27/08/25
Imprensa PMO
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A Semana da Pessoa com Deficiência teve início com um evento realizado na Escola José Coriolano Sobrinho, na manhã desta segunda-feira (25). A cerimônia contou com a participação das escolas municipais Maria Gorete Modesto Soares e Minervino Damasceno Coelho, além da escola anfitriã. As ações da semana foram organizadas pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da coordenação de Educação Inclusiva, em parceria com a Associação da Pessoa com Deficiência.
O momento foi marcado pela celebração da trajetória da educação inclusiva nas escolas, com conquistas garantidas por leis e decretos, a partir da Constituição de 1988.
Outro importante exemplo é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), que em seu Art. 27º determina: “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação”.
Para exaltação desse direito, o público assistiu a algumas apresentações simbólicas. A realização se deu por uma colaboração de algumas escolas municipais da cidade. Na ocasião, alunos com diferentes tipos de deficiência se expressaram artisticamente para a comunidade local. Entre as apresentações, destacou-se o coral de pessoas surdas de Ouricuri, que atualmente celebra 16 anos de existência.
O prefeito Victor Coelho abriu a Semana da Pessoa com Deficiência, destacando a importância da inclusão em Ouricuri. “Estamos comprometidos em garantir direitos, visibilidade e acessibilidade às pessoas com deficiência, para que todos possam participar plenamente da vida da cidade.”

Everilde Nunes, responsável pelo coral desde 2009, reflete sobre a importância do projeto para a inclusão na cidade. “Aqui na nossa cidade, antes deles estudarem, eles eram invisíveis. (…) Depois do coral, quando começaram a se tornar visíveis, começaram a mostrar para a sociedade que ‘o não ouvir e o não falar’ não representam eles. O que representa eles é a potencialidade e a comunicação deles”, assegura Nunes. A intérprete completa: “Quando a gestão torna (eles) visíveis, ela está se esforçando ao máximo para que a inclusão possa acontecer”.
Com tantos direitos e maior conscientização, Neilton Oliveira, de 14 anos, com autismo (TEA), confessa: “No começo, todo mundo era um pouco chato comigo, mas com o tempo as pessoas que eram ruins comigo começaram a virar meus amigos”. Desejando se formar em Letras no futuro, ele comenta sobre a inclusão proporcionada por esses eventos: “A importância desses eventos é a pessoa com deficiência se sentir incluída, pois quando estou nesses eventos eu não me sinto mais sozinho”.
A semana da pessoa com deficiência em Ouricuri seguirá com uma vasta programação em Ouricuri.


Fotos: Lilian Carvalho