Por Machado Freire
Aqui no Brasil, qualquer cidadão ou cidadã que deseje se candidatar a um cargo eletivo –de vereador ao presidente da República, é obrigado pertencer (estar filiado) a um partido político. A legislação eleitoral define a quantidade e o funcionamento dos partidos, do menor ao maior município brasileiro, não permitindo a existência de nenhuma agremiação partidária clandestina.
Apesar dos rigores da Lei, os políticos aproveitadores costumam usar e abusar das agremiações partidárias, que passam praticamente a funcionar como propriedade privada de determinados indivíduos e de suas famílias.
A manutenção dos partidos cai nas costas do contribuinte brasileiro, uma vez que as agremiações são mantidas através do milionário Fundo Partidário, com recursos da União, que tem origem nos impostos que todos pagamos.
Defendo que a legislação eleitoral seja aprimorada para evitar “usos e abusos” nos partidos políticos, a começar pelas exigências para a criação e manutenção de um partido, pois já existem siglas demais. Passamos do pluripartidarismo !
As irregularidades que acontecem nos partidos políticos existentes em nosso País chegou ao clímax nas últimas eleições presidenciais. Foi e continua sendo apurados usos indevido de recursos distribuídos com candidatos, que atingiu diretamente o PSL, partido pelo qual o presidente Bolsonaro foi eleito.
Surgiu um tal candidato ” laranja” que registrava a candidatura e recebia grandes somas de dinheiro para gastar na campanha. Só que esse candidato ou candidata não obtinham os votos que eram esperados.
Alguns dos candidatos investigados informaram que as grandes somas de dinheiro não chegaram até eles, como foi o caso de uma candidata a deputada federal em Pernambuco, que obteve uma votação vergonhosa.
Então, como estamos nos aproximando do pleito de outubro, é importante os partido políticos não permitam ser chamados de “partido de aluguel”, ou coisa parecida e passe a praticar o que a legislação eleitoral define.
Mas cabe a cada candidato, já agora na preparação das pré-candidatura, exigir dos dirigentes partidários que joguem limpo com seus filiados, informando tudo o que deve ser praticado até o momento em que será depositado o voto nas urnas de 4 de outubro.
Os candidatos não podem ser comparados a um “cego em tiroteio”. Precisamos de mais seriedade e decência.
Vamos jogar limpo neste jogo democrático !