06/12/25 – http://blogfolhadosertao.com.br – Imprensa PE

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A escolha por Flávio mantém o capital político na família Bolsonaro e aprofunda a fragmentação da direita, ampliando o conforto estratégico de Lula.
Qualquer semelhança não é mera coincidência. Flávio Bolsonaro (PL) em 2026 é o Fernando Haddad (PT) de 2018. Naquela eleição, Lula (PT) estava preso e tomou uma decisão: não iria emprestar seu capital político para nenhum outro candidato da esquerda. Porque sabia que esse capital nunca seria devolvido para ele.
Bolsonaro, também preso, fez exatamente o mesmo raciocínio, porque sabe que se entregar o capital político a Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou qualquer outro candidato de centro-direita sem vínculo afetivo com ele, nunca mais terá seus votos de volta. Por isso, apontou para Flávio.
A consequência geral será de uma vantagem para Lula em 2026 ou, se o lulismo estiver exaurido, a abertura do espaço para um outsider completo na próxima eleição. Alguém que hoje ainda nem dá para imaginar.
Quem investe no país fez essa conta imediatamente. A confirmação de que Flávio Bolsonaro será o candidato do bolsonarismo à presidência desencadeou efeitos imediatos no humor econômico. A queda da bolsa e a disparada do dólar mostram que o mercado enxerga risco na decisão e interpreta o movimento como um recuo estratégico do campo da direita.
A reação financeira funciona como sintoma de incerteza institucional e de preocupação com o enfraquecimento das alternativas competitivas ao governo Lula.
O ponto central é a lógica que orienta Jair Bolsonaro. Fora da disputa e limitado por rejeição crescente, o ex-presidente precisa preservar a própria marca e manter influência sobre a base. Isso o impede de transferir seu capital político a outro nome que possa substituí-lo. Ao escolher Flávio, Bolsonaro reafirma que o prestígio do clã permanece dentro da família. O gesto não é para vencer a eleição, mas para evitar que surja outro polo de liderança à direita.
A consequência direta desse movimento é a neutralização de Tarcísio de Freitas. Um candidato competitivo da centro-direita dependeria do apoio do bolsonarismo para entrar no pleito com força real.
Sem esse apoio, Tarcísio reduz riscos e opta por buscar a reeleição em São Paulo. A ausência dele retira do cenário o nome mais palatável para eleitores moderados e para o próprio mercado, que enxergava no governador uma alternativa viável à polarização.
A candidatura de Flávio carrega a rejeição acumulada pelo bolsonarismo. Mesmo sendo o mais equilibrado dos filhos, ele não supera o desgaste político da família.
Isso reduz seu potencial de competitividade no segundo turno e limita sua capacidade de ampliar votos para além da base tradicional. Flávio mantém o patrimônio que o pai alcançou, mas não tem capacidade de ampliá-lo.
O centro político, por sua vez, tende a assumir uma posição de neutralidade. Sem um nome que unifique diferentes correntes e sem perspectiva de competitividade, lideranças desse campo vão avaliar que a melhor estratégia é aguardar o movimento das placas tectônicas da disputa. É esperar para ver o que acontece na eleição e tentar se aliar ao candidato que for vencer.
Essa postura apenas reforça o favoritismo de Lula ao diminuir o campo de alternativas e ao ampliar o isolamento do bolsonarismo em uma bolha.
Bolsonaro privilegia a sobrevivência do próprio projeto e, estando preso, condenado a mais de 27 anos de cadeia, sobreviver é a palavra de ordem máxima.
A permanência de Lula no comando do país mantém viva a dicotomia entre lulismo e bolsonarismo. Essa polarização é o combustível que sustenta a marca política construída pelo ex-presidente. Se um candidato moderado de direita vencesse a eleição, a relevância do clã diminuiria.
As projeções para 2026 indicam que Flávio até tem chances reais de chegar ao segundo turno, mas enfrenta grandes obstáculos para vencer devido à rejeição. Lula entra na disputa fortalecido pelo enfraquecimento de nomes alternativos e pela fragmentação da direita.
A decisão de Bolsonaro acentua a divisão interna da direita e limita a renovação de lideranças. Ao restringir o apoio ao próprio círculo, o ex-presidente compromete a competitividade de seu campo e reforça a lógica de sobrevivência personalista.
A oposição ao PT, principalmente ao centro, pode estar perdendo uma chance que não surgirá outra vez em muitos anos.
06/12/25 – http://blogfolhadosertao.com.br — Diário de Pernambuco
A autorização para a realização da seleção pública foi publicada no Diario Oficial desta sexta-feira (5), atendendo solicitação da Secretaria de Saúde

O serviço foi anunciado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) (Foto: Arquivo)
O governo do estado de Pernambuco autorizou a abertura de Seleção Pública Simplificada para a contratação de 133 profissionais para a prestação de serviços na Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Os contratos temporários serão válidos pelo prazo de até 24 (vinte e quatro) meses, prorrogáveis por iguais períodos, até o limite máximo de 6 (seis) anos, conforme interesse e necessidade da Secretaria de Saúde.
Os critérios para a contratação temporária da Seleção Simplificada serão anunciados em breve, assim como datas e outras informações, a partir da publicação do edital.
A autorização para a realização da seleção pública foi publicada no Diario Oficial desta sexta-feira (5), atendendo solicitação da Secretaria de Saúde e deferida pela Câmara de Política Pessoal do governo do Estado.
Desde o início das celebrações, em novembro, faixas, cartazes e bandeiras espalhados pelas ladeiras, casas e pontos comerciais exibem imagens dos que estão dispostos a serem testados nas urnas.
Mas o maior teste de popularidade será entre os prováveis postulantes ao governo do estado: o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra.
Antes de assumir o Executivo estadual, Raquel Lyra era quase uma forasteira no mais sagrado morro da capital. Ter Priscila Krause como vice, ex-vereadora e filha do ex-prefeito do Recife Gustavo Krause, ajudou a abrir caminhos
Mas foi a tragédia do ano passado que aproximou a governadora da comunidade. O governo recuperou o telhado do santuário, que desabou em agosto e matou duas pessoas. Investiu R$ 5 milhões e criou laços com o Morro.
O Morro é berço de João Campos. Vem das raízes e ele busca perpetuar. Só este ano esteve por lá umas cinco vezes. Participou da reabertura do santuário, em maio; em julho voltou para o concerto que celebrou os 95 anos da Banda Sinfônica do Recife; entregou, em setembro, a imagem da santa restaurada. Custou R$ 1,5 milhão.
A um ano da eleição, subiu o Morro. Agradeceu e pediu proteção. A última visita foi no dia 28, quando instalou no pátio do Morro, o busto do padre Reginaldo Veloso.
Vantagem do PP
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) afirmou ontem que Pernambuco está entre os nove estados onde o comando da União Progressista fica nas mãos do PP. E ele vai presidir a federação. Um conselho político – com cinco representantes do PP e dois do União – irá definir o palanque ao governo.
PT rumo a 2026
O Partido dos Trabalhadores de Pernambuco começa a discutir as eleições de 2026. O presidente, deputado federal Carlos Veras, comanda a reunião no domingo (7), a partir das 9h, na sede da Fetape, no Recife. Haverá análise da conjuntura nacional e estadual.
Força do povo
Presidente do Comagsul, que reúne 23 prefeituras do Agreste e da Zona da Mata, o prefeito de Agrestina, Josué Mendes (PSB), disse que não basta ter maioria de prefeitos quando o povo quer mudanças. “Às vezes o candidato pensa no prefeito e esquece a vontade do povo.”
Futuro da folia
Um encontro para discutir o futuro da festa mais tradicional de Olinda. A ideia da vereadora Eugênia Lima (PT) é abrir espaço para apresentar sugestões no seminário “Cabe Todo Mundo no Carnaval”. Neste sábado (6), das 8h às 12h, no auditório da prefeitura.