Pernambuco integra projeto global que rastreia as emissões de gases de efeito estufa

05/11/22
Por Sofia Montenegro
blogfolhadosertao.com.br

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE) passou a integrar o projeto States and Regions Remote Sensing (STARRS). A iniciativa é fruto de uma parceria com o Climate Group, que é a organização responsável por gerenciar a Under2 Coalition e o Climate Trace, duas redes globais que trabalham no rastreio das emissões de gases de efeito estufa, visando zerá-las até 2050.

O STARRS tem como objetivo principal fornecer aos estados e regiões dados atualizados acerca das emissões de gases de efeito estufa, verificando especialmente aquelas que são difíceis de rastrear. Por isso, serão utilizados mais de 300 satélites para estimar as emissões em mais de 25 fontes, ordenadas em 8 setores: Energia, Transportes, Indústria, Indústria Mineral, Óleo e Gás, Agricultura, Floresta e Resíduos.

O grande diferencial do STARRS, portanto, é a inovação nos métodos que estimam as emissões e remoções de CO2. Além do fornecimento dos dados de maneira inovadora, o projeto também contempla a realização de webinars para debates entre os estados sobre as metodologias empregadas, análise dos dados obtidos, alternativas para a  descarbonização e soluções adequadas para as particularidades de cada estado ou região.

Desta forma, as informações quantitativas das emissões podem colaborar na compreensão de como os estados estão contribuindo com as mudanças do clima e auxiliar na tomada de decisão acerca da política ambiental, investimentos nos setores, planejamento e gestão consistente de redução de emissões dos gases e adoção de estratégias para evitar o aquecimento da temperatura na Terra e os efeitos climáticos extremos. O projeto, do qual Pernambuco agora faz parte, também tem como estados-membros Abruzzo, na Itália; País Basco, na Espanha; Jalisco e Querétaro, no México; e Cabo Ocidental, na África do Sul.

Para Pernambuco, fazer parte do STARRS significa sanar dificuldades encontradas ainda na elaboração do inventário de GEE, como por exemplo, não foi possível, ainda, rastrearmos as emissões de fertilizantes sintéticos em Pernambuco com práticas comuns. “A metodologia do STARRS, por sua vez, irá estimar esse tipo de emissão utilizando técnicas de inteligência artificial, aprendizado de máquina e dados de uma ampla gama de tecnologias de sensoriamento remoto. Também serão incluídas pelo projeto as estimativas de emissões de grandes embarcações e refino de petróleo através de satélites de alta precisão e acompanhamento em tempo real”, explicou a Superintendente de Sustentabilidade e Clima da Semas-PE, Samanta Della Bella.

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