Produto enfrenta dois grandes gargalos, embora venha se consolidado com matéria-prima para o agronegócio brasileiro
Há dois gargalos pressionando o setor, um é o logístico. O frete rodoviário até o Recife custa cerca de R$ 165 por tonelada — valor que poderia cair para até R$ 40 com a entrada em operação da Ferrovia Transnordestina. A diferença impacta diretamente a competitividade do gesso pernambucano frente a produtos importados, inclusive espanhóis, que chegam ao mercado brasileiro a preços mais atrativos. Além disso, o alto custo logístico dificulta a exportação para mercados como Paraguai, Chile e Colômbia.
Distante 680 km do Recife, o polo enfrenta décadas de isolamento e apelos por infraestrutura. Ainda assim, vem se posicionando em novos mercados, como o do gesso agrícola. Segundo Alexandro Grande, secretário de Desenvolvimento Econômico de Araripina, o insumo tem sido cada vez mais procurado por produtores de soja por sua capacidade de correção do solo. Estima-se que 1,2 milhão de toneladas de gesso agrícola sejam vendidas por ano, isso já equivale a 30% da produção mineral da região.
Outro entrave é o acesso à energia. Com a escassez de lenha, as empresas precisam buscar matéria-prima a até 600 km de distância. A alternativa que se impõe é o gás natural, cuja chegada ao Araripe tem sido defendida há décadas, mas só agora, com o governo Raquel Lyra, se aproxima da realidade. No entanto, a anunciada planta de regaseificação ainda não se concretizou, embora o estado tenha avançado noutras frentes, com a alíquota zero de ICMS sobre o gás fornecido pela Copergás e criação de linha de crédito da AGE para conversão dos fornos.
Até o momento, há apenas 16 empresas interessadas em tomar esse tipo de empréstimo na AGE, com pré-contratos aguardando a entrada em vigor do fundo garantidor. Ainda é pouco. Tantos anos de espera deixaram larga desconfiança no Araripe. A região tem potencial, mas precisa de respostas mais rápidas e estruturais para não perder o lugar que conquistou na economia nacional.
O Porto de Suape registrou aumento de 7,1% na operação de contêineres nos sete primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. A alta se deve ao incremento proporcionado pelas operações de longo curso entre complexos portuários asiáticos e o Nordeste brasileiro. Nesse período, foram contabilizados 390.975 TEUs (unidade equivalente a 20 pés). Em 2024, o Tecon Suape registrou aumento de 22,7% na movimentação, mantendo o porto na liderança nacional neste tipo de carga.
Novo hub no Ceará
O Grupo Dislub Equador firmou parceria estratégica com a PetroRecôncavo para operações no novo Terminal de Combustíveis em construção no Complexo do Pecém (CE). Pelo acordo, a PetroRecôncavo contará com estrutura dedicada de tancagem de 40 mil m³ para armazenagem e escoamento de petróleo, conectada ao terminal por meio de operações rodoviárias e sistemas modernos de medição.
Jerimoon no Guararapes
O Shopping Guararapes acaba de ganhar um reforço no segmento infantil com a abertura da nova loja Jerimoon.
Roadshow
Após impactar cerca de 130 profissionais do trade turístico nas primeiras etapas em Porto Alegre e Caxias do Sul (RS), o roadshow “Recife é para ficar 2025” se prepara para sua próxima parada: Vitória (ES), no dia 16 de setembro