Lula desafia Bolsonaro a reconhecer transposição do São Francisco como obra do PT

10/02/22

Por Levy Teles – Estadão

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O ex-presidente espera que o presidente da República admita que obra de transposição do rio São Francisco foi iniciada no governo do PT; Bolsonaro inaugurou o bombeamento da transposição em Salgueiro, Pernambuco

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira, 9, que espera que o presidente Jair Bolsonaro “tenha a coragem” de dizer que foi o petista quem começou as obras da transposição do rio São Francisco.

“Espero que Bolsonaro tenha a coragem de dizer que está inaugurando, mas quem começou a obra foi o presidente Lula”, disse o petista em entrevista à Rádio Clube, de Pernambuco. Ainda sobre o que esperava que Bolsonaro falasse, Lula seguiu: “Ele (Lula) teve a coragem que os nossos governantes no passado não tiveram. Ele fez o que D. Pedro não fez, Marechal Deodoro não fez, que os militares não tiveram coragem de fazer.”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está usando as redes sociais para se afirmar como autor da obra da transposição do rio São Francisco.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está usando as redes sociais para se afirmar como autor da obra da transposição do rio São Francisco. Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Bolsonaro está no Rio Grande do Norte para entregar partes da obra, em especial o Eixo Norte 3, que trouxe as águas da transposição à população potiguar. O presidente iniciou por Estados do Nordeste ontem para acompanhar avanços da transposição.

 

Na terça-feira, Bolsonaro esteve em Salgueiro, Pernambuco, para visitar uma usina de bombeamento da transposição, inaugurada na cidade.

Nas redes sociais, Lula divulgou conteúdos lembrando o começo das obras de transposição, que ocorreram em 2007, durante o segundo mandato do petista. “As obras no Velho Chico eram estudadas já no Brasil Império, mas foi só em 2007 que a ideia começou a sair do papel”, diz uma publicação do Instituto Lula, recompartilhada nos perfis do ex-presidente.

Federação

Na mesma entrevista, Lula disse ser simpático à federação. O petista acredita que o partido precisa trabalhar em aliança com outros grupos de esquerda e não se isolar. “Estou mais preocupado com a fotografia do PT”, disse. “Eu acho que o PT tem que entrar na federação porque se todos os partidos entrarem e o PT ficar de fora, vai passar a ideia de soberba.”

O PT estuda a formação de uma federação com o PSB. O presidente nacional pessebista, Carlos Siqueira, afirmou que a formação como possível até o dia 2 de abril, prazo máximo para o Tribunal Superior Eleitoral validar a formação para a disputa eleitoral em 2022. O Supremo Tribunal Federal ainda vai decidir se amplia tal prazo e mesmo se libera em definitivo as federações, contestadas em ação do PTB.

Pleno do TCE-PE aprova contas de 2018 do governador Paulo Câmara

10/02/22
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Em Sessão Especial realizada nesta quarta-feira (09), o Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) emitiu parecer prévio recomendando à Assembleia Legislativa de Pernambuco a aprovação das contas do governador Paulo Câmara (PSB), relativas ao exercício financeiro de 2018. O relator do processo foi o conselheiro Carlos Neves.Constituíram o objeto dessa prestação de contas a movimentação contábil, orçamentária, financeira e patrimonial do Poder Executivo e o relatório da Secretaria da Fazenda sobre a execução do orçamento e a situação financeira do Estado.O Relatório de Auditoria foi estruturado em capítulos abrangendo temas como a Conjuntura Socioeconômica Estadual e Nacional, gastos com Educação e Saúde; Gestão Administrativa; Orçamentária; Financeira; Patrimonial e Fiscal; Segurança Pública; Previdência dos Servidores Públicos Estaduais; Terceiro Setor; Transparência Pública; Monitoramento das Recomendações realizadas nos Pareceres Prévios das prestações de contas de 2014, 2015 e 2016, além de um Quadro Resumo do Cumprimento de Limites Constitucionais.

O documento foi elaborado por oito servidores da Gerência de Contas dos Poderes Estaduais, os quais receberam registro em ficha funcional, por proposição do relator, devido a qualidade do trabalho desenvolvido.

Cumprimento
De acordo com o voto (n° 19100416-9), o Governo aplicou 27,58% de sua receita na manutenção e desenvolvimento do ensino e 15,32 % nos serviços públicos de saúde, cumprindo o mínimo constitucional que é de 25% e 12%, respectivamente.

O Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (Idepe), no exercício em questão, demonstrou avanços, como uma alta taxa de aprovação entre os alunos matriculados na rede pública, além de uma taxa de abandono no Ensino Fundamental inferior à média nacional e também menor do que a registrada em 2017.

O relatório técnico destaca ainda que o Produto Interno Bruno (PIB) de Pernambuco, em 2018, apresentou um percentual de 0,8 acima do índice nacional, e que o Estado ficou entre os cinco melhores no ranking desenvolvido pela Escala Brasil Transparente (EBT), do Governo Federal, no que diz respeito à transparência pública, em que pese, os itens não atendidos na avaliação foram objeto de recomendações por parte do Tribunal de Contas.

Ainda, de acordo com o voto, o Balanço Geral do Estado, contemplando os balanços Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e os Demonstrativos das Variações Patrimoniais, observou os regramentos previstos na legislação. Além disso, foram observados os limites de endividamento e de despesas com pessoal, previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, em todos os quadrimestres do exercício de 2018.

RECOMENDAÇÕES

No voto, o conselheiro Carlos Neves destacou que as recomendações proferidas pelo TCE nos processos de prestação de contas dos exercícios de 2014, 2015 e 2016 vêm sendo paulatinamente implementadas pelo Governo, “evidenciando o interesse na melhoria da gestão pública estadual em suas várias dimensões”. Todavia, diz o conselheiro, “ainda restam algumas desconformidades passíveis de ajustes, consignados no Relatório de Auditoria e que devem ser objeto de novas recomendações”.

Sendo assim, o relator fez algumas recomendações ao Governo do Estado, para que ocorram, por exemplo, melhorias no que diz respeito à Lei Orçamentária Anual (LOA) e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como a inclusão da quantificação das metas físicas, passíveis de mensuração, nas ações previstas na LOA e publicação de todos os programas beneficiados com renúncia de receita de ICMS na LDO, bem como dar transparência a tais valores no Portal de Transparência do Governo de Pernambuco.

Ainda em relação à transparência pública, foram realizadas outras recomendações como a inclusão de documentos que comprovem a participação da população na construção do planejamento e plano de governo, no caso de sua ocorrência, de informações detalhadas acerca das obras públicas, e o aprimoramento da acessibilidade das informações no Portal de Transparência e no Portal dos Dados Abertos para as pessoas portadoras de deficiências.

Por fim, entre outras, foram feitas recomendações para que se observe a renovação tempestiva da titulação das Organizações Sociais como requisito para realização de repasses financeiros, evitando expedição de decretos de renovação com efeitos retroativos.

“Como bem exposto pela Auditoria, em que pese a natureza especial que envolve a apreciação anual das contas do governo, os relatórios de auditoria, ao longo dos anos, têm servido não apenas de subsídio à emissão de Parecer Prévio pelo TCE, mas também como fonte de pesquisa por parte de vários setores da sociedade local e de outros entes da Federação, em consonância com a sua missão institucional de desempenhar o papel constitucional de fiscalizar, controlar e orientar a aplicação dos recursos públicos, estimulando o exercício da cidadania”, destaca o conselheiro relator.

O voto foi aprovado por unanimidade. Participaram da Sessão, além do relator, Carlos Neves, o presidente do TCE, conselheiro Ranilson Ramos, a vice-presidente, conselheira Teresa Duere e os conselheiros Carlos Porto, Valdecir Pascoal, Marcos Loreto, além do conselheiro substituto Carlos Pimentel em substituição ao conselheiro Dirceu Rodolfo.

O Ministério Público de Contas foi representado pelo seu procurador-geral, Gustavo Massa, já a auditoria-geral foi representada pelo conselheiro substituto Marcos Nóbrega.

Supremo aprova formação das federações partidárias

10/02/22

Estadão Conteúdo

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Com decisão, partidos poderão se reunir por ao menos quatro anos e atuar como uma sigla única
CARLOS ALVES MOURA/SCO/STF
Ministro Luiz Fux, presidente do STF, na sessão desta quarta-feira (9) – Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (9) aprovar a formação das federações partidárias. Os ministros ainda avaliam uma eventual ampliação do prazo de registro das agremiações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O resultado do julgamento, aguardado por dirigentes partidários, pode definir as chances das siglas destravarem negociações do tabuleiro eleitoral.

 

A avaliação é que as conversas não avançam no ritmo necessário para garantir o registro até 2 de abril, prazo fixado inicialmente em decisão provisória do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, em dezembro do ano passado. Depois de ouvir os líderes dos partidos, o próprio Barroso reviu o posicionamento e propôs estender o prazo até 31 de maio.

Durante a leitura do voto, o ministro destacou que a mudança é um ‘meio termo’ para atender as legendas, mas sem ‘uma extensão excessiva’ do prazo, o que em sua avaliação tornaria o instituto das federações ‘perigosamente aproximado’ das coligações e poderia trazer para as federações uma ‘lógica de ocasião que se deseja evitar’.

“Essa extensão até 31 de maio, portanto quase dois meses a mais, dá mais prazo e portanto maior perspectiva de negociações para fins de ajuste das federações, mas minimiza o tratamento desequiparado entre os partidos e as federações. A minha lógica não é uma lógica política. A minha lógica é uma lógica constitucional, à luz do princípio da igualdade. É minimizar o tratamento diferenciado entre entidades que competirão entre si”, defendeu.

O ministro ainda levou em consideração a novidade em torno das federações, que serão testadas pela primeira vez nas eleições deste ano e já movimentam dezenas de siglas.

O relator frisou ainda a diferença entre as federações e as coligações. A ação em discussão no STF foi apresentada pelo PTB, que acusa o novo modelo de união dos partidos de ser uma recauchutagem da coligação, dispositivo proibido por lei desde 2017.

“As coligações ofereciam esse grave risco de fraude da vontade do eleitor, porque partidos sem nenhuma afinidade programática se juntavam ocasionalmente e depois seguiam caminhos diferentes (…) A lei aprovada no congresso evita esse tipo de distorções”, disse Barroso.

Negociações

As federações partidárias exigem dos partidos atuação conjunta em torno de um programa, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos. Por terem abrangência nacional – ao contrário das coligações, que têm alcance estadual e são desfeitas após as eleições -, dependem de negociações mais robustas e da superação de divergências ideológicas e locais. O mecanismo interessa sobretudo a legendas menores, ameaçadas pela cláusula de desempenho, que condiciona o acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV a um mínimo de votos nas eleições.

Em caso de desistência da federação antes do prazo de quatro anos, a sigla pode ser penalizada com a proibição de uso dos recursos do fundo partidário pelo prazo remanescente do acordo. A afinidade ideológica entre as siglas é, portanto, parte fundamental do processo de aglutinação, pois serve para evitar atritos insuperáveis entre programas ideológicos antagônicos.

Pelo menos três blocos de partidos negociam a união de esforços para as eleições de 2022. PSDB iniciou as tratativas com o Cidadania. PT vem conversando com PSB, PV e PCdoB – os dois últimos também negociam com o PSOL.

Quatro ministros votam o relator

Barroso foi acompanhado pelos ministros André Mendonça, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Rosa Weber.

Em seu voto, Mendonça defendeu que a nova data proposta traz ‘segurança jurídica’. “E também viabiliza a própria realização das federações em um tempo que considero, como disse, proporcional e razoável”, afirmou.

Moraes seguiu a mesma linha. No entendimento do ministro, as federações podem funcionar como uma etapa intermediária para que os partidos passem por fusões definitivas nos próximos anos, reduzindo o número de siglas.

“É um mecanismo intermediário, mas que mostra que o Congresso Nacional vem buscando modelos para aprimorar nosso sistema partidário. Me parece que o Poder Judiciário deve ter reverência nesses casos para apoiar essas fórmulas que pretendem melhorar, dentro da constitucionalidade da previsão, nosso sistema político-eleitoral”, pregou em seu voto.

Ao seguir o relator, Moraes deu ênfase à necessidade de haver ‘adequação razoável’ do prazo para a formação das federações, excepcionalmente, na primeira eleição em que serão aplicadas.

Divergência sobre prazo

O ministro Gilmar Mendes abriu divergência e votou para manter o prazo previsto na lei ordinária que criou as federações. O texto autoriza as aglutinações até a ‘data final do período de realização das convenções partidárias’, em 5 de agosto. Ele foi acompanhado por Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski

“As federações não precisam, a meu ver, ter o seu regime integralmente equiparado aos partidos políticos”, defendeu Lewandowski ao votar pela manutenção do prazo de 5 de agosto.

‘Vícios de inconstitucionalidade’

O ministro Kassio Nunes Marques, por sua vez, foi o único a votar para suspender a lei que criou as federações. Em sua avaliação, o dispositivo é inconstitucional por esvaziar a cláusula de desempenho instituída pela Emenda Constitucional 97/2017, que projetava a redução gradual do número de partidos até que o sistema eleitoral chegasse a 2030 com uma média de oito legendas fortes.

“Os partidos menores, se de fato se identificam uns com os outros no que é essencial, devem fundir-se, pois pequenas diferenças de pensamento não justificam a multiplicidade de siglas”, defendeu o ministro. “Aqueles que não obtiverem o êxito mínimo, poderão até prosseguir existindo, mas não às custas de financiamento público, representado pelo fundo partidário e pela propaganda gratuita de rádio e televisão.”

Em seu voto, Nunes Marques ainda argumentou que a mudança viola os sistemas partidário e eleitoral proporcional previstos na Constituição.

“Ora, o texto constitucional não prevê as indigitadas federações, se não apenas os partidos políticos. Neste sentido, seria insustentável que, mesmo não as prevendo, também não as proibiria em sede de lei ordinária (..) O silêncio da carta da República há de ser interpretado como intencional para afastar a existência de qualquer outra figura institucional que faça as vezes do partido político”, disse.

“A criação das federações produz efeitos jurídicos idênticos aquelas que seriam provocados pela fusão, em que duas ou mais siglas desaparecem para o surgimento de uma nova para congregar todas elas. A distinção estaria somente no fato de que as federações ela é temporária, pelo prazo de quatro anos, enquanto a fusão propriamente dita é permanente. Nessa ótica, mais uma vez me parece inconstitucional a lei objurgada, pois autoriza a fusão temporária de partidos, enquanto a Constituição Federal autoriza apenas aquela com ordinário aspecto de definitividade”, acrescentou.

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Náutico perde para o Retrô em casa pelo Pernambucano

10/02/22

Por Davi Saboya

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O duelo entre Náutico x Retrô foi válido pela terceira rodada do Pernambucano

CHARLES JOHNSON/JC IMAGEM
LEI DO EX Giva e Renato Henrique, ex-jogadores do Náutico, marcaram os gols da equipe visitante na vitória contra o Timbu pelo Estadual – Foto: Charles  Johonson/JC Imagem

Náutico perdeu por 2×1 para o Retrô, nesta quarta-feira (9), nos Aflitos, em partida válida pela terceira rodada do Pernambucano. Os gols dos visitantes foram marcados por ex-jogadores do Timbu. Foram eles: os atacantes Giva e Renato. Ewandro marcou para os alvirrubros.

>> VÍDEO: Jogadores do Náutico entram em conflito com membros de torcida uniformizada após derrota para Retrô

Pela primeira vez na temporada, o meia Jean Carlos e o atacante Kieza apareceram no time titular do Náutico. Porém, ambos ainda sem o condicionamento físico. Além disso, os dois jogadores se recuperam das respectivas lesões na panturrilha e tendão de Aquiles.

Mais uma vez, o sistema defensivo do Náutico apresentou muitas falhas e escapou de sofrer mais gols. Em vários contra-ataques, o Retrô chegou com espaço no ataque. O Timbu não tem conseguido repetir o êxito da “marcação alta” da temporada passada.

Não à toa, o Retrô conseguiu abrir o placar em boa trama do ataque e conclusão de Giva. Depois do gol, houve uma grande confusão entre os técnicos Hélio dos Anjos e Dico Woolley do Náutico e Retrô, respectivamente.

CHARLES JOHNSON/JC IMAGEMOs técnicos do Náutico e Retrô foram expulsos após confusão entre as comissões – CHARLES JOHNSON/JC IMAGEM

No fim da partida, o Náutico conseguiu empatar a partida com Ewandro. Em jogada pela direita, aos 43 minutos, Pedro Vítor achou Juninho Carpina, que cruzou na medida para o atacante alvirrubro desviar para o fundo da rede de cabeça.

Só que nos últimos minutos o Retrô conseguiu balançar a rede mais uma vez. Em jogada na ponta direita, Renato buscou o companheiro em cruzamento rasteiro. Porém, a bola bateu na mão do zagueiro Camutanga, que apareceu para tentar desarmar o oponente.

Mas, a bola bateu na mão do defensor do Náutico. E, claro, o juiz Diego Fernando apontou o pênalti. O próprio Renato foi para cobrança, aos 50, e converteu. O atacante do Retrô marcou o quarto gol na competição e assumiu a artilharia isolada.

O próximo jogo do Náutico acontece neste sábado, contra o Fortaleza, às 17h45, nos Aflitos, em partida válida pela quarta rodada da Copa do Nordeste.

Santa Cruz perde (de virada) para o Salgueiro, no Cornélio de Barros: 2 x 1

10/02/22
Por Yuri Teixeira
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Esquerdinha abriu o placar para o time do Arruda, mas Kady e Lucão viraram o encontro para os donos da casa
Salgueiro 2x1 Santa Cruz

No encontro de tricolores na noite desta quarta-feira (9), no Cornélio de Barros, deu Salgueiro. De virada, o Carcará bateu o Santa Cruz por 2×1, em encontro válido pela quarta rodada do Campeonato Pernambucano. Com o resultado, o time sertanejo chegou à segunda vitória seguida e soma agora sete pontos. Já a Cobra Coral, depois de vencer os três primeiros encontros, perdeu os 100% de aproveitamento na competição estadual.

O primeiro tempo no Sertão começou animado. Com cinco minutos de bola rolando o duelo já estava empatado em 1×1. Logo aos três, Matheuzinho ajeitou na entrada da área e Esquerdinha bateu firme para abrir o placar para o time da Capital. Logo na sequência, após cobrança de escanteio da direita, a bola sobrou para Kady. Livre de marcação, o camisa 5 deu um lindo tapa colocado para vencer Jefferson e deixar tudo igual.

O resultado de igualdade elevou os ânimos dos donos da casa, que passaram a tomar conta do jogo e incomodar o sistema defensivo coral. E aos 16 minutos, mais uma vez em jogada de bola parada, o Carcará chegou à virada. De longe, Valdeir cobrou falta na área do Santa e o zagueiro Lucão, livre, escorou com a perna direita para fazer o segundo do Tricolor Sertanejo no encontro e seu terceiro gol no campeonato.

Buscando se recuperar do prejuízo, o time comandado pelo técnico Leston Júnior buscou sair mais para o jogo, mas ficava preso na marcação. Assim, só incomou pelo alto. Em duas oportunidades, quase Alex Alves marca para a Cobra Coral. Na primeira, o defensor parou no goleiro Jerfesson. Na sequência, acertou o travessão sertanejo. Em cobrança de falta, Walter também colocou o arqueiro mandante para trabalhar.

Na volta do intervalo, com o placar favorável, o Salgueiro se portava bem defensivamente nas jogadas pelo chão, enquanto o Santa só assustava por cima. Sempre com Alex Alves. O defensor teve três boas chances para empatar. Em uma delas, mais uma vez, carimbou o travessão de Jerfesson. Na reta final, Walter chegou a marcar de cabeça, mas viu o bandeira assinalar impedimento corretamente.

Ficha do jogo

Salgueiro 2
Jerfesson; Ronaldo, Lucão, Janelson e Léo Carioca; Kady, Léo Santos (Hebert) e Wescley (Patrick Nonato); Hudson, Valdeir (Favero) e Pedro Maycon (Robinho). Técnico: Sílvio Criciúma

Santa Cruz 1
Jefferson; Italo Melo (Matheus Lira), Lucão, Alex Alves e Italo Silva; Gilberto, Rodrigo Yuri (Elyeser) e Tarcísio; Esquerdinha (Rafael Furtado), Walter e Matheuzinho (João Cardoso). Técnico: Leston Júnior

Local: Cornélio de Barros (Salgueiro)
Árbitro: Rodrigo Pereira
Assistentes: José Romão e Michel Ferreira
Gols: Esquerdinha, aos 3′ do 1T (STA); Kady, aos 4′ e Lucão, aos 16′ do 1T (SAL)
Cartões amarelos: Léo Santos, Wescley (SAL); Esquerdinha, Ítalo Silva, Rafael Furtado, Gilberto (STA)

Compesa informa que concluiu primeiro ciclo de abastecimento realizado pela nova adutora de Salgueiro e os bairros do Planalto e Centro estão fora do rodízio

10/02/22

imprensa/Compesa

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Após o início da operação da Adutora de Negreiros, em Salgueiro, a Compesa concluiu o primeiro ciclo de abastecimento na cidade anunciando uma boa notícia: os bairros Planalto e Centro estão fora do rodízio, passando a receber água todos os dias

“Rodamos o primeiro ciclo na cidade toda e a distribuição de água estável, na faixa de 165 litros por segundo, permitiu que o abastecimento do município fosse normalizado. E, ainda, foi possível a retirada de dois bairros do rodízio. Gradualmente vamos aumentar a vazão até chegar a 200 litros por segundo fazendo com que 80% da cidade seja tirada do rodízio. No decorrer desse período, vamos anunciando novos bairros que passarão a ser abastecidos todos os dias”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Kassio Kramer.

A Compesa investiu R$ 8 milhões na obra de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Salgueiro. Além da adutora, com seis quilômetros de extensão, foi implantada uma captação flutuante no reservatório de Negreiros, além da construção de uma subestação.

Dificuldade: Pernambuco registra recorde de famílias endividadas e percentual chega aos 80,4%

10/02/22
Por Júlio Aquino
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Oito em cada dez pernambucanos anunciaram que possuem dívidas em janeiro

 

Cartões de crédito

De acordo com a Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o pernambucano nunca esteve tão endividado como apontou o último levantamento realizado. De forma mensal, os dados são colhidos pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e tem seu recorte regional realizado pela Fecomércio-PE.

Esses números têm como objetivo traçar um perfil do endividamento, acompanhando o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e a disponibilidade e proatividade em relação à capacidade de quitação.

Com variação de apenas 0,4 pontos percentuais, as famílias que se declararam endividadas atingiu 80,4%, o que se tornou o maior percentual desde setembro de 2021, quando chegou em 80,9%.

Segundo o economista Ademilson Saraiva, da assessoria econômica da Fecomércio/PE, a pandemia e o que ela trouxe de consequências sobre os negócios e os empregos, sem dúvida, é um fator relevante para tamanha inadimplência.

“Ao longo de 2020 e 2021, os ciclos de paralização e adequação das atividades refletiram diretamente no faturamento das empresas e na capacidade de superação da crise provocada pela necessidade do isolamento social e afastamento das pessoas do ambiente de trabalho. Esse movimento teve desdobramento, por um lado, sobre a oferta, especialmente na indústria de alimentos, e também sobre a demanda, visto que com mais pessoas em casa, houve aumento no consumo de alimentos dentro do lar e de equipamentos domésticos. Além disso, ao longo do ano passado, o país passou a sofre os impactos da crise nas hidrelétricas (aumentando o preço da energia) e com o aumento do preço dos combustíveis. Essa conjuntura conduziu a um aumento substancial do nível de preços ao consumidor, reduzindo o poder de compra e, consequentemente, forçando as famílias a elevar o endividamento, através de vetores como o cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal, para complementar a renda domiciliar.”, analisa o economista

Sem saber ao certo se terá uma redução nos próximos meses, Ademilson alerta que a expectativa ainda é de um percentual de endividamento elevado. “Gastos extras aos quais as famílias estão submetidas nesse momento, como as despesas tributárias (IPTU, IPVA e outras taxas) e volta das atividades escolares.”, devem ser os principais fatores para esse novo número.