Raquel Lyra fecha semana com vitórias políticas na Alepe com decisões judiciais

Por Pedro Beija
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A semana começou turbulenta, já com a sombra da CPI da Publicidade, instalada na terça-feira (19), então com maioria da oposição, em virtude da manobra feita na semana anterior, quando os deputados Diogo MoraesJúnior Matuto e Waldemar Borges deixaram o PSB e rumaram para PSDBPRD e MDB, respectivamente.

Em movimento sincronizado logo após o desembarque dos ex-pessebistas nos partidos, os três parlamentares foram alçados às lideranças das bancadas das siglas na Casa e indicados para a CPI, dando à oposição maioria na Comissão. Diogo Moraes, por exemplo, não apenas chegou à liderança da bancada do PSDB, como também havia se tornado presidente da CPI da Publicidade, acompanhado do então líder emedebista Waldemar Borges na relatoria.

No meio da semana, as denúncias de Álvaro Porto contra um assessor da governadora após uma investigação realizada pela Superintendência de Inteligência da Alepe aumentaram a sombra da CPI em torno dos governistas.

Decisões judiciais em favor de governistas dão fôlego a Raquel Lyra na Alepe

No entanto, a partir da quinta-feira (21), a maré começou a virar para Raquel Lyra na Casa Legislativa, com a decisão judicial que atendeu ação movida pela deputada Débora Almeida (PSDB) e lhe restaurou a liderança da bancada do PSDB na Alepe.

Já nesta sexta-feira (22), uma decisão similar atendeu ação movida pelo deputado Joãozinho Tenório (PRD), que também retornou a liderança da bancada do seu partido.

As duas decisões consideraram irregulares as reuniões das Executivas dos dois partidos, que tiveram os efeitos anulados. Cabe recurso.

O MDB também pode acabar sendo alvo de uma nova decisão judicial, após ação movida pelo deputado Jarbas Filho contra a direção do partido, pela manobra que o retirou da liderança da bancada.

Com as decisões, a governadora Raquel Lyra fica perto de ter maioria na CPI. No momento, quatro oposicionistas e quatro governistas formam os titulares da Comissão. São eles:

  • Antonio Coelho (União Brasil) – vice-presidente
  • Waldemar Borges (MDB) – relator
  • Dani Portela (PSOL)
  • Rodrigo Farias (PSB)
  • Antônio Moraes (PP)
  • João Paulo (PT)
  • Nino de Enoque (PL)
  • Wanderson Florêncio (Solidariedade)

Em caso de manutenção das decisões que reverteram a situação de PSDB e PRD, e de uma eventual chegada de Débora Almeida e Joãozinho Tenório na CPI, a oposição garantiria, enfim, a maioria.

É esperado que o fôlego momentâneo funcione para uma rearrumação das articulações por parte dos governistas, que já aguardam retaliações por parte da oposição.

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