Igreja Católica se solidariza com mais de 10 mil famílias penalizadas pela falta de água e energia em Pernambuco e Bahia

16/08/24

Ascom /Midias Sociais

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As dioceses de Floresta, Petrolina  e Juazeiro (BA) manifestaram solidariedade a mais de 10 mil famílias no perímetro irrigado de Itaparica, área que fica entre os estados de Pernambuco e da Bahia. Em carta conjunta assinada pelos bispos dom Gabriel Marchesi, dom Antônio Carlos Cruz Santos, e pelo administrador diocesano padre Josemar Motta da Silva, a Igreja denuncia o desabastecimento de energia elétrica e água na região, e cobra respostas aos governos estaduais e federal, e ao Congresso Nacional.

“Queremos nos solidarizar com as famílias que estão vivendo uma inconcebível situação de incerteza a respeito da sua vida e do seu futuro. Isso é devido ao corte de energia que faz funcionar as bombas de irrigação, provocando uma forçada paralisação do seu trabalho, e à falta de diálogo com as diferentes autoridades que deveriam garantir as condições indispensáveis para que essas famílias fossem protagonistas do desenvolvimento seu e da inteira região”, diz um trecho da mensagem.

O desabastecimento de insumos básicos para a sobrevivência é um dos inúmeros problemas enfrentados pelas famílias desde 1986, quando uma área de 83.400 hectares foi inundada para a construção da hidrelétrica Luiz Gonzaga. Para realocar as populações urbanas atingidas pelos alagamentos, foram construídas as cidades de Petrolândia e Itacuruba, em Pernambuco, e Rodelas, Barra do Tarrachil e Glória, na Bahia, onde vivem os reassentados.

Na terça-feira (13), dom Gabriel Marchesi presidiu missa campal em Petrolândia. A celebração contou com a presença de agricultores e agricultoras, e de padres das três dioceses do território.

“Queremos exortar o Governo Federal, o Congresso Nacional, e os governos dos estados de Pernambuco e da Bahia a retomar as negociações na mesa de diálogo, a fim de resolver a grave situação emergencial vivenciada pelas famílias de agricultores, garantir a continuação do seu trabalho”, afirmam os pastores.

Carta na íntegra: 

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