06/05/23
Redação Terra
blogfolhadosertao.com.br
1- Ex-militar preso pela PF é dado como morto no cadastro do Exército; esposa recebe pensão
2 – Ailton Barros foi preso pela Polícia Federal por envolvimento em possível fraude nos registros de vacinação de Jair Bolsonaro
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A esposa do advogado e ex-major Ailton Barros recebe uma pensão militar de R$ 22,8 mil. Ele, que foi preso nesta semana por envolvimento em um suposto esquema de fraude em registros de vacinação contra covid-19, foi expulso do exército em 2006. A pensão começou a ser paga em outubro de 2008.
Os dados são do Portal da Transparência, consultados pelo Terra. Os documentos apontam que Marinalva Barros recebe R$ 22.841,28 bruto por mês. O valor líquido é de R$ 14.945,32. De acordo com o registro, toda pensão é direcionada a ela.
Ailton foi dado como ‘morto’ pelo Exército, segundo informações da Globonews. Nos registros abertos sobre a pensão, Marinalva aparece como ‘viúva’. Ailton Barros foi expulso do exército em 2006, depois de ter sido preso sete vezes, desde 1997.
Quem é Ailton Barros
Advogado e militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros foi um dos presos preventivamente na Operação Venire da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de fraudes em dados de vacinação da covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Os investigadores suspeitam que ele foi quem conseguiu lançar os dados falsos na plataforma para beneficiar a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.
Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, Ailton foi para o Rio de Janeiro ainda na infância. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ailton tem 61 anos, é major reformado e detém um patrimônio declarado de R$ 388 mil. Nas redes sociais, ele se intitula como Oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e paraquedista militar e civil.
A primeira tentativa de Barros de entrar na política foi em 2006, quando disputou uma cadeira de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PFL. Em 2020, ele concorreu a uma vaga de vereador na cidade fluminense pelo PRTB, mas também não foi eleito. Em 2022, quando foi candidato a deputado estadual pelo PL, não foi eleito novamente e acabou ficando como suplente. Na eleição do ano passado, inclusive, ele se apresentava como o “01 de Bolsonaro”.