20/07/24
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“Uma Vida de Acordeon – 60 Anos de Carreira de Terezinha do Acordeon” teve abertura dia 19
Com curadoria de Natalia Reis e Bruno Albertim, “Uma Vida de Acordeon – 60 Anos de Carreira de Terezinha do Acordeon” estreou nesta sexta (19), na Casa Estação da Luz, em Olinda, com entrada gratuita.
Nesta abertura, Terezinha realizou um show especial, com diversas participações: Beto Hortis, Marcelo Rossiter e Genaro Almeida, Irah Caldeira, Cezzinha, Larissa Lisboa, Juba e Mestre Gennaro.
Terezinha do Acordeon
A exposição apresentou a trajetória artística de Terezinha Bezerra Chaves, nascida em 1950, em Salgueiro, e que se tornou um dos nomes mais proeminentes quando se trata de mulheres sanfoneiras.
O instrumento é sua paixão desde a infância. Em meio a um lugar, época e contexto onde reinava o patriarcalismo, aos 12 anos de idade, Terezinha tinha uma banda de forró de pé de serra com dois de seus irmãos.
A exposição
“Essa, para mim, é uma exposição muito sentimental, eu a conheço há mais de vinte anos, uma mulher forte, tendo a coragem de tocar sanfona”, diz Natália Reis, sócia-gestora da Casa Estação da Luz, uma das criadoras da Caminhada do Forró do Recife, idealizadora e, em parceria com Bruno Albertim, curadora da exposição Terezinha – Uma Vida de Acordeon.
“Temos tido exposições de novos grandes artistas nas nossas galerias. Essa é, depois da grande exposição permanente que mantemos sobre a obra de Alceu Valença, que é patrono da casa, nossa segunda exposição temática sobre uma personalidade do universo da música”, conclui Natália.
Além de imagens raras da carreira e depoimentos de artistas da cena pernambucana de várias gerações, o público poderá entrar em contato com o universo poético de Terezinha do Acordeon através de letras, canções, instrumentos preciosos, prêmios e peças de figurino que sintetizam sua trajetória.
“A convite de Natália Reis, Terezinha do Acordeon passou a comandar, na Caminhada do Forró do Recife, uma tropa anual de cem sanfoneiros pelas ruas do Recife. Parece algo prosaico, mais não é”, comenta o co-curador Bruno Albertim.
“Embora profundamente lúdico e ligado à cultura de Pernambuco, o forró, como reflexo da sociedade em que se desenvolve, é também molhado de tabus do patriarcado. Com um talento e carisma únicos, Terezinha quebra essas barreiras e faz, de fato, da sanfona um instrumento mulher”, explica.
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