Um dia após o país bater o recorde de 2.798 mortes em 24 horas, a maior marca desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bate o recorde de rejeição ao seu trabalho na condução da crise do coronavírus.
Segundo pesquisa Datafolha, 54% dos brasileiros veem sua atuação como ruim ou péssima na semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde de seu governo.
O índice daqueles que acham sua gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. Na pesquisa passada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro.
O colapso dos sistemas de saúde nas capitais e no interior, somado a uma campanha de vacinação lenta, contribuiu para a piora na imagem do presidente, avaliam Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, e Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do instituto.
Há ainda a expectativa para a reunião de hoje do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que deve pautar um possível aumento da taxa Selic para tentar conter a alta da inflação.
Se confirmada, será o primeiro aumento da Selic em quase seis anos, mas a medida não agrada ao setor produtivo e divide analistas. |