Padre de Salgueiro defende nordestinos, chamados de jumentos e ignorantes por Bolsonaro

10/10/22

Blogfolhadosertao.com.br

Por Machado Freire

 

Durante a  celebração da   missa deste  domingo (9),   na Igreja  Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, em Salgueiro, onde o tema  escolhido para a homilia da Igreja Católica  foram os leprosos,  o  padre Remir de Vetor, de 83 anos (foto),   defendeu o povo nordestino – comparado a jumentos e analfabetos, pelo  presidente Bolsonaro e parte dos seus seguidores.

O sacerdote  nascido na  Itália,  que reside  em Salgueiro há 31 anos, e  se considera mais um filho do Nordeste,  disse enfaticamente, que “o povo nordestino é simples, humilde, não tem  as possibilidades ( recursos financeiros e econômicos),  mas tem uma consciência limpa e ideias claras”.

“Nós, como nordestinos, estamos envergonhados e desmoralizados,   pela boca do presidente da República,  chamando-nos   de analfabetos e burros,   e os estudantes  das universidades de  ignorantes.  Nós somos os leprosos, dito pela pela autoridade máxima do nosso País. Isso nos envergonha   e grita revolta contra essa mentalidade”,  reagiu o sacerdote  que  recebeu uma calorosa salva de palmas  por parte dos fieis que lotaram a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro durante a  missa dominical, transmitida pela Rádio Asa Brada, pertencente à Diocese de Salgueiro.

Padre Remir encerrou o sermão   fazendo uma comparação entre o que diz Bolsonaro e a realidade do Nordeste: … “como se nós não valessemos nada; nós  enxergamos certo, enxergamos bem.  Nós amamos o Nordeste, e queremos (que ele) cresça.     Se louvam os sadios, que são os sulistas, nós somos os leprosos, os jumentos… ”    Mas Jesus está perto de nós  nordestinos….

2 comentários sobre “Padre de Salgueiro defende nordestinos, chamados de jumentos e ignorantes por Bolsonaro”

  1. Telma Fraga11 de outubro de 2022 às 12:51Responder

    CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ…

  2. admin12 de outubro de 2022 às 09:41Responder

    Sim, tudo bem. Mas é preciso de uma ação política e social que congemple a maioria da população vez por outra – ou quase sempre, usada como “massa de manobra” por uma elite incapaz de enxergar um palo à frente do nariz

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