Embora celebre os R$ 675 mil garantidos com a passagem à segunda fase do torneio nacional, chegue à segunda vitória seguida longe de casa (depois de ter batido o Fortaleza, no Castelão) e veja Pipico participar dos quatro gols, marcando dois deles, é preciso reconhecer a fragilidade do adversário. Foi o maior componente do duelo, sob o forte calor de Mesquita, na Baixada Fluminense.
Fazendo sua estreia no ano, a primeira partida em quase seis meses, o Ypiranga-AP lembrava aquele time convidado para jogo-treino em pré-temporada. Pela qualidade. Mas acima de tudo, pela diferença física. Com jogadores caindo em campo ainda no primeiro tempo. Seguindo com cãibras na etapa final.
Sem falar ainda da estratégia errada, tentando atacar um rival melhor preparado. E, com isso, deixando espaço para contra-ataques mortais. Foi assim que o Santa Cruz criou diversas chances. Fez quatro. E poderia ter marcado mais.
O Santa, obviamente, teve méritos próprios. Seguro na defesa, só permitindo chutes de longa distância ao gol de Jordan. Teve ainda velocidade na transição ofensiva. E movimentação constante. Atropelando um adversário cheio de buracos.
Uma vitória em bom momento. Às vésperas do clássico com Sport, na quarta-feira. Se dando ao luxo de promover estreias como a de Elicarlos e Maxwell. E dando confiança a um artilheiro que estava oscilando. E que costuma aprontar diante do arquirrival.
Pipico durante partida contra o Ypiranga-AP — Foto: Marcos Faria