07/06/23
Por Lucas Moraes
blogfolhadosertao.com.br
Recomposição orçamentária oferecida pelo MEC atendeu apenas parte da demanda da universidade
Reitoria da Univasf, em Petrolina – FOTO: Divulgação
Sem dinheiro, centenas de alunos ainda estão sem respostas sobre os pagamentos de Auxílio Permanência, Auxílio Alimentação, Auxílio Creche e manutenção de alimentando (a) e ou dependente, Bolsa Permanência, Restaurante Universitário e Residência Estudantil.
Junto ao Ministério da Educação (MEC), a Univasf conseguiu a recomposição total do orçamento em 2023 no valor de R$ 6.525.584,00, o que elevou o orçamento da universidade em 2023 para R$ 41.048.261,00, mas o valor ainda não é suficiente para zerar o déficit das bolsas e auxílios, que já se acumulam desde o ano de 2022.
Com a recomposição, foram destinados R$ 510.400 para ampliar o atendimento da assistência estudantil em mais 204 beneficiados, atendendo parte da demanda reprimida do Processo Seletivo Unificado – PSU-2022, porém a Univasf ainda conta com uma fila de 700 discentes que estão esperando a liberação de recursos.
“Em reunião da Câmara de Assistência Estudantil, foram estabelecidos os critérios de distribuição desses recursos, priorizando os campi que não possuem Restaurante Universitário. O Serviço Social da Proae analisou a situação acadêmica dos estudantes para confirmar aqueles que são elegíveis para receber os benefícios. Dessa forma, conseguimos adequar o quantitativo das modalidades de benefícios de acordo com o perfil de vulnerabilidade econômica de cada beneficiado”, informou em comunicado o reitor da Univasf, Telio Nobre Leite.
A demanda orçamentária para a assistência estudantil zerar a fila de espera seria de aproximadamente R$1.019.200,00.
A este Jornal do Commercio, o MEC já informou que destinou R$ 2,44 bilhões para educação superior e do ensino profissional e tecnológico.
“Ao todo, 70% do montante (R$ 1,7 bilhão) será disponibilizado para a recomposição direta nas universidades e institutos. Desse valor, aproximadamente R$ 1,32 bilhão será direcionado para as universidades e R$ 388 milhões para os institutos federais. Este valor fará com que o montante disponibilizado para todas as universidades e institutos voltem ao montante global de receitas discricionárias de 2019”.
Os outros 30%, segundo o MEC, cerca de R$ 730 milhões, serão destinados para obras e outras ações que ficaram com as despesas descobertas na gestão anterior, como ocorreu com a residência médica e multiprofissional, e com as bolsas de permanência para estudantes.
Apesar dessa liberação, os recursos continuam mostrando-se insuficentes para as demandas reprimidas ainda existentes nas universidades. E não há previsão de suplementação.
A Univasf ainda não publicou edital para novas vagas na assistência estudantil em 2023. A previsão é de que o edital deste ano seja lançado só no início do segundo semestre.