24/04/23
Jones Johnson/JC
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As investigações da Polícia Federal “muito possivelmente” indicam que o general teve alguma participação durante os atos antidemocráticos.
General Augusto Heleno é ex-ministro de Estado do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro – FOTO: Marcos Corrêa/PR
O ministro interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Cappelli, afirmou em entrevista ao site Congresso em Foco, que o general Heleno, que comandou o Gabinete durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter relação com os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.
Segundo Cappelli, as investigações da Polícia Federal “muito possivelmente” indicam que o general teve alguma participação durante os atos antidemocráticos.
Durante a semana, houve a demissão do ex-ministro-chefe do GSI, Gonçalves Dias, que foi flagrado em imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto no momento em que os invasores entram no edifício.
Dias prestou depoimento à PF e alegou não ter nenhum envolvimento com os golpistas.
Cappelli informou que o GSI disponibilizou todas as imagens das câmeras do Planalto no site que pode ser acessado por qualquer pessoa disponível.
CPI
O ministro interino não defende que haja uma CPI para apurar os atos de 8 de janeiro. Para ele, “o ideal é virar essa página” pois a “CPI [só] vai reafirmar a tentativa de golpe do dia 8, nada mais”:
“A CPI vai reafirmar a tentativa de golpe do dia 8, nada além disso. Por isso acho que o ideal é virar essa página o mais rápido possível e retomar a agenda que realmente faz o Brasil se desenvolver. É o ajuste fiscal, é a reforma tributária, e isso seria o mais importante para o país neste momento”.
Ricardo Cappelli, ministro interino do GSI
Heleno sumiu
O argumento de Cappelli sobre a possível participação do general Heleno nos atos é devido ao fato dele ter “sumido” no período: