MORAES manda Polícia Federal ouvir BOLSONARO sobre inquérito dos ATOS GOLPISTAS; confira os detalhes

15/04/23

Jones Johnson/ JC

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Os investigadores da PF terão 10 dias para marcar o depoimento de Bolsonaro.

ALAN SANTOS/PR E NELSON JR/TSE
Nova decisão de Alexandre de Moraes pelo STF pode alcançar ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – FOTO: ALAN SANTOS/PR E NELSON JR/TSE

Bolsonaro deve falar sobre uma suposta “incitação” dos atos antidemocráticos que se instauraram no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente atacaram os edifícios da Praça dos Três Poderes.

De acordo com informações do Estadão, os investigadores da PF terão 10 dias para marcar o depoimento de Bolsonaro.

ALEJANDRO ZAMBRANA/SECOM TSEDECISÃO Moraes busca identificar financiadores dos atos antidemocráticos – ALEJANDRO ZAMBRANA/SECOM TSE
Despacho assinado

O despacho assinado investiga os autores intelectuais e instigadores dos atos antidemocráticos.

Os crimes investigados são de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

EVARISTO SA / AFPApoiadores do ex-presidente Bolsonaro promoveram atos golpistas e invadiram as sedes dos três poderes – EVARISTO SA / AFP

Para Moraes, o depoimento de Bolsonaro é “medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”.

A PGR havia solicitado o depoimento ainda em janeiro, mas Alexandre de Moraes adiou a análise pelo fato de Bolsonaro estar nos Estados Unidos.

Agora, com o retorno do ex-presidente ao Brasil, no último dia 30, tornou-se possível a tomada do depoimento.

Reprodução / Twitter
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em discurso numa igreja na Flórida, Estados Unidos. – Reprodução / Twitter
Atos golpistas e questionamento das eleições

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pediu para investigar se Bolsonaro incitou atos golpistas após pressão da cúpula do Ministério Público Federal.

Por conta dos atos antidemocráticos, cerca de 80 procuradores e subprocuradores da República pediram que Bolsonaro fosse investigado por incitação à perpetração de crimes contra o Estado de Direito por conta de uma publicação realizada no dia 10 de janeiro e apagada horas depois, quando questionou o resultado das eleições de 2022.

EVARISTO SA / AFPAtos golpistas aconteceram no dia 8 de janeiro. STF, Planalto e Congresso foram vandalizados – EVARISTO SA / AFP

O Ministério Público Federal disse que a publicação de Bolsonaro ‘parece configurar uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de tentativa violenta de abolição do Estado de Direito’, visto os ataques realizados pelo ex-presidente sobre o sistema eletrônico e as urnas eletrônicas antes do 8 de janeiro.

O sub-procurador Carlos Frederico Santos informou que é necessária ‘apuração global dos atos praticados antes e depois de 08 de janeiro de 2023’ por Bolsonaro.

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.389 em 2024, sem aumento real

15/04/23

Agência Brasil

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O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado nesta sexta-feira (14) ao Congresso
Dinheiro

salário mínimo em 2024 será de R$ 1.389 e, por enquanto, não terá aumento acima da inflação. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado nesta sexta-feira (14) ao Congresso Nacional.

O reajuste segue a projeção de 5,16% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. A estimativa também consta do PLDO.

O projeto também apresentou previsões de R$ 1.435 para o salário mínimo em 2025 e de R$ 1.481 para 2026. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos próximos anos.

Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.

Nos últimos anos, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. O novo governo está discutindo uma nova política de valorização real (acima da inflação) do salário mínimo.

“Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando da elaboração da lei orçamentária anual”, divulgou em nota o Ministério do Planejamento.

Segundo o Planejamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 368,5 milhões no orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo. A conta considera uma alta de R$ 374,8 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 6,3 bilhões na arrecadação da Previdência Social.

O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano e da nova política de reajuste. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.

Em 2023, o salário mínimo está em R$ 1.304, com ganho real de 1,41%. Com o reajuste para R$ 1.320, previsto para 1º de maio, a valorização subirá para 2,8% acima da inflação de 2022.

O projeto original da LDO foi enviado ao Congresso com o teto de gastos ainda em vigor. O texto, no entanto, traz a permissão para que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 preveja despesa primária em valor superior ao teto de gastos, condicionada à aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional.

TCE: Primeira Câmara analisa contas de Jaboatão e Sertânia

15/04/23

AscomTCE-PE

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A Primeira Câmara do TCE analisou, na última terça-feira (11), processos de prestação de contas de governo das prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e Sertânia, ambas do exercício financeiro de 2021 e com relatoria do conselheiro Marcos Loreto.

Em relação ao município de Jaboatão (n° 22100481-6), tendo como interessado o ex-prefeito Anderson Ferreira, o relator apontou o devido cumprimento dos limites constitucionais e legais com saúde e educação, ficando em 26,76% e 15,85%, respectivamente (os valores mínimos são de 25% e 15% da receita).

Além disso, no período em questão, foram devidamente obedecidos os limites de despesas com pessoal com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e recolhidas todas as contribuições previdenciárias.

“As demais falhas após a análise da defesa, no contexto em análise devem ser encaminhadas ao campo das determinações para adoção de medidas para que não voltem a se repetir em exercícios futuros”, diz o voto.

Entre as determinações, estavam a de reavaliar a metodologia de cálculo utilizada para a previsão das receitas orçamentárias, elaborar um cronograma financeiro que mais se aproxime da realidade, efetuando um planejamento mensal apropriado ao histórico de arrecadação e desembolsos financeiros, e adotar medidas para efetuar o registro contábil das provisões matemáticas previdenciárias de acordo com Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

Sendo assim, foi emitido parecer prévio recomendando à Câmara Municipal de Jaboatão, a aprovação, com ressalvas, das contas do ex-prefeito.

ll SERTÂNIA ll

De forma similar, a Primeira Câmara também emitiu parecer pela aprovação, com ressalvas, das contas do prefeito de Sertânia, Ângelo Rafael Ferreira.

Em seu voto (n° 22100390-3), o relator também apontou o devido cumprimento dos limites constitucionais com saúde e educação, assim como o correto recolhimento das contribuições previdenciárias.

A principal irregularidade foi o não cumprimento dos limites de despesa com pessoal, que no período analisado ficou em 57,8% (o mínimo é 54%). Todavia, além de não ser um valor considerado alto, o conselheiro levou em consideração o artigo 15 da Lei Complementar Federal nº 178/21, que suspendeu, para o exercício de 2021, a contagem dos prazos e as demais disposições devido à pandemia de Covid-19.

O voto trouxe algumas determinações, principalmente no que diz respeito à previsão da receita orçamentária de capital e programação financeira, além do cronograma de execução mensal por parte do município.

Também foi recomendado à gestão que ela aprimore o controle contábil por fontes/destinação de recursos, a fim de que sejam obedecidos os saldos de cada conta, evitando, assim, a realização de despesas sem lastro financeiro, de modo a preservar o equilíbrio financeiro e fiscal do Município.

Outra recomendação foi que a gestão reconduza os gastos com pessoal aos níveis regulamentares da LRF, após o fim do período de Estado de Calamidade Pública decretado pelos governos Federal e Estadual.

Os votos foram aprovados por unanimidade pelos conselheiros Carlos Porto e Valdecir Pascoal. Representou o Ministério Público de Contas na sessão a procuradora-geral adjunta Eliana Lapenda.