28/05/22
Por Jamildo Melo
blogfolhadosertao.com.br
Sem alarde, nesta quarta-feira (27), Raquel Lyra (PSDB) esteve reunida em Brasília com a pré-candidata do MDB nacional à presidência, Simone Tebet
Raquel Lyra // Na foto Raquel Lyra, Prefeita e Caruaru e candidata ao governo do estado nas eleições de 2022. – FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Sem alarde, nesta quarta-feira (27), Raquel Lyra (PSDB) esteve reunida em Brasília com a pré-candidata do MDB nacional à presidência, Simone Tebet. Em pauta, uma possível movimentação para retirar a legenda da Frente Popular.
A assessoria da Raquel Lyra, pré-candidata do PSDB ao Governo de Pernambuco, confirma o encontro mas não informou o teor das conversas.
Como a coluna adiantou, a saída de João Doria (PSDB) da corrida pela Presidência, abrindo mão para Simone Tebet ser a candidata que represente a união dos tucanos como o MDB e o Cidadania, pode ser positiva para Raquel.
Na oposição, aposta-se que, como o PSDB abriu mão de João Doria em nome da terceira via, agora OS tucanos pedem ao MDB que ajude Raquel Lyra em Pernambuco, tirando o partido da Frente Popular, cujo candidato é Danilo Cabral (PSB).
“Não se trata de uma intervenção em Pernambuco mas apenas que o nacional determine que o MDB se junte a Raquel. O PSDB quer o apoio em Pernambuco” comenta uma fonte da oposição.
O problema eh que hoje o presidente do MDB Raul Henry está na frente popular e ao lado do PSB. No passado recente, o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho tentou levar o partido da oposição mas sem sucesso. Da mesma forma Marília Arraes tenta levar o partido para sua campanha mas as negociações também não prosperaram.
Em tempo, após superar João Doria, o desafio de Simone Tebet para se confirmar como candidata da terceira via é superar os emedebistas do Nordeste, grupo onde muitos desejam caminhar com Lula (PT) na eleição deste ano. Para contornar, ela já conseguiu apoio do senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE).
No MDB local, um influente integrante do partido acha que ela não terá força para fazer a movimentação.
“Ela é uma espécie de Henrique Meirelles (que acabou com 1% da votação, quando saiu candidato a presidente pelo MDB). O partido deve estar avaliando que ter um candidato é melhor do que nçao ter nada, uma espécie de missão partidária”, conta um aliado.