Bolsonaro: doações via Pix recebidas pelo ex-presidente acumularam mais de R$ 17 milhões
Gonzaga foi um dos doares do montante de R$ 17,1 milhões arrecadado por Bolsonaro em doações via Pix, conforme relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entregue à CPMI dos atos do 8 de Janeiro.
Doação Bolsonaro Pix
Admar afirmou que é amigo de Jair Bolsonaro, que fez a doação por ter “apreço” pelo ex-presidente e que ficou indignado com a quebra do sigilo bancário do ex-mandatário. Ele revelou que faria a doação “a qualquer pessoa” por quem tivesse “admiração”.
Sobre o destino do dinheiro, Admar disse não ter interesse em saber, e que Bolsonaro podia fazer o que bem entendesse com o montante, inclusive não pagar as multas processuais que motivaram a campanha de doação de seus apoiadores.
“Ele vai pagar na hora que ele entender que esgotou os recursos judiciais cabíveis como qualquer cidadão. Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa”, disse o ex-ministro do TSE.
“Seria para ele usar da forma como ele bem entender. Um homem que tem todo o dinheiro bloqueado para pagamento de multa de máscara e ainda tem que pagar mais não sei quanto. É do meu feitio colaborar com pessoas que eu tenho apreço. Eu o conheço há 30 anos. Faria isso com qualquer amigo meu. Até com gente que eu nem conheço. Eu já fiz caridade com gente que eu nem conheço”, disse.
Ele também afirmou que não se arrepende da doação. “Todo o dinheiro tem que ter remuneração. Dinheiro parado num país que está com inflação galopante e com todas essas incertezas que estão aí atormentando as pessoas, eu acho que ele fez muito bem de investir, de buscar remunerar esse dinheiro. Eu acho até uma atitude responsável”, declarou.
“Eu não estou cobrando a atuação dele com relação ao dinheiro. Acho que ninguém que fez um depósito está preocupado com isso. Eu, pelo menos, não estou”, finalizou.