Agências bancárias poderão ser obrigadas a manter vigilâncias por câmeras de vídio

Assembleia Legislativa de Pernambuco

 

As agências bancárias do Estado poderão ser obrigadas a manter monitoramento 24 horas por meio de câmeras de vídeo. A proposta é de um projeto de lei aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa nesta quarta.  A matéria determina que os equipamentos devem ser capazes de gravar as imagens, a serem arquivadas por pelo menos seis meses.

Além de aumentar a segurança de clientes e bancários, a medida também pode melhorar a qualidade das investigações policiais, na avaliação do presidente do Colegiado, deputado Delegado Erick Lessa, do PP. “Eu, como profissional de segurança pública, sempre cobrei, na condição de investigador, que nos passassem as informações acerca da coleta das câmeras de videomonitoramento tanto de dentro das agências quanto do entorno, e sempre tivemos muita dificuldade até porque não havia uma regulamentação específica para isso. E é muito importante, vai ser impactante, inclusive, porque, à medida que a investigação vai tramitando, esses dados coletados podem complementar e montar o quebra-cabeça de uma investigação”.

Um funcionário capacitado deve acompanhar a movimentação captada pelas câmeras  a partir de um local seguro, que permita, inclusive, acionar as autoridades em caso de emergência. Explosões de caixas eletrônicos e instalação de dispositivos para roubo de dados estão entre as práticas de podem ser combatidas, segundo justificativa do autor da proposta, o deputado Romero Albuquerque, do PP.  O texto original recebeu substitutivo na Comissão de Justiça.

 

 

Gonzaga Patriota sai em defesa de jornalista da Folha atacada na CPI das Fake News

Deputado Gonzaga Patriota

O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) se manifestou em apoio à repórter Patrícia Campos Mello, alvo de acusações falsas e caluniosas de um dos depoentes na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News. Em discurso, o socialista criticou a atitude de Hans River, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows e do presidente Jair Bolsonaro.

“Este nosso pronunciamento é para dizer que como comunicador, advogado e como cidadão, não dá pra você vê o Hans River que disparou fake news através das redes sociais, na CPI, formada por deputados e senadores, fazer um ataque sem limites a repórter da Folha, Patrícia Campos. E aí, não apenas esse Hans River, o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem tanto o que fazer, não dá pra ouvir e registrar o apoio que ele deu a esse Hans River falando mal da repórter”, lamentou Patriota.

O socialista se solidarizou com a repórter e ressaltou a importância da liberdade de imprensa para democracia. “Peço a divulgação desse pronunciamento como apoio a todas as entidades que repudiaram esse comportamento do Hans River e esse ato do presidente. E declaro apoio, obviamente, a nossa repórter Patrícia e peço respeito aos comunicadores que têm um papel fundamental na garantia de um país democrático”, disse.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, ofendeu a repórter da “Folha de São Paulo” Patrícia Campos Mello nesta terça-feira (18). Com insinuações sexuais, o presidente questionou a atuação da jornalista em apurações sobre o disparo em massa de mensagens.

A declaração foi feita na saída do Palácio da Alvorada e cita Hans River do Nascimento, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows. Segundo reportagem do jornal “Folha de São Paulo”, a empresa teria participado de esquema de disparo de mensagens por meio da rede social durante as eleições.

Na semana passada, Hans River prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional que apura a disseminação de conteúdo falso na internet, a CPMI das Fake News.

Vejamos a declaração de Bolsonaro:

“Olha, a jornalista da Folha, tem mais um vídeo dela aí. Eu não vou falar aqui porque tem senhora do meu lado. Ela falando eu sou a ‘tatata’ do PT. Tá certo? E o depoimento do Hans River, foi no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo. Ela queria dar um furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço contra mim. Lá em 2018, ele já dizia que eles chegavam perguntando ‘o Bolsonaro pagou para você divulgar informações por Whatsapp?”