquisa ajudará profissionais de saúde, pessoas com diabetes tipo 1 e seus familiares a entender que o exercício físico aeróbico deve ser escolhido a partir de sua glicemia prévia e do gênero. “Dessa forma, desconfortos desnecessários serão evitados e os pacientes terão um melhor engajamento nos exercícios físicos regulares, que muitas vezes são descontinuados devido a desconfortos, como hipoglicemia e pressão arterial aumentada, ou por não serem atendidos como deveriam”, comenta Gomes.

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