Governo de Pernambuco registra saída de Silvério Pessoa da Secretaria de Cultura

20/07/23

 

O Secretário de Cultura de Pernambuco, Silvério Pessoa (foto), comunicou nesta quinta-feira (20) à governadora Raquel Lyra que, por razões pessoais, está deixando o governo. “Despeço-me do cargo com o sentimento de dever cumprido e a certeza de ter dado voz a quem muitas vezes está à margem do processo, valorizando nossos artistas e suas mais variadas expressões e linguagens inseridas também nas culturas das periferias em todo o Estado”, destacou Silvério.

Silvério antecipou para a governadora que vai voltar a se dedicar à carreira e à docência.

“Agradeço a Silvério pela dedicação à frente da Secretaria de Cultura e por todo o trabalho de escuta e execução de ações estruturadoras para o setor, incentivando diversas linguagens e expressões culturais e valorizando os nossos artistas”, frisou a governadora.

Segue carta na íntegra:

Governadora Raquel Lyra,

Hoje as minhas primeiras palavras são de despedida e gratidão.

Agradeço a confiança pelo convite para o honrado cargo de secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, posição que com dedicação ocupei nos últimos meses. Como em todos os ciclos da vida, no entanto, chegou o momento de encerrar essa jornada: sem dúvidas, tempo de aprender, tempo de semear as bases de uma política cultural mais múltipla e democrática no nosso Estado.

_Despeço-me do cargo com o sentimento de dever cumprido e a certeza de ter dado voz a quem muitas vezes está à margem do processo, valorizando nossos artistas e suas mais variadas expressões e linguagens inseridas também nas culturas das periferias em todo o Estado. _

Estruturar e fomentar a política cultural de um Estado tão rico e diverso como Pernambuco não é tarefa simples, mas tenho a convicção que contribui com o processo. Nesse período, trazer à tona o debate sobre a pedagogia da cultura e a multiculturalidade e riqueza da cultura periférica, através do “Fala, Periferia”, que lançamos em abril, são exemplos de ações estruturadoras que por certo renderão bons frutos.

Implantamos com a Secretaria de Educação o projeto de alfabetização dos mestres e mestras da Zona da Mata e promovemos muitas escutas através do “Secult de Andada”, percorrendo quase 1.500 km visitando e me reunindo com aqueles que têm dificuldades em obter acesso ou qualquer tipo de apoio.

Estruturamos a execução da Lei Paulo Gustavo e fomos o primeiro estado do Nordeste e um dos primeiros estados do Brasil a ter o plano de ação aprovado e os recursos liberados.

O olhar para as diferenças e particularidades de cada linguagem esteve presente no nosso cotidiano, refletindo a construção das ações de uma política cultural forte e pulsante, marcada pela valorização dos artistas pernambucanos.

Premissas que também marcam a organização do 31º Festival de Inverno de Garanhuns, que se inicia nesta sexta-feira (21), com a presença dos nossos talentos, acompanhados de tantos outros nomes da cena artística e cultural do nosso país.

Decidi dedicar meu tempo agora para minha carreira e, também para a docência, pois como artista e professor sinto falta dos palcos e da sala de aula.

Agradeço ao time da Secretaria, que esteve junto comigo nesta jornada, desejando muito sucesso e novas conquistas para os que seguem na missão de mudar Pernambuco.

Por fim, agora como artista e pernambucano, seguirei na torcida e sempre à disposição, em outros palcos, em defesa da nossa cultura.

Silvério Pessoa.

UPAE Petrolina participa de formação para implantação da PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) 

20/07/23

Ascom UPAE

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A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE), a convite da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), participou, esta semana (18 e 19), de uma formação de multiplicadores com o objetivo de implantar a PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais regionais do Estado de Pernambuco.

A capacitação foi ministrada pelo médico infectologista Vinícius Vilaney e pela equipe de IST, Aids e Hepatites Virais do Estado, e teve como objetivo principal o repasse das recomendações da PEP, que consiste na utilização de medicamentos para redução de risco em pessoas que estiveram em exposição ao HIV.

O evento foi realizado no auditório do Hotel Barramares, no bairro Piedade, no Recife, e reuniu profissionais da saúde interessados em contribuir para a disponibilidade dessa estratégia de prevenção na rede pública de saúde.

Durante a formação, foram discutidos os aspectos fundamentais da PEP, incluindo sua indicação medicamentosa, preenchimento de fichas de notificação e o papel dos profissionais de saúde no processo de implementação.

“É de extrema importância o acesso a outras medidas de proteção, para redução do risco de infeção pelo HIV. As UPAs, nesse sentido, são essenciais para a disponibilidade dessa estratégia, juntamente ao governo do Estado. Então, ponto para todos”, disse em tom de agradecimento ao convite, o enfermeiro gerente do Núcleo de Epidemiologia e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Wanderson Lima, que esteve representando a UPAE Petrolina no encontro.

Amupe abre inscrições para o 6º Congresso Pernambucano de Municípios

20/07/23

Ascom Amupe

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A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) abre, nesta quarta-feira (19.07), as inscrições para o 6º Congresso Pernambucano de Municípios, que será realizado entre os dias 28 e 30 de agosto deste ano, no Centro de Convenções de Pernambuco. Gestores públicos, técnicos, comunicadores, legisladores, vereadores, empresários, representantes da sociedade civil e de instituições financeiras oficiais e privadas, especialistas e estudantes estão convidados a participar e já podem se inscrever pelo site www.amupe.org/congresso, gratuitamente.“Depois de cinco edições de sucesso e após um longo período de restrições impostas pelo isolamento por causa da pandemia, todos que fazem gestão pública podem comemorar. Isso porque está aberta a inscrição para o Congresso Pernambucano de Municípios, que abre um canal de conversas e debates enriquecedores sobre o nosso cotidiano e importantes para o futuro da população das nossas cidades”, apontou a presidenta Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada.O evento, este ano, traz como tema Inovação e Sustentabilidade, casando com o conceito amplamente difundido nos dias atuais que é o de ASG – Ambiental, Social e Governança, onde são debatidas questões fundamentais amparadas nesses três eixos. As palestras prezam pela promoção e respeito ao meio ambiente, defesa dos direitos humanos e transparência. Durante esta edição, os participantes poderão conhecer boas práticas de gestão realizadas nos municípios, que serão apresentadas durante o evento e posteriormente publicadas por meio pela Amupe.O Congresso terá a presença de palestrantes que oportunizarão reflexões e análises aprofundadas sobre os temas em discussão. Será um momento para pontuar questões relevantes para quem faz a gestão pública, como a Reforma Tributária, os Consórcios Públicos e o impacto da Reforma da Previdência nos municípios. Também serão realizadas: mesas temáticas, seminários, exposição de produtos e serviços em estandes personalizados, atrações culturais, entre outras atividades. Além disso, conta com parcerias estratégicas no intuito de realizar medidas transformadoras e necessárias para almejar o objetivo de contribuir com municípios inovadores e sustentáveis.Serviço:6º Congresso Pernambucano de MunicípiosQuando: 28, 29 e 30 de agosto de 2023Onde: Centro de Convenções de PernambucoInscrições: www.amupe.org/congresso

Veja a lista das 50 cidade mais violentas do Brasil; começa por Jequié (BA)

21/07/23

Por Raphael Garcia

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A entrada de Jequié, na Bahia, cidade mais violenta do país em 2022 entre municípios acima de 100 mil habitantes

A entrada de Jequié, na Bahia, cidade mais violenta do país em 2022 entre municípios acima de 100 mil habitantes Fabiano Linhares/CC

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou hoje a lista com os 50 municípios mais violentos do Brasil. Foram incluídas na pesquisa só cidades com mais de 100 mil habitantes, e quase metade (23) está no Nordeste, sendo 12 delas na Bahia. (Veja mapa e lista mais abaixo).

O município do Brasil com maior taxa de mortes violentas intencionais foi Jequié (BA), com 141 registros e uma incidência de 88,8 casos desse tipo por 100 mil habitantes. Uma faixa que vai dessa cidade até a área metropolitana de Salvador (BA) abriga as quatro cidades mais perigosas do país, que também incluem Santo Antônio de Jesus (2ª), Simões Filho (3ª) e Camaçari (4ª).

capital baiana está em 12º lugar no ranking nacional, com taxa de 66 mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes. A Bahia tem cidades no ranking também no Sul, Oeste e Norte do estado.

Rio de Janeiro é o único estado do sudeste que aparece na lista

As outras regiões do país também têm municípios que figuram na lista. A região Sul teve cinco (três paranaenses e dois gaúchos), e o Centro-Oeste teve um (Sorriso, no Mato Grosso).

O Norte se destacou com uma área preocupante também, com 12 cidades na lista, incluindo as capitais Manaus, Porto Velho e Macapá. No Sudeste, o Rio de Janeiro é o único estado que figura na relação, com seis municípios entre os 50 mais violentos.

A decisão de incluir só cidades acima de 100 mil habitantes na lista pode esconder algumas cidades menores que também são violentas, mas evita que outras sejam incluídas na lista só por flutuação estatística. (Por exemplo, um município de 3.000 habitantes onde ocorra um homicídio ganha uma taxa de letalidade alta por causa de um único caso.)

Média dos últimos 3 anos

Para o ano de 2021, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública havia publicado um ranking das 30 cidades mais violentas usando um critério diferente, calculando uma média entre os últimos 3 anos. Quase todas tiveram taxas altíssimas (acima de 100/100 mil), mas eram todos municípios com menos de 40 mil habitantes.

É difícil avaliar se houve algum deslocamento do fenômeno, mas o Nordeste também havia dominado aquela lista com dois terços das cidades listadas.

Bahia registra mais de 6000 mortes violentas anuais

A Bahia é um dos estados que não tem conseguido reduzir de maneira consistente os homicídios no longo prazo. Apesar de uma queda de 6% em relação a 2021, o estados sempre apareceu na série histórica de 12 anos registrando mais de 6000 mortes violentas anuais. Estados como Alagoas e Paraíba, por outro lado, estão conseguindo derrubar suas taxas de homicídios.

— Na Bahia a gente tem uma questão bem diferente dos outros estados do Nordeste. O Nordeste acaba puxando a queda nas mortes violentas intencionais, mas a Bahia aparece neste ano entre os dois estados com maior taxa — afirma Talita Nascimento, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (O campeão da violência em 2022 foi o Amapá, no Norte.)

O que influencia nas altas taxas de mortalidade?

Segundo a especialista em direito penal, uma das razões para a alta nas mortes na zona de influência de Salvador são os eventos de confronto com policiais.

— A Bahia tem um número de letalidade policial grande, com uma politica de segurança pública ainda bem focada em atividades truculentas, que não mostra resultados positivos no longo prazo — diz. — Não é matando mais que se produz mais sensação de segurança.

Rota do narcotráfico e presença do crime organizado

Jequié é um dos locais que ilustram essa situação. Situado num trajeto de rota do narcotráfico e com presença do crime organizado, o município é palco de muitas operações de apreensão de drogas e armas, várias delas terminando em mortes.

Em maio passado, a polícia militar matou quatro homens armados após uma troca de tiros em um condomínio onde estavam escondidos na periferia da cidade. Em outubro, outros dois foram perseguidos após reagirem a uma abordagem policial e mortosdentro de um hotel na cidade. Durante o período, houve registros de mortes, em mais de uma dezena de casos noticiados pela TV Sudoeste, afiliada da TV Globo que cobre a região. Algumas foram aparentes confrontos de facções.

O mesmo perfil de violência parece se repetir em outras regiões onde o crime organizado está presente e a polícia concentra sua atividade em ações armadas. É o caso das regiões metropolitanas do Recife e do Rio de Janeiro.

Os 50 mais violentos

Os municípios e suas taxas de homicídio por 100 mil habitantes

  1. Jequié (BA) – 88.8
  2. Santo Antônio de Jesus (BA) – 88.3
  3. Simões Filho (BA) – 87.4
  4. Camaçari (BA) – 82.1
  5. Cabo de Santo Agostinho (PE) – 81.2
  6. Sorriso (MT) – 70.5
  7. Altamira (PA) – 70.5
  8. Macapá (AP) – 70
  9. Feira de Santana (BA) – 68.5
  10. Juazeiro (BA) – 68.3
  11. Teixeira de Freitas (BA) – 66.8
  12. Salvador (BA) – 66
  13. Mossoró (RN) – 63.5
  14. Ilhéus (BA) – 62.1
  15. Itaituba (PA) – 61.6
  16. Itaguaí (RJ) – 61.6
  17. Queimados (RJ) – 61.2
  18. Luís Eduardo Magalhães (BA) – 56.5
  19. Eunápolis (BA) – 56.3
  20. Santa Rita (PB) – 56
  21. Maracanaú (CE) – 55.9
  22. Angra dos Reis (RJ) – 55.5
  23. Manaus (AM) – 53.4
  24. Rio Grande (RS) – 53.2
  25. Alagoinhas (BA) – 53
  26. Marabá (PA) – 51.8
  27. Vitória de Santo Antão (PE) – 51.5
  28. Itabaiana (SE) – 51.2
  29. Caucaia (CE) – 51.2
  30. São Lourenço da Mata (PE) – 50.3
  31. Santana (AP) – 49.4
  32. Paragominas (PA) – 49.3
  33. Patos (PB) – 47.5
  34. Paranaguá (PR) – 47.3
  35. Parauapebas (PA) – 46.9
  36. Macaé (RJ) – 46.7
  37. Caxias (MA) – 46.5
  38. Parnaíba (PI) – 46.3
  39. Garanhuns (PE) – 44.9
  40. São Gonçalo do Amarante (RN) – 44.9
  41. Alvorada (RS) – 44.8
  42. Jaboatão dos Guararapes (PE) – 44.6
  43. Duque de Caxias (RJ) – 44.3
  44. Almirante Tamandaré (PR) – 44.2
  45. Castanhal (PA) – 44.2
  46. Campo Largo (PR) – 43.3
  47. Porto Velho (RO) – 42.1
  48. Ji-Paraná (RO) – 41.8
  49. Belford Roxo (RJ) – 41.8
  50. Marituba (PA) – 41.6

Controladoria Geral da União encontra distorções contábeis de R$ 202 bilhões na gestão de Bolsonaro

20/07/23

Agência Brasil

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Conclusões são referentes ao exercício financeiro de 2022

Relatórios de auditoria elaborados pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontam distorções contábeis de R$ 202 bilhões em cinco ministérios no último ano do governo Jair Bolsonaro.

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As conclusões estão em relatórios de auditoria financeira e são referentes ao exercício financeiro de 2022. Os documentos foram publicados em abril deste ano, mas só foram noticiados nesta quarta-feira (19).

Conforme os relatórios, o Ministério da Agricultura registrou inconsistências de R$ 142,9 bilhões. De acordo com os técnicos da CGU, a maior parte das distorções, no valor de R$ 134 bilhões, está relacionada a falhas contábeis no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que fazia parte da pasta na gestão de Bolsonaro.

As inconsistências envolvem imóveis do Incra e falhas na contabilização dos programas Fundo de Terras, Reforma Agrária e Funcafé.

Educação

No Ministério da Educação (MEC), as falhas são de R$ 17,1 bilhões.

Os auditores da CGU concluíram que as demonstrações do MEC “não refletem a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa” da pasta.

Somente no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), foram registradas distorções de R$ 782 milhões. São valores diferentes reconhecidos contabilmente pela pasta em relação aos valores registrados na Caixa e no Banco do Brasil.

O relatório também cita classificação contábil incorreta de pagamentos de bolsas de estudo no exterior ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e prejuízos financeiros, sociais e operacionais decorrentes de obras paradas.

Saúde

No Ministério da Saúde, foram identificadas falhas de R$ 15,9 bilhões nos controles internos de pagamento de despesas, na gestão de controle de medicamentos e perda de estoques.

Auxílio Brasil

A CGU encontrou distorções de R$ 6,3 bilhões no Ministério da Cidadania. Os relatórios encontraram falhas em controles de pagamento aos beneficiários dos programas Auxílio Brasil e Auxílio Gás. Houve falhas de estornos, benefícios não sacados, além de autorizações de pagamento a famílias que não se enquadraram no perfil para receber o benefício e erros no cálculo de valores a pagar.

Aeroportos

No antigo Ministério da Infraestrutura, apareceram falhas de R$ 20,3 bilhões. Entre as inconsistências, os técnicos encontraram distorções de R$ 2,3 bilhões de registros equivocados nas contas de créditos a receber envolvendo concessões de aeroportos.

Recomendação

Em todos os casos, após detectar as distorções, a Controladoria-Geral da União recomendou aos ministérios o aprimoramento dos controles internos para correção das distorções identificadas.

 

A tradição da música instrumental pernambucana dita o ritmo no Parque Ruber van der Linden

20/07/23

Ascom Secult
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De fora do Estado participa apenas o músico, pesquisador e produtor paulista Ricardo Vignini

 

O Polo Instrumental do Festival de Inverno de Garanhuns é uma das maiores tradições do evento em 30 anos já realizados. É para quem chega cedo, no finzinho (e friozinho) da tarde, para acompanhar os primeiros shows que entrarão pela noite no Parque Ruber van der Linden.

Na 31ª edição do FIG, o palco mais uma vez vai ser dominada por ela: a música instrumental pernambucana, em toda sua diversidade e versatilidade. Mas, como uma surpresa: não pode ser FIG se não tiver Adilson Ramos. O cantor é o convidado especial nesse palco em 2023. As apresentações acontecem do dia 26 (quarta-feira) ao domingo (30), sempre às 17h, 18h30 e 20h.

De todas as atrações deste ano, apenas o violeiro, compositor, professor de música, pesquisador e produtor fonográfico e cultural paulista Ricardo Vignini vem de fora do Estado. Fundador da banda Matuto Moderno (1999), pioneira na fusão de rock com música caipira, Ricardo se apresenta no dia de estreia, logo após o Fabio Aladdin Trio. A noite de quarta-feira se encerra com o Quinteto Parambuco, formado por músicos da Paraíba e de Pernambuco, que tem o objetivo principal de divulgar a música de câmara brasileira erudita e popular.

Na quinta-feira (27) tocam o percussionista, compositor e poeta Nino Alves, músico radicado em Garanhuns; o consagrado instrumentista, compositor e arranjador Betto do Bandolim; e A Trombonada, grupo idealizado pelo trombonista, compositor e arranjador Nilsinho Amarante com uma formação bastante eclética: seis trombones, baixo, guitarra, teclado e bateria.

Na sexta-feira (28) sobem ao palco a Mobile Jazz Band, atração do último Garanhuns Jazz Festival; o veterano guitarrista Júnior Cap; e o percussionista Gilú Amaral (Orquestra Contemporânea de Olinda, Academia da Berlinda), que está lançando seu novo álbum solo, O Sopro e a Percussão.

Também prata da casa, o instrumentista, arranjador e produtor musical Roberto Lima abre os trabalhos no sábado (28), seguido do Violeiro Bacurau Trio, projeto encabeçado pelo músico Phillippi Oliveira, que possui como alicerce a música instrumental para viola caipira de dez cordas. Depois é a vez do Sagrama, grupo que se equilibra na linha tênue entre a música erudita e a música popular, valorizando as tradições culturais nordestinas, e que ganhou notoriedade nacional quando realizou a trilha sonora da minissérie e do filme O Auto da Compadecida.

A domingueira do dia 30 tem início com o “balanço massa” e o “suingue caliente arrochado” cheio de influências afrocaribenhas da banda Us Cafuçu. Após a participação especial da lenda-viva, o cantor Adilson Ramos, o palco se despede com o trio Dito Choro, formado por consagrados instrumentistas virtuosos das cordas dedilhadas de Pernambuco.

PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS 2023

PALCO INSTRUMENTAL

QUARTA-FEIRA (26)

17h – Fabio Aladdin Trio
18h30 – Ricardo Vignini
20h – Quinteto Parambuco

QUINTA-FEIRA (27)

17h – Nino Alves
18h30 – Betto do Bandolim
20h – A Trombonada

SEXTA-FEIRA (28)

17h – Mobile Jazz Band
18h30 – Júnior Cap
20h – Gilú Amaral

SÁBADO (29)

17h – Roberto Lima
18h30 – Violeiro Bacurau Trio
20h – Sagrama

DOMINGO (30)

17h – Banda Us Cafuçu
18h30 – Adilson Ramos
20h – Dito Choro

V A L E E S T A: Juiz de Serrita proíbe Aleudo Benedito de “dirigir-se ao público através de microfone”, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada vez de descumprimento

19/07/23

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1- “DETERMINO QUE, EM TODOS OS DIAS DO EVENTO, O GESTOR MUNICIPAL (PREFEITO SEBASTIÃO BENEDITO DOS SANTOS( Foto ) SE ABSTENHA DE DIRIGIR-SE AO PÚBLICO ATRAVÉS DE MICROFONE OU DE FORMA QUE PAREÇA SER ELE PESSOALMENTE QUEM ESTÁ PROMOVENDO O EVENTO EM VEZ DO MUNICÍPIO DE SERRITA, sob pena de multa pessoal, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por cada descumprimento, além de encaminhamento ao Ministério Público para averiguação de ato de improbidade administrativa”.

2-Não diferente, mais uma vez a empresa vencedora foi a ANDREW BALBINO GOMES (44.382.635/0001-76). Neste sentido , do ponto de vista do direito administrativo, o município demandado tem descumprido com desfaçatez o termo firmado com a empresa pública proprietária do Parque Nacional do Vaqueiro. E, ainda, sem lastro legal, concedeu pela segunda vez à mesma empresa – de forma duvidosa, direcionando licitação – como restará claro adiante – o espaço público para promoção da festa.

3 – Com o falecimento dos fundadores, a cultura não foi perdida, na medida em que a Fundação Padre João Câncio, presidida por esta requerente (Helena Câncio) , tomou a frente da promoção do evento. Contudo, em que pese o forte laço histórico e relevância cultural da cerimônia – patrimônio imaterial que é -; e ainda pela envergadura da representatividade social dos seus fundadores, não se imaginaria que, cerca de 50 anos após a primeira missa, o evento tomaria contornos que vão desde a descaracterização do aspecto cultural à forte indício de toda sorte de irregularidades em contratações, direcionamento de licitações, concessões indevidas do espaço público, ausência da publicidade devida e mal baratamento.

 

Aleudo Benedito está proibido de explorar a Missa do Vaqueiro politicamente, por decisão judicial.

 

Segue, na íntegra, decisão do juiz Bruno Jáder Silva Campos:

 

” Trata-se de AÇÃO POPULAR aforada por FRANCISCA HELENA FREIRE DE BRITO em face do MUNICÍPIO DE SERRITA. Na exordial é exposto que “O Município de Serrita, Estado de Pernambuco, é conhecido nacionalmente por sediar a “Missa do Vaqueiro”. Trata-se de evento de cunho religioso à céu aberto, onde vaqueiros e festejantes de várias localidades do Nordeste se unem em evocação à alma de Raimundo Jacó. O evento surgiu após a intensa comoção gerada pelo assassinato que restou impune do então vaqueiro Raimundo Jacó – encontrado morto em junho de 1954, no Sítio Lajes – local onde é realizada a Missa e onde situa o Parque Nacional do Vaqueiro. Esta celebração veio à toa após a união de esforços de dois grandes nordestinos, no afinco de desagravar o ato que ceifou a vida do camponês Jacó: Padre João Câncio, então Pároco do Município de Serrita, e o Rei do Baião Luiz Gonzaga, que era primo do assassinado, o homenageando na célebre canção “A Morte do Vaqueiro”. Desta feita, em 1970, aos 19 dias do mês de julho, foi celebrada a primeira missa. Este evento, como sabido, é realizado até hoje, ainda no mesmo local, albergando a celebração religiosa, festa profana e demais atos e atividades acessórias com ligação à cultura do vaqueiro.

Com o falecimento dos fundadores, a cultura não foi perdida, na medida em que a Fundação Padre João Câncio, presidida por esta requerente (Helena Câncio) , tomou a frente da promoção do evento. Contudo, em que pese o forte laço histórico e relevância cultural da cerimônia – patrimônio imaterial que é -; e ainda pela envergadura da representatividade social dos seus fundadores, não se imaginaria que, cerca de 50 anos após a primeira missa, o evento tomaria contornos que vão desde a descaracterização do aspecto cultural à forte indício de toda sorte de irregularidades em contratações, direcionamento de licitações, concessões indevidas do espaço público, ausência da publicidade devida e mal baratamento.

O desatino começou quando o atual gestor do Município de Serrita, Aleudo Benedito, após a pandemia, teve em suas mãos a oportunidade de ingerir no evento. Em março do corrente ano, a imprensa (CBN Recife FM), atenta aos acontecimentos, repercutiu o caso destacando que o gestor pretendia criar evento paralelo e tentou privatizar o espaço do Parque Estadual do Vaqueiro (onde a missa é realizada anualmente), por meio de projeto de lei, que foi rejeitado pela Câmara local. (…) em outubro de 2021 a EMPETUR – Empresa de Turismo de Pernambuco Governador Eduardo Campos, firmou com o Município de Serrita um “contrato de cessão de uso não oneroso de imóvel” (doc. 04). Isto é, por meio deste instrumento, a posse do Parque Estadual do Vaqueiro, onde a Missa do Vaqueiro é há anos realizada, passaria a ser da municipaliadade.

Dentre as cláusulas, destacam-se duas: i)4.1 – a proibição de conceder ao privado o imóvel objeto da cessão; ii) 3.7 – vedação de veiculação de propaganda política ou promoção de cunho pessoal no espaço cedido. Registre-se que tais pontos serão cuidadosamente discutidos no tópico à frente. Ainda em 2022, contrariando o disposto na cessão de uso, o Município manejou o Pregão Eletrônico nº 035/2022 (doc. 05), que teve como objeto a “CONCESSÃO DE ÁREA PÚBLICA E MEIOS PUBLICITÁRIOS DISPONÍVEIS, EM RAZÃO DOS FESTEJOS RELATIVOS À MISSA DO VAQUEIRO DE SERRITA PE 2022, COM A OBRIGAÇÃO DE PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DO EVENTO POR PARTE DA CONCESSIONARIA”, originando o CONTRATO Nº 122/22. A empresa vencedora foi, portanto, a ANDREW BALBINO GOMES (44.382.635/0001-76). Ainda no contexto do ano de 2022, o Município de Serrita fazia vista grossa da organização do evento por parte da Fundação Padre João Câncio, sendo necessário que esta movesse AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO LIMINAR DE TUTELA DE URGÊNCIA (Processo nº 0000537-27.2022.8.17.3380), no sentido de assegurar o mínimo de participação da fundação no evento.

Tutela antecipada em caráter de urgência deferida (sendo necessária nova ação em 2023). Já no ano de 2023, mesmo diante da impossibilidade de ceder o Parque Nacional do Vaqueiro, nos dizeres do termo de cessão, o prefeito municipal apresentou à câmara de vereadores o projeto de lei nº 018/2022 (doc. 06) que, entre outras coisas, visava permitir a concessão do Parque para a iniciativa privada para promoção do evento, inclusive os meios publicitários disponíveis. Projeto que foi rejeitado pela casa legislativa local. É notável que a apresentação deste projeto de lei em 2023, com vista a autorizar a concessão do evento, depõe contra o próprio procedimento licitatório de concessão em 2022. Uma confissão clara de que os atos praticados em 2022 e agora em 2023 são nulos e, portanto, lesivos ao patrimônio público e à moralidade administrativa. Seguindo a toada, mesmo sem a permissão do pacto feito com a EMPETUR e sem lei para disciplinar, o município, neste ano de 2023, teimou em novamente privatizar a promoção da festa no Parque Nacional do Vaqueiro – inclusive à revelia da fundação que historicamente promoveu o evento. Isto ocorreu por meio do PROCESSO LICITATÓRIO N° 039/20232 – PREGÃO ELETRÔNICO N° 024/2023 (doc. 07), cujo objeto é NOVAMENTE, a “CONCESSÃO DE ÁREA PUBLICA E MEIOS PUBLICITÁRIOS DISPONÍVEIS, EM RAZÃO DOS FESTEJOS RELATIVOS À TRADICIONAL FESTA DE JACÓ (MISSA DO VAQUEIRO) QUE SERÁ REALIZADA DE 19 A 23 DE JULHO DE 2023 NO MUNICIPIO DE SERRITA – PE, COM A OBRIGAÇÃO DE PRODUÇÃO E PROMOÇÃO DO EVENTO POR PARTE DA CONCESSIONARIA, DE ACORDO COM O ESPECIFICADO NO TERMO DE REFERÊNCIA ANEXO”.

Não diferente, mais uma vez a empresa vencedora foi a ANDREW BALBINO GOMES (44.382.635/0001-76). Neste sentido , do ponto de vista do direito administrativo, o município demandado tem descumprido com desfaçatez o termo firmado com a empresa pública proprietária do Parque Nacional do Vaqueiro. E, ainda, sem lastro legal, concedeu pela segunda vez à mesma empresa – de forma duvidosa, direcionando licitação – como restará claro adiante – o espaço público para promoção da festa.

Do ponto de vista cultural, tem agido à revelia da Fundação Padre João Câncio, que representa os fundadores do evento e guardião há anos dos costumes e retidão da cerimônia que levaram, inclusive, à alçada de patrimônio imaterial cultural. Como é perceptível na sociedade serritense, desde a posse da atual gestão, tem se criado uma narrativa de descaraterização do evento como um todo. Desde inclusão de artistas de outros gêneros com apego popular-midiático, até a tentativa sutil de trocar o nome do evento de “Missa do Vaqueiro ou Festa do Vaqueiro” para “Festa de Jacó”. Contrariando a Lei Estadual nº 13.746/2009, que considerou este evento histórico como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. Não há outra saída senão a busca do pálio jurisdicional, no sentido de evitar danos e amenizar os em curso, quais sejam, ao patrimônio público, moralidade administrativa e patrimônio histórico e cultural – no sentido de, assim, proteger o patrimônio material e imaterial do Município de Serrita, tornando nula a concessão havida” (sic).

Em sede liminar, pleiteia “o deferimento da medida liminar/antecipação de tutela, para determinar a nulidade do ato de concessão pública do Parque Nacional do Vaqueiro, com consequente suspensão do evento a ser executado pela empresa ANDREW BALBINO GOMES (44.382.635/0001-76), vencedora do Pregão nº 024/2023”. Foram acostados documentos de ID 137638386 e seguintes. Instado a se manifestar, o Município de Serrita apresentou petição e documentos (ID 138019139 e seguintes). Ulteriormente protocolou outras manifestações e documentos (ID’s 138150845, 138150847, 138150848, 138263442 e seguintes). A acionante aduziu que o Município impusera sigilo maliciosamente em sua manifestação, pugnando averiguação de litigância de má-fé (ID 138075429). Ademais, acostada petição com documentos (ID 138159571 e seguintes).

O Ministério Público se manifestou em relação ao pleito liminar, opinando pelo seu indeferimento. Vieram-me os autos conclusos. É o relatório. Passo a deliberar. No bojo dos autos, são colacionadas graves alegações a respeito de liames administrativos em torno da realização dos festejos da Missa do Vaqueiro, que têm o condão de configurar, pelo menos em tese, atos lesivos ao patrimônio do Município de Serrita. Sob o iter procedimental da Lei nº 4.717/65, apenas após a regular fase instrutória, caso comprovados efetivamente os atos lesivos, será julgada procedente a ação popular, decretando-se a invalidade do ato impugnado, e, por conseguinte, condenados ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele. No entanto, há que se analisar, por ora, o pleito de tutela de urgência formulado na exordial e perquirir se é o caso de seu deferimento. Nessa toada, o cerne da questão é analisar se é o caso de decretar a “nulidade do ato de concessão pública do Parque Nacional do Vaqueiro, com consequente suspensão do evento a ser executado pela empresa ANDREW BALBINO GOMES (44.382.635/0001-76), vencedora do Pregão nº 024/2023”, como pleiteado pela autora na petição inicial.

Quanto à tutela de urgência, nos termos do art. 300, caput do CPC, terá cabimento quando presentes os seguintes requisitos: 1) a probabilidade do direito, compreendida como a plausibilidade do direito alegado, em cognição superficial, a partir dos elementos de prova apresentados; 2) perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, caso a prestação jurisdicional não seja concedida de imediato. A probabilidade do direito (primeiro requisito) se encontra presente na documentação acostada aos autos pela autora. Os elementos concernentes à empresa Andrew Balbino Gomes ME, seu quadro societário, área de atuação, relação com atual gestor, bem como os elementos referentes às balizas do procedimento licitatório, além das minúcias da cessão do bem público, configuram preenchimento suficiente à verossimilhança das alegações. O perigo de dano (segundo requisito) pode ser extraído da suposta locupletação indevida de empresa que tenha participado de licitação de forma ilídima, angariando lucro de prestação de serviços que talvez não lhe fosse concedida se o procedimento licitatório fosse escorreito.

No entanto, o perigo de dano precisa ser analisado de forma acurada, sob duplo viés: a) contexto histórico-cultural da Missa do Vaqueiro; b) contexto econômico-social do Município de Serrita. Quanto ao contexto histórico-cultural, convém trazer à tona que, com supedâneo na Lei Estadual nº 13.746/09, a Festa do Vaqueiro é considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. Com fulcro no art. 1º da mencionada Lei, “fica considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco a Festa do Vaqueiro, constituída de apresentações de vaquejada, banda de pífaros, cantorias, repentistas, aboiadores e outras atividades folclóricas, além da feira de artesanato, celebrada anualmente no terceiro domingo do mês de julho, no município de Serrita”. É inequívoco que se trata de bem cultural de enorme relevância para o Município de Serrita e para o Estado de Pernambuco, razão porque todos os esforços devem ser envidados para perenização dessa bela história serritense.

No presente ano será realizada a 53ª Missa do Vaqueiro, o que demonstra que há décadas se tenta preservar tal bem imaterial. O caput do art. 215 da Constituição Federal é peremptório ao afirmar que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”. O §1º do mencionado dispositivo aduz que “o Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”. A Constituição do Estado de Pernambuco traz à tona, em seu art. 5º, §§ 3º e 4º o disposto infra: Art. 5º O Estado exerce em seu território todos os poderes que explícita ou implicitamente não lhe sejam vedados pela Constituição da República. Parágrafo único. É competência comum do Estado e dos Municípios: (…) III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos e as paisagens naturais notáveis, os sítios arqueológicos, e conservar o patrimônio público; IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural; V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; Sendo assim, é inequívoco que devem ser envidados todos os esforços para se manter vívido nas mentes serritenses o arcabouço histórico-cultural da Missa do Vaqueiro.

Nesse diapasão, apenas em situações excepcionalíssimas admitir-se-á que a Missa não ocorra no 3º domingo de julho, consoante a Lei Estadual nº 13.746/09, pois a postergação do evento aviltaria o aspecto cultural e a tradição histórica de celebrar a fé sertaneja exatamente nesse período. A Missa do Vaqueiro não é um evento qualquer que se pode realizar em qualquer data do ano (como micareta ou festa de qualquer município brasileiro)! A Missa do Vaqueiro é A MISSA DO VAQUEIRO, com letras maiúsculas, que foi imortalizada na voz de Luiz Gonzaga, e que é conhecida e respeitada por pessoas de todo o Brasil, e como tal deve obedecer às referências históricas e culturais, precipuamente a data de sua celebração: 3º domingo de julho.

Quanto ao contexto econômico-social, é indubitável que um evento com a dimensão da Missa do Vaqueiro traz benesses incomensuráveis ao Município de Serrita e à população. Durante os festejos da Missa do Vaqueiro, uma grande quantidade de pessoas frequenta o Parque Nacional do Vaqueiro, vindas de diversos locais do Brasil, o que causa grande impacto econômico à população local (empresários, prestadores de serviços, empregados temporários, etc). Malgrado não seja possível aquilatar com exatidão os reais acréscimos de faturamento, é crível que o aumento seja exponencial nesse período, conforme declarado pela CDL no ID 138019198. Traga-se à tona, ainda, a dimensão do impacto social ao afetar diversas classes da população serritense (ID 138019196), sendo curial elucidar que grandes eventos como o desse jaez oportunizam que pessoas desempregadas possam ter renda durante os dias de festa. A suspensão do evento teria o condão de impedir que o impacto econômico positivo se concretize. Ademais, diante da iminência do evento (iniciará hoje à noite, 19/07/2023), é inequívoco que vários empresários e profissionais autônomos já investiram recursos financeiros de modo a se preparar para os festejos.

Esse investimento prévio, inclusive, ocorre em todas as classes sociais, de forma proporcional, evidentemente: por exemplo, desde aqueles empresários que adquirem centenas de garrafas de água para revender dentro do Parque até àquela pessoa que gasta as poucas economias que tem para comprar poucas unidades de garrafa de água para revender na saída da cidade de Serrita. No que concerne aos dispêndios do Município com o evento, malgrado sejam trazidas cifras milionárias pela parte autora (ID 138159571), não é possível se certificar, por ora, a respeito da origem dos recursos (se advêm de verbas específicas ou outras origens, tais como estaduais e federais). De qualquer forma, os distratos colacionados pelo acionado e o petitum de ID 138263442 servem de indícios de que ajustes financeiros foram implementados, sendo indubitável que a fase instrutória será o momento adequado para que haja esclarecimento pelo Município a respeito do detalhamento das despesas e as origens de recursos, não sendo aferível em sede de tutela de urgência. Ademais, quaisquer valores efetivamente auferidos pela empresa ANDREW BALBINO GOMES ME poderão ulteriormente ser restituídos ao erário público se constatada infração legal, nos termos da Lei nº 4.717/65. Ressalte-se que, mediante organização prévia já amplamente divulgada, os festejos iniciam em 19/07/2023 (hoje), findando-se no dia 23/07/2023 (domingo).

Nesse diapasão, insta salientar que eventual decretação de nulidade de procedimento licitatório e/ou suspensão às vésperas do evento causaria dano irreversível às reminiscências culturais e históricas da Missa do Vaqueiro, causando abalo incalculável sob viés econômico e social. Tais consectários impedem a concessão de tutela de urgência, nos termos do art. 300, §3º do CPC: “a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”. Face ao exposto, constato que a suspensão da Missa do Vaqueiro causaria incomensurável dano, tanto no aspecto histórico-cultural quanto no aspecto econômico-social, razão porque INDEFIRO O PLEITO DE SUSPENSÃO DO EVENTO, por não estarem plenamente preenchidos os requisitos do art. 300 do CPC. No entanto, apesar de não ser viável a suspensão da Missa do Vaqueiro, entendo que foram trazidos elementos no sentido de que o gestor municipal possa fazer promoção pessoal no Parque Nacional do Vaqueiro, sendo crível o deferimento parcial de antecipação de tutela, com supedâneo no art. 301 do CPC, razão porque DETERMINO QUE, EM TODOS OS DIAS DO EVENTO, O GESTOR MUNICIPAL (PREFEITO SEBASTIÃO BENEDITO DOS SANTOS) SE ABSTENHA DE DIRIGIR-SE AO PÚBLICO ATRAVÉS DE MICROFONE OU DE FORMA QUE PAREÇA SER ELE PESSOALMENTE QUEM ESTÁ PROMOVENDO O EVENTO EM VEZ DO MUNICÍPIO DE SERRITA, sob pena de multa pessoal, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por cada descumprimento, além de encaminhamento ao Ministério Público para averiguação de ato de improbidade administrativa. Intime(m)-se.

Dê-se ciência pessoal ao Prefeito do Município de Serrita, devendo haver certificação caso o mesmo esteja se utilizando de meios para não ser intimado. In fine, intime-se o requerido para apresentar contestação no prazo mínimo legal (art. 7º, VI da Lei nº 4.717/65), devendo acostar a documentação financeira, contábil, contratual e licitatória relativa às concessões do Parque Nacional do Vaqueiro nos anos de 2022 e 2023. Após, intime-se a parte autora para se manifestar sobre a documentação acostada, no prazo de 10 (dez) dias. Depois, dê-se vista ao Ministério Público para manifestação em relação à necessidade de produção adicional de prova. Tudo feito, voltem-me conclusos”. Serrita/PE, data da assinatura eletrônica. Bruno Jader Silva Campos Juiz de Direito

Governo Federal cria 0rgrama 0ara reduzir filas do INSS.

19/07/23

Ascom Gov.  Federal

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Mais de  1,7  milhão de brasileiros estão a espera de benefícios

 

 

 Levantamento aponta que mais de 1,7 milhão de brasileiros estão à espera de benefícios. Peritos, supervisores médicos e outros servidores do órgão vão receber bônus para trabalhar em dois turnos e, assim, reduzir o estoque de solicitações que aguardam há mais de 45 dias por solução.

O bônus levará em consideração cada análise adicional de processos administrativos e cada perícia médica feita a mais. Governo espera que até dezembro seja possível reduzir para 45 dias o prazo de análise dos pedidos por benefícios previdenciários. Bônus terá impacto de R$ 123 milhões no orçamento deste ano.

Ministério público Federal investiga compra de livros didáticos pela Prefeitura de Petrolina

19/07/23

JC

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O  Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco abriu uma investigação sobre a compra de livros didáticos pela Prefeitura de Petrolina, no Vale do São Francisco. Segundo os autos, o objeto da investigação são “indícios graves de direcionamento para aquisição dos livros e com preços acima do mercado, no procedimento licitatório que teve por objetivo a compra de material didático complementar”.

Os livros foram adquiridos pela Prefeitura para um “projeto pedagógico específico denominado Cantando eu Aprendo+, realizado pelo Município de Petrolina/PE”. O inquérito foi aberto pelo MPF em 28 de junho. A decisão de abrir o inquérito foi do procurador Elton Moreira. Com a palavra, a Prefeitura de Petrolina, caso queira prestar esclarecimentos.

 

Teatro e dança com programação diversificada todos os dias do 31º FIG 

19/07/23

Ascom Secult

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As artes cênicas estarão presentes no 31o FIG com espetáculos para todos os gostos e idades. As apresentações serão realizadas no Teatro Reinaldo de Oliveira e na Sala Cênicas, ambas localizadas no SESC-Garanhuns, mas com apresentações também em polos alternativos, como o Pontinho de Cultura (Parque Euclides Dourado), Castainho e na Lona de Circo Índia Morena. A programação começa já na sexta-feira, 21 de julho.

Dentro da programação de teatro, se destacam a premiada peça A Mulher Monstro, monólogo encenado pelo ator José Neto Barbosa, que se debruça sobre os preconceitos e a ignorância presentes em camadas da sociedade brasileira. O Teatro Reinaldo de Oliveira recebe o espetáculo Narrativas Encontradas numa Garrafa PET na beira da maré, do grupo São Gens de Teatro, com uma dramaturgia que abraça o universo dos mangues, das palafitas e das marés.

Outros estados do Nordeste também marcam presença nas apresentações de artes cênicas do FIG. De João Pessoa, vem As Nove Luas de Cambará, que parte da grande seca de 1970 na região, com a atriz Larissa Santana assumindo as narrativas de diversos personagens que povoam o imaginário deste momento.

Também da Paraíba é a peça Guerreiro, experimento cênico do grupo Móijargão. Já o soteropolitano Território Sirius Teatro traz o Monólogo das Sombras, com um dramaturgia que parte da experiência do ator Fábio Vidal ao ser acometido pela Síndrome de Guillain-Barré. Ainda fazem parte da programação os espetáculos pernambucanos como Um Minuto para Dizer que Te Amo, do Matraca Grupo de Teatro, Clamor Negro, de Odailta Alves, A Dama da Noite, montagem da Pane Produções Artísticas, Kalash: Ensaio sobre a extinção do outro, do Coletivo Resiste!.

E entre os espetáculos infantis e infanto-juvenil, estão os projetos Bem–vindo às Férias (PE), A Peleja de Leandro na Trilha do Cordel (SE), Se não Fosse Mágica (PE), O Peru do Cão Coxo (PE), Ubu: O que é bom tem que continuar (PE), Luz, Estrela e Baião (PE), Emaranhada (SP) e Show do Pipo (AL).

DANÇA 

A abertura da programação de dança fica com o Balé Afro Majê Molê, do quilombo urbano de mesmo nome, localizado em Peixinhos, Olinda, com apresentação na Sala Cênicas. Ainda dentro da dança afro, fazem parte também espetáculos como Ijó Asé Erê, de Janaína Santos Oliveiro, Nações Africanas, do Bacanaré – Balé de Cultura Negra do Recife e a apresentação do Quilombo Axé Castainho.

O grupo manauara Panorando Cia e Produtora traz duas apresentações de danças urbanas, a Cores da América Latina, apresentada na Sala Cênicas, e Sodade, no Castainho. No campo das danças contemporâneas, fazem parte da programação performances como Isso Não É um EnsaioO Idioma das ÁrvoresA Primeira Manhã de TerraO Corpo Pensante e Sopro d’Água. Entre as danças populares, se destacam apresentações como O Homem de SambaquiPernambrincantesPasso e a Cia de Dança Giselly Andrade. Já o público infantil poderá conferir o espetáculo Eu Cá com meus botões.

TEATRO REINALDO DE OLIVEIRA – CPC SESC

SEXTA-FEIRA (21)

20h – Sopro d’água

SÁBADO (22)

20h – Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet, Na Beira da Maré

DOMINGO (23)

20h – A Dama da Noite

SEGUNDA-FEIRA (24)

20h – Kalash: Ensaio sobre a extinção do outro

TERÇA-FEIRA (25)

20h – Obirin- Kunhã: Dança Inflamada

20h30 – Reza De Casa

QUARTA-FEIRA (26)

20h – A confirmar

QUINTA-FEIRA (27)

20h – O Homem de Sambaqui

SEXTA-FEIRA (28)

16h – Emaranhada

SÁBADO (29)

20h – Um Minuto para Dizer que Te Amo

DOMINGO (30)

20h – Nações Africanas

SALA CÊNICAS – CPC SESC

SEXTA-FEIRA (21)
15h – Superespetáculo Bem-vindo às férias
19h – Majê Molê

SÁBADO (22)

19h – Atman: Espetáculo de Dança Odissi
21h – A Mulher Monstro

DOMINGO (23)

19h – As Cores da América Latina
21h – As Nove Luas de Cambará

SEGUNDA-FEIRA (24)

16h – Eu Cá com meus Botões
16h30 – Catirinada 19h – Negras Ubuntu 21h – Maria Perigosa, Por Ela Mesma

TERÇA-FEIRA (25)

19h – Isso Não É um Ensaio 21h – Monólogo das Sombras

QUARTA-FEIRA (26)

16h – Se Não Fosse Mágica 19h – …Percebendo… 21h – Guerreiro

QUINTA-FEIRA (27)

19h – O Peru do Cão Coxo

22h – Poema

SEXTA-FEIRA (28)

19h – O Idioma das Árvores 19h35 – A Primeira Manhã da Terra 19h45 – O Corpo Pensante 21h – Monólogo Clamor Negro

SÁBADO (29)

16h – Luz, Estrela e Baião 19h – Espetáculo de Rua Pernambrincantes
19h20 – Quilombo Axé Castainho
DOMINGO (30)
16h – Show do Pipo 19h – Performance Ijó Asé Erê

21h – Ne Rope: A fertilidade de nossa origem