Comunidade espera há 10 anos para Codevasf recuperar barragem em Mirandiba

22/03/22

blogfolhadosertao.com.br

 

A   empresa pública federal Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) com  superitendência em Petrolina,   passou a ser  vista como “um braço direito”  dos políticos que se “identificam” com o Governo da União que estendeu atendimento a políticos até  do  longínquo estado do Amapá,  como é o caso do senador Davi Alcolumbre, amigo do senador Fernando Bezerra Coelho, de Petrolina, cuja família  controla a Codevasf há muito tempo.

 

A parede da barragem de José Guerra tem 370 metros de extensão e quebrou  pela última vez há dez anos .

A barragem  foi construída nos idos da década de 1950 -com material transportado no lombo de jumentos,  e está localizada no interior de Mirandiba,  em uma fazenda  pertencente  à família do produtor rural José Guedes ( que se vivo fosse estaria com mais de cem anos).

O manancial, segundo  José Guerra Filho, um dos netos do velho José Guerra,  “é  uma servidão pública  que atendia a pelo menos 50 famílias da região  da Barreira,  Croatá,   Serra  Redonda e parte do Riacho Grande, sendo que os dois riachos que compôem  o açude ( as nascentes)   estão localizadas  na divisa de Mirandiba  com Salgueiro. Quando a barragem enchia, também  beneficiavam   áreas  dos territórios  de Salgueiro e Carnaubeira da Penha”.

“O grande volume de água acumulado  na barragem tinha uma utilidade  bem ampla:  desde o abastecimento  humano,  dos animais silvestres e  domésticos, o rebanho de caprinos, ovinos e o gado (principalmente durante a seca),  além o criatório de peixe que ajudava na mesa da comunidade”, comenta José Guerra Filho.

O agricultor  disse  que os tempos bons  proporcionados pela barragem do seu avô  foram interrompidos nos invernos de  1985 e 2012. “Quando quebrou, em 1985,  o  governo do Estado providenciou uma reforma,  através da Cisagro, tendo o proprietário expedido o termo de “servidão pública”,  disse.

“A parede não resistiu ao peso das água e quebrou causando um grande prejuízo à população que ficou privada do uso de uma água de boa qualidade.  Reconstruímos a parede nas  duas oportunidades, mas não tivemos condições de arcar com as despesas na ultima vez que ela quebrou”,  conta lembrando que foram feitos vários  apelos  aos governo do Estado e à Codevasf, mas  só recebemos promessa e nenhuma solução chegou até hoje”.

“Hoje, depois de apelarmos (em vão)  até  para emenda de parlamentares estaduais e federais,  não temos mais  a quem  pedir para  recuperar a parede desta obra que representa muito para esta grande quantidade de famílias  que  passaram a mendigar  água que chega com dificuldade pelos caminhões-pipa”,  lamenta José Guerra Filho.

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E a Codefasf, o que faz ?

Sob FBC, Codevasf ajuda com obras até João Campos no Recife

Aliados contam que o senador FBC sempre manteve pontes com o PSB

Por Jamildo Melo
Antonio Coelho, Fernando Filho, Fernando Bezerra Coelho e Miguel Coelho. Foto: Ivaldo Regis/Divulgação
Antonio Coelho, Fernando Filho, Fernando Bezerra Coelho e Miguel Coelho. Foto: Ivaldo Regis/Divulgação

Com fama de distribuir trator pelas cidades nos últimos anos, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), sob FBC, ampliou seu leque de atuação em todo o Estado, ajudando os municípios com obras. Neste momento, vai começar obras até no Cabo de Santo Agostinho e no Recife, de João Campos (PSB).

Sem alarde, no dia 25 de novembro, o prefeito do Recife, João Campos, enviou ofício ao órgão solicitando R$ 2,3 milhões para a execução de uma parceria na construção do pátio da feira de Casa Amarela. A ajuda se daria sob o guarda chuva do desenvolvimento produtivo nos municípios.

Na semana retrasada, por exemplo, o prefeito do Cabo, Keko do Armazém, pediu obras no valor de R$ 4,7 milhões para o presidente da estatal, em Brasília. Entre as obras, vários serviços de recapeamento em diversas vias da localidade, visando a melhoria do sistema viário da cidade e qualidade de vida. Os pleitos são avalizados pelos deputados federais. No caso do Cabo e Recife, a intermediação tem sido feita pelo deputado federal Felipe Carreras, do PSB.

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