María Corina agradece aos países que criticaram o regime de Maduro durante a cúpula do Mercosul

22/12/25  –   http://blogfolhdosertao.com.br    –        Estadão  Conteúdo

Texto foi divulgado no último sábado (20) e gerou um racha entre países; Brasil e Uruguai não assinaram o documento, que foi liderado pela Argentina

Vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, María Corina Machado agradeceu neste domingo, 21, aos governos de seis países que emitiram um comunicado oficial exigindo o restabelecimento da ordem democrática na Venezuela.

O texto foi divulgado no sábado, 20, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em Foz do Iguaçu (PR), e marcou um racha entre os países.

Liderado pelo governo da Argentina, o documento recebeu o aval de Paraguai, Bolívia, Panamá, Equador e Peru. Brasil e Uruguai não assinaram o documento.

“Em nome dos venezuelanos, agradecemos aos governos da Argentina Paraguai, Panamá, Bolívia, Equador e Peru por manifestarem com firmeza seu compromisso com a democracia e os direitos humanos em nosso país, e por exigirem o fim das detenções arbitrárias e a libertação dos quase mil presos políticos nas mãos do regime de Maduro”, escreveu a líder da oposição venezuelana em uma postagem no X.

“Sabemos que a América Latina acompanha a luta justa, legítima e irreversível pela democracia e pela liberdade da Venezuela”, acrescentou.

O que diz o comunicado sobre a Venezuela

As autoridades signatárias adotaram um tom duro em relação ao regime de Caracas. O grupo instou as autoridades venezuelanas a:

Cumprir as normas internacionais de direitos humanos;

Libertar imediatamente cidadãos arbitrariamente privados de liberdade;

Garantir o devido processo legal e a integridade física dos opositores.

O comunicado paralelo evidencia a falta de consenso dentro do bloco. O documento oficial conjunto da cúpula do Mercosul não fez qualquer menção à Venezuela, que está suspensa da união aduaneira desde 2016.

Embate entre Lula e Milei

A cúpula do Mercosul foi marcada por um incisivo embate entre o presidente Luiz Inácio lula da Silva e Javier Milei, presidente da Argentina.

Enquanto o líder brasileiro alertou para os riscos de uma intervenção externa na região, o argentino endossou a pressão militar dos Estados Unidos contra o governo do ditador Nicolás Maduro.

Milei saudou a política de “pressão máxima” exercida pelo governo de Donald Trump sobre a Venezuela. O presidente argentino classificou Maduro como um “narcoterrorista” e líder do suposto “Cartel de los Soles”, afirmando que a ditadura venezuelana “lança uma sombra escura sobre a nossa região”.

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