Número de candidaturas diminui, mas concorrência entre vereadores é acirrada

23/08/24

Betânia Santana

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Em alguns municípios, a disputa chega a mais de 18 candidatos por vaga, segundo o TRE-PE
Quem tem experiência em campanha política diz que a disputa para as Câmaras Municipais é uma das mais difíceis. Em alguns municípios a concorrência chega a ser de quase 20 candidatos por vaga.  É o caso de Paulista, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, todos no Grande Recife.No primeiro, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), existem 281 postulantes, o que representa 18,73 para cada uma das 15 vagas. Em Jaboatão, há mais candidatos (492), mas também é maior o número de vagas (27). A média é quase a mesma: 18,22 nomes para cada cadeira.

No Cabo, o clima é um pouco menos acirrado. São 374 concorrentes para 21 vagas, uma média de 17,81. O Recife aparece em 10º lugar entre as cidades onde os candidatos vão precisar trabalhar mais para se reeleger ou conquistar um mandato.

Com o agravante de que, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE, houve redução do número de habitantes. Como o número de representantes no Legislativo varia de acordo com a população, a capital perdeu duas vagas, caindo de 39 para 37 cadeiras.

O cientista político Isaac Luna lembra que a situação poderia ser ainda mais difícil. Mas nos últimos anos dois fatores ajudaram a reduzir o número de candidaturas. O primeiro foi a Lei nº 14.211/21,  que limitou em 100% mais um o número de vagas por partidos. Antes era de 150%.

“Essa mudança impactou bastante na quantidade de candidaturas.”  Outro fator, destaca Luna, é a formação das federações. “Elas  atuam como um partido. Como as três federações existentes congregam sete legendas, temos quatro partidos a menos”, contabiliza. .As federações reúnem: PT, PV e PCdoB; PSOL e Rede; Cidadania e PSDB.

O professor avalia como positiva essa redução, acrescentando que com ela são menores as chances de candidaturas meramente ilustrativas. Em 2020, por exemplo, Recife registrou mais de 900 nomes para a Casa de José Mariano. Este ano são 515.

Cabelo em ovo
O prefeito do Recife e candidato à reeleição pela Frente Popular, João Campos (PSB), rechaçou a informação do também candidato Daniel Coelho (PSD) de que escolas da rede municipal estariam funcionando em sistema de rodízio. O oposicionista alegou que aparelhos de ar-condicionado foram instalados, mas a rede elétrica não suporta. “Temos uma rede completamente reestruturada e 100% climatizada. Se existir rodízio, é pontual, em razão de alguma reforma. O problema é que a oposição não vai ter o que mostrar e vai querer achar cabelo em ovo”, disse em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

Ironia
João Campos alfinetou também quem critica o funcionamento das unidades do Compaz. Sugeriu discutir com as Nações Unidas, que premiou a iniciativa. “Peço que ligue para a ONU para dizer que a avaliação mundial não serve. Essa pessoa precisa conhecer o equipamento”, sugeriu.

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