13/08/25
Patrícia Raposo
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O projeto, que tem origem na década de 1990, teve os estudos interrompidos em 1992 por falta de recursos. Mas Sudene e UFPE se unem para retoma-los
Este será o tema central dos debates do seminário Conexões Transnordestina A Ferrovia que Mudará Pernambuco, que o Movimento Econômico realiza nesta quarta-feira (13) no auditório da CDL Petrolina, das 9h às 13h, dentro da programação itinerante que estreou em Salgueiro no fim de julho, ocasião em que a retomada dos estados foi anunciada.
O evento vai reunir autoridades, acadêmicos, técnicos e representantes do setor produtivo para debater traçado, impactos econômicos e detalhes da obra. A construção do ramal é estratégica para facilitar o escoamento da produção agrícola irrigada do Vale, ampliando o acesso a portos como Suape (PE) e Pecém (CE), além de integrar a hidrovia do Rio São Francisco à malha ferroviária nacional.
O projeto tem origem em estudos iniciados na década de 1990, interrompidos em 1992 por falta de recursos. A retomada agora considera as transformações urbanas e econômicas ocorridas nos últimos 30 anos. Com investimento estimado em R$ 3,5 bilhões e conclusão prevista para 2029, o novo ramal da Transnordestina que corta Pernambuco está sob responsabilidade da Infra S.A., que já avança nos projetos básicos, licenciamentos e estudos técnicos. A proposta é transformar Pernambuco em um eixo logístico para o escoamento de produção agroindustrial, mineral e energética, fortalecendo cadeias como fruticultura, gesso, avicultura, mineração e combustíveis.
O Conexões Transnordestina prevê sete edições em cidades estratégicas ao longo da ferrovia. Além de Salgueiro e Petrolina, o evento passará por Araripina ´já no próximo dia 15 de agosto, Belo Jardim, Caruaru, São Bento do Una e Recife, sempre com foco nas oportunidades para arranjos produtivos locais e na integração entre empresários, gestores públicos, operadores logísticos e pesquisadores.