07/08/25
Ricardo Barreto
http://blogfolhadosertao.com.br

A governadora Raquel Lyra (foto- PSD) retornou de Brasília confiante de que, finalmente, a exportação de manga produzida no Vale do São Francisco entrou no radar do Ministério da Fazenda. As frutas produzidas no Vale do São Francisco devem entrar nas negociações dos produtos brasileiros comprados pelos Estados Unidos, que possam ser beneficiadas com taxa de 10%. Outro produto que é prioridade para a economia pernambucana é o açúcar. Conforme o tarifaço que entrou em vigor nesta quarta-feira (6), a taxa de importação ficou em 50%.
A manga à qual Raquel Lyra se refere é a tipo tommy, que tem os Estados Unidos como único destino no exterior. Os produtores calculam que o prejuízo pode chegar a US$ 48 milhões. A colheita já iniciou, há 2.500 contêineres contratados, navios e fornecimento garantido para o comércio norte-americano.
“A gente teve uma reunião com os governadores do Nordeste junto com o presidente Lula o vice Geraldo Alckmin e, em seguida, tive uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nesta reunião pude focar especificamente na questão do açúcar e da manga, que já começa a colheita agora e que precisa de uma janela de oportunidade para exportação para os Estados Unidos“, contou Raquel.
De acordo com a governadora, está se concretizando o desenho de uma política pública, para o caso de impedimento da escoamento desses produtos para os Estados Unidos. Raquel disse que o objetivo é garantir suporte para parte dos custos, visando os empregos em Pernambuco, sobretudo dos trabalhadores da agricultura e dos pequenos e médios negócios.
“Isso está sendo desenhando em conjunto pelo Governo de Pernambuco e pelo Ministério da Fazenda. Não está concreto, portanto não posso adiantar. Mas o fato que está feito é o diálogo. Tem muita gente trabalhando para que a logística possa ser feita e a manga e o açúcar possam ser levados daqui para os Estados Unidos”, assinalou a governadora.
Raquel Lyra disse que todos continuaram trabalhando para garantir abertura de novos mercados, pois a produção não atende apenas ao mercado Nacional. Ela destacou que há muito tempo se exporta para Europa e lembrou que, recentemente a China passou a importar uvas pernambucanas.
“A gente vai pontuando com o sindicatos representantes dos empresários e também com a classe trabalhadora, tendo a certeza de que o socorro necessário acontecerá, se for preciso“, enfatizou Raquel.