Febre oropouche: Pernambuco passa marca de 100 casos da doença, e Saúde alerta para cuidados com o maruim

07/08/24

Por Cintya Leite

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Infecção se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e erupções na pele

Em Pernambuco, segundo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (6), o número de casos de febre oropouche chega a 118 confirmações – 29 novos registros a mais, em comparação com os últimos sete dias.

Até o momento, no Estado, o vírus oropouche isolado foi identificado em pacientes dos municípios de: Jaqueira, Pombos, Água Preta, Moreno, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende, Camaragibe, Ipojuca, Aliança, Itaquitinga, Macaparana, Sirinhaém, Bonito e Garanhuns. Com isso, 19 cidades de Pernambuco têm casos de oropouche com confirmação laboratorial.

Esse panorama exige reforço da vigilância e do monitoramento de casos por parte das autoridades sanitárias, que precisam orientar a população de forma adequada.

Transmitida pelo maruim, a febre oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, inseto conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Devido à predileção do maruim por materiais orgânicos, é recomendado que a população mantenha quintais limpos, evite o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

Diante da inexistência de vacinas para evitar a doença, o momento requer uma maior intensificação dos cuidados , principalmente por gestantes. O combate aos vetores exige reforço nas medidas de proteção no sentido de reduzir a chance de ser picado, sobretudo em áreas onde há presença excessiva de maruins.

Entre as principais recomendações, estão a utilização de roupas que reduzam a área de pele exposta (camisas de manga longa e calça) e a aplicação de repelentes de insetos à base de icaridina nas áreas expostas da pele. Também se deve evitar ou reduzir a exposição a picadas dos insetos.

Outra orientação é a instalação de telas em portas e janelas, além de mosquiteiros em camas e redes de dormir que ajudam a impedir a entrada dos insetos. Como o inseto transmissor possui um tamanho menor quando comparado a outros vetores como o Aedes aegypti, é importante a utilização de telas com malha fina.

Vale frisar que o maruim tem uma maior circulação nas primeiras horas da manhã e ao entardecer, entre 16h e 18h. Dessa maneira, deve-se evitar a circulação nesses horários e em locais favoráveis à exposição do inseto, próximos à mata e às áreas com presença de bananeira, cacau e outras árvores frutíferas. São atitudes que reduzem a chance de ser infectado.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco informa que fortalece a “vigilância para a identificação precoce da ocorrência de arboviroses, além do desenvolvimento de programas e estratégias focadas na prevenção, mitigação e controle dessas doenças”.

Quais os sintomas da febre oropouche?

A infecção se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas.

O vírus é endêmico em algumas áreas da América Latina, especialmente próximo à Amazônia. Entretanto, atualmente há casos notificados em todas as regiões do Brasil.

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