Perícia descobre o que iniciou fogo no Lar Paulo de Tarso, no Recife

A perícia feita pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apontou que o incêndio que atingiu o Lar Paulo de Tarso, no Recife, na última sexta-feira (14), começou em um ventilador que ficava na parede do abrigo, por volta das 3h40 da madrugada.

“Estou convicto de que não foi um incêndio criminoso. Foi uma pane elétrico em um ventilador. Peguei uma parte do motor para examinar melhor no Instituto de Criminalística”, disse o perito Fernando Luiz da Silva.

O trabalho foi iniciado horas após o acidente e foi continuado nesta segunda-feira (17).

ESTADO DE SAÚDE DAS VÍTIMAS

Na casa, havia 15 crianças e duas cuidadoras no momento do incidente. Quatro não resistiram e morreram – três crianças e a cuidadora Margareth José da Silva, de 62 anos. Nesta segunda-feira (17), permanecem internadas dez crianças e uma cuidadora em hospitais do Recife.

Duas, que estavam internadas no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), receberam alta hospitalar nesse domingo (16).

Seis estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Restauração (HR), na região central da cidade, com quadro de saúde grave, mas estáveis.

Outras duas estão na UTI Pediátrica do Hospital e Maternidade Brites de Albuquerque com quadros de saúde estáveis e apresentando boa evolução.

Duas estão internadas no Hospital Maria Lucinda e “seguem evoluindo bem, com possibilidade de transferência para enfermaria”.

Na enfermaria do hospital, também está uma cuidadora que estava no abrigo no momento do incêndio. Ela apresenta um estado geral regular e está consciente e orientada.

As informações foram repassadas pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

NOVO ABRIGO NO RECIFE

As crianças que tiveram alta – um menino de 9 anos e uma menina de 3 anos – foram direcionadas para um abrigo temporário disponibilizado pela Prefeitura do Recife, cuja localização não foi divulgada com o objetivo de preservar as crianças.