O Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, comemorado nesta segunda (17), foi registrado no Plenário da Assembleia Legislativa. Rosa Amorim, do PT (foto), prestou homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras do campo. E defendeu a efetivação do direito constitucional à terra: “A liberdade da terra é assunto de todos que se alimentam do fruto da terra, dos que vivem, sobrevivem de salário, dos que não têm casa, dos que disputam com os ratos os restos das grandes cidades. A liberdade da terra e a paz no campo têm nome: reforma agrária”. 

Usando o boné do MST na tribuna, a parlamentar lembrou os 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido no Pará em 1996. Segundo Rosa Amorim, permanece impune a ação truculenta de policiais militares no episódio, que deixou um saldo de vinte e um mortos e 69 mutilados. Doriel Barros, do PT, também lembrou a luta pela reforma agrária no Brasil.  O deputado, que já presidiu a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco, a  Fetape, defendeu a ocupação de terras improdutivas como forma de impulsionar a produção de alimentos saudáveis e, assim, combater o problema da fome.

O tema da Transnordestina foi analisado em Plenário nesta segunda. João Paulo Lima, do PT, registrou o encontro realizado de manhã pela Frente Parlamentar da Alepe que está discutindo a obra da ferrovia. O parlamentar afirmou que o empreendimento não deveria ser executado a partir de decisões centralizadas, sem ampla discussão com os estados. A exclusão do Porto de Suape do roteiro da Transnordestina também foi questionada por João Paulo, que ressaltou a viabilidade da inclusão do terminal portuário no traçado.

Durante o tempo reservado à comunicação de lideranças, João Paulo Lima abordou a luta pela implantação do piso salarial do magistério. O deputado participou de assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, o Sintepe, que definiu um calendário de paralisações da categoria: “Para o sindicato, o Governo de Pernambuco precisa aplicar o percentual de reajuste do piso salarial nacional, de 14,95%, em toda a categoria da educação, alcançando profissionais e professores,  analistas educacionais, auxiliares e assistentes administrativos, ativos e aposentados”. 

Antônio Moraes, do PP, solicitou o apoio da governadora Raquel Lyra para os municípios litorâneos de Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, e Sirinhaém, Tamandaré e São José da Coroa Grande, na Mata Sul do Estado. De acordo com o deputado, as cidades precisam de mais recursos para atender aos turistas que frequentam as praias, principalmente entre os meses de dezembro e fevereiro. Segundo o parlamentar, as áreas mais carentes no período são a limpeza urbana e a saúde pública.

Dani Portela, do PSOL, justificou a ausência no Parlamento na semana passada. Ela noticiou a participação como testemunha no júri popular que condenou um homem pelo homicídio qualificado de Patrícia Cristina Araújo dos Santos, ocorrido em 2018. A parlamentar também lamentou os casos recentes de violência nas escolas. De acordo com a deputada, houve um aumento da cultura do ódio nos últimos quatro anos. Ela defendeu uma educação voltada para a diversidade e os direitos humanos.

“As crianças, os jovens e adolescentes, representam o futuro, e a gente não pode dar passo para trás na construção de uma humanidade, na promoção e educação para a diversidade, para direitos humanos, para o respeito à diferença e à não reprodução de intolerâncias e qualquer forma de preconceito ou discriminação”.

Joãozinho Tenório, do Patriota, comemorou o início das obras para a construção da maternidade São José em Bezerros, no Agreste Central do Estado. O parlamentar agradeceu o apoio do deputado federal Mendonça Filho, do União Brasil, e do senador Fernando Dueire, do MDB, pela destinação de recursos para a região. Joãozinho Tenório também noticiou o sucesso do segundo Velocross da Fé, evento esportivo realizado no último fim de semana em São Joaquim do Monte, no Agreste Central.