Ministério Público ALERTA Prefeitura de Serrita quanto aos gastos de verbas públicas da Missa do Vaqueiro

18/07/23

Ascom MPPE

blogfolhadosertao.com.br

 

1- Ostentação: Propaganda da Prefeitura Municipal  de Serrita  lança o nome de 30 artistas  e afirma (como um acinte   à sociedade e às autoridades) que  Serrita realiza a “Maior Missa do Vaqueiro do Mundo”, como se  o município estivesse concorrendo com outras missas realizadas no Planeta Terra.  

2- O contrato  de Gustavo Lima (que nunca foi forrozeiro e não canta xote e baião)  é de R$ 800  mil e ele ainda é tratado como  “embaixador”. Ao todo serão gastos mais de R$ 3 milhões no pagamento de artistas.

3- A Prefeitura de Serrita armou palco e camarotes especiais no local onde  só existia mato e um  parque de vaquejada – cuja originalidade chamava a atenção de  milhares de turistas dos quatro cantos do Brasil.

4- De acordo com o Ministério Público,Há, ainda, ações civis públicas ajuizadas perante o Poder Judiciário contra o Município de Serrita para garantir tratamentos de saúde, fornecimento de leite, além de serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia à população que necessita.

 

 

 

A  programação  (que custa mais de R$3 milhões)  concebida pela administração do prefeito Aleudo Benedito e um grupo de apaniguados de Sua Excelência  é alheia à realidade do município de Serrita. E distoa da cultura regional sertaneja e nordestina, não tendo nada a ver com o projeto do padre João Câncio, Luiz Gonzaga  e Pedro Bandeira, fundadores da Missa do Vaqueiro há 53 anos  no Sitio das Lajes. 

 

“Diante da constatação de que serviços públicos básicos essenciais estão sendo postergados por alegação de incapacidade financeira do Município de Serrita, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) alertou a Prefeitura local quanto aos vultuosos gastos com a realização da 53ª Missa do Vaqueiro. Em recomendação emitida ao Poder Executivo de Serrita, o MPPE solicitou o fornecimento de vários documentos, incluindo planilha de todos os gastos com a festividade.

Por meio da Promotoria de Justiça de Serrita, o MPPE pediu, ainda, a comprovação de que as despesas com o evento estavam previstas no planejamento orçamentário do Município, bem como a comprovação de que a Lei Orçamentária Anual ou Lei de Crédito Adicional previam despesas desse montante. Informações sobre despesas, restos a pagar, dívida mobiliária e fundada, entre outros aspectos relacionados à gestão financeira da cidade de Serrita também foram solicitadas.

A recomendação do MPPE levou em consideração, dentre outros pontos, os diversos procedimentos extrajudiciais instaurados na Promotoria de Justiça de Serrita envolvendo demandas relacionadas à Prefeitura, nas mais distintas áreas. Há, ainda, ações civis públicas ajuizadas perante o Poder Judiciário contra o Município de Serrita para garantir tratamentos de saúde, fornecimento de leite, além de serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia à população que necessita.

O MPPE também recomendou que a Prefeitura faça a atualização imediata de seus portais de transparência, divulgando informações sobre licitações e contratações públicas, em conformidade com a Lei de Acesso à Informação. Foi solicitado, ainda, que sejam adotadas as devidas providências para cumprir as exigências da Lei Estadual nº 15.818/16, que determina a instalação de placas informativas sobre o evento, garantindo o acesso à informação, alinhando-se às diretrizes do princípio da publicidade e da transparência na gestão pública.”

A recomendação foi publicada integralmente no Diário Oficial eletrônico do MPPE do dia 14 de julho de 2023.

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