Ministério Público denuncia seis integrantes da organizada do Sport por “atos de terror”

21/02/25

Folhape

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Conforme denúncia, integrantes da Torcida Jovem foram responsáveis pela premeditação do confronto no bairro da Torre
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou seis integrantes da principal Torcida Organizada do Sport, pelas confusões realizadas nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR), no último 1º de fevereiro, antes da realização do Clássico das Multidões do Campeonato Pernambucano.

Seis integrantes da organizada foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, desobediência, dano ao patrimônio público, agressões físicas, emprego de artefato explosivo e rixa de grandes proporções. Todos já tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Denúncias
Conforme a promotoria, os integrantes da Torcida Organizada rubro-negra foram os responsáveis por provocar todo o acontecimento.

Ainda segundo a denúncia, feita na última terça-feira (18), dois deles arquitetaram o confronto, sendo fundamentais para a convocação e orientação dos demais componentes.

“Os atos configuram a prática de terrorismo, haja vista que os atos de violência cometidos por esses grupos não são o objetivo principal, mas apenas o meio que eles utilizam para disseminar o pânico, o medo, o terror não só entre eles, mas em toda pessoa que nutra simpatia por algumas das equipes de futebol do Estado e pense em utilizar no dia a dia qualquer simbolo de sua equipe”, iniciou

“Os atos de violência praticados, embora inicialmente pudessem ser vistos como vandalismo ou briga de torcida, agora devem ser analisados sob a ótica da sensação de insegurança generalizada que causam na população e que, na verdade, põem em xeque o próprio poder do Estado, na medida em que revelam sua incapacidade de garantir a ordem, a segurança pública e a paz social”, concluiu a promotoria.

Momentos de terror
Conforme a denúncia, integrantes da Torcida Organizada do Sport estacionaram um veículo nas proximidades da Ilha do Retiro, exatamente a 1,8 km do Bairro da Madalena, local onde foram realizadas algumas das cenas de violência. O automóvel tinha posição estratégica para suprir o poder ofensivo dos demais membros do grupo, com objetos e produtos.

Dentro do carro, foram encontrados explosivos caseiros, rojões grandes, soco inglês, barra de ferro, corrente metálica, dinheiro e substâncias entorpecentes.

“Arquivos de vídeos juntados pela Polícia Civil mostram que a Torcida Jovem do Leão avançava na contramão das vias em direção aos bairros da Madalena e da Torre, portando bombas caseiras, paus e pedras, causando desordem e temor nos populares, até que no bairro da Torre se depararam com a Torcida Explosão Coral, que estava sendo escoltada pela Polícia Militar em duas viaturas”

Mesmo percebendo a presença da polícia ou do maior número de indivíduos por parta da Inferno Coral, os membros da Torcida Jovem iniciaram o confronto. A princípio com a utilização de artefatos e seguindo para luta corporal.

“O confronto evoluiu para agressões físicas diretas, com os envolvidos partindo para as vias de fato e desferimento de golpes de paus. A brutalidade e a tática empregadas revelam uma ação coordenada e planejada, cujo objetivo era disseminar medo, configurando-se como um verdadeiro ato de terrorismo urbano”.

“Retaliando a atitude do grupo Torcida Jovem do Leão, a rival protagonizou outro episódio de extrema violência, perseguindo, inclusive com o uso de motocicletas, membros da Torcida Jovem do Leão que foram atropelados e brutalmente agredidos com chutes, socos, golpes com paus e barras de ferro”.

As Torcidas Organizadas citadas já foram extintas judicialmente no ano de 2020, contudo, não resultou no encerramento das atividades. Ambas organizações mudaram o CNPJ e a Razão Social e continuaram com as mesmas práticas anteriores. 

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