19/08/25
Por Thiago Bona
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Ato de lançamento da pré-campanha de Zema à Presidência foi embalado pelo hit ‘Que País É Esse?’, mas governador não pediu autorização para uso da canção
O filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, vai notificar extrajudicialmente o governador Romeu Zema (Novo) por usar, sem autorização, a música “Que País É Esse?” durante o lançamento da sua pré-campanha à Presidência no último sábado (16/8), em São Paulo. Manfredini é o responsável pela marca Legião Urbana.
A entrada do mineiro na cerimônia, passando em meio a militantes que agitavam bandeiras em cores verde e amarelo com o nome do governador ou do partido, foi embalada pelo tradicional riff e pela voz de Renato Russo cantando “Nas favelas, no Senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a Constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação”.
À legenda, foi pedido que se abstenha de usar a música em postagens futuras, independente da plataforma.
A música “Que País É Esse” foi lançada em 1987 no terceiro álbum de estúdio da banda brasiliense e chegou a vender mais de um milhão de cópias.
Zema lançou sua pré-candidatura à Presidência?
O Partido Novo lançou no último sábado (16/8) o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, como pré-candidato à Presidência da República, em evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo.
A cerimônia foi marcada pelo “reposicionamento estratégico”, segundo o secretário de Comunicação de Minas, Bernardo Santos, ao decidir abrir mão do laranja, cor da legenda, e adotar o verde e amarelo associado, nos últimos anos, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Zema aproveitou o discurso para criticar o Partido dos Trabalhadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele afirmou que busca ser eleito para “varrer o PT do mapa” e para “acabar com os abusos e perseguições de Alexandre de Moraes”.
A tentativa de se apresentar como uma opção no campo da direita, assim como os outros governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), foi vista como “oportunista” por membros da família Bolsonaro, que exigem que a pauta seja a autorização para que Jair Bolsonaro concorra.
O ex-presidente foi condenado a inelegibilidade por oito anos por usar prédios públicos e emissora de televisão estatal para fazer campanha eleitoral durante o pleito de 20222.