TV Cultura repudia ataques à jornalista Vera Magalhães

15/09/22

 

Jornalista foi atacada por bolsonarista radical logo depois do debate dos candidatos ao governo de São Paulo

REPRODUÇÃO FACEBOOK
A jornalista Vera Magalhães foi atacada novamente em debate, deputado estadual ligado a Bolsonaro foi o responsável – FOTO: REPRODUÇÃO FACEBOOK

Em editorial a TV Cultura, lido no Jornal da Cultura pela apresentadora Karyn Bravo, a fundação repudia os ataques do deputado Douglas Garcia (Republicanos) à jornalista Vera Magalhães, ocorridos após o debate entre candidatos ao Governo do Estado de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (14/9), no Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina.

Veja os termos abaixo

O debate entre candidatos a governador de São Paulo, ontem (13/9), foi um espetáculo democrático, marcado pelo bom comportamento dos políticos, intensa troca de ideias e contraste de programas. Está de parabéns a política paulista.

É triste, no entanto, que tenhamos testemunhado mais uma agressão à liberdade de imprensa representada pelo ataque covarde de um deputado estadual bolsonarista à jornalista Vera Magalhães.

Convidado do candidato Tarcísio de Freitas, o político Douglas Garcia se aproximou agressivamente da jornalista que trabalhava no debate e repetiu literalmente as palavras do presidente Jair Bolsonaro em sua reação desmesurada no debate presidencial, duas semanas atrás.

É por demais extensa a lista de ataques às liberdades democráticas pelo presidente da República e seus apoiadores, muito especialmente na forma de violência contra mulheres jornalistas. E um levantamento recente mostra que a mais atacada é exatamente a apresentadora do Roda Viva.

Essa perversão vai muito além da covardia e terá que ser julgada e punida pela Justiça. Políticos pagos com dinheiro público não podem se beneficiar de seu cargo para atacar jornalistas e a imprensa, como fazem Bolsonaro, o deputado Douglas Garcia e tantos outros.

A TV Cultura se solidariza com Vera Magalhães e espera que o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa paulista puna o deputado, mostrando-se diferente da inércia dos órgãos de controle da Presidência da República, cooptados pela administração Bolsonaro.

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