Ministério Público  denuncia grupo acusado de aplicar golpes em idosos no Sertão de Pernambuco

30/03/25

Por Raphael Guerra

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Segundo investigação, criminosos abordavam vítimas na entrada de agências bancárias, em Cedro, Serrita e Parnamirim  oferecendo “ajuda” para saques, mas subtraíam senhas e cartões

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou à Justiça denúncia contra 11 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes em idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade em municípios do interior.

Segundo a investigação, o grupo atuava principalmente na porta de agências bancárias de pequeno porte, onde abordava as vítimas, oferecendo “ajuda” para realização de saques e outras operações financeiras. Com o uso de artifícios fraudulentos, os criminosos subtraíam cartões e senhas dessas pessoas, efetuando transações indevidas, saques e empréstimos em nome delas.

Para a Promotoria de Justiça de Serrita, responsável pela denúncia, o grupo era “estruturado, estável e com divisão de tarefas”. Havia integrantes que faziam as abordagens, enquanto outros eram encarregados da parte técnica e logística.

A investigação indicou que os criminosos agiram entre março de 2023 e fevereiro de 2025, nos municípios de Cedro, Serrita e Parnamirim, todos no Sertão de Pernambuco, além de Juazeiro do Norte, no Ceará, onde era a base operacional.

Os nomes dos acusados não foram revelados pelo MPPE. Foram atribuídos aos denunciados os crimes de organização criminosa, estelionato majorado contra idosos e furto qualificado mediante fraude eletrônica.

“A atuação sistemática do grupo contribuiu para um cenário de medo, retração social e desconfiança generalizada, especialmente entre os mais idosos”, pontuou o MPPE.

PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO

Além da condenação à prisão, o promotor Leon Klinsman Farias Ferreira requereu à Justiça que os acusados sejam obrigados ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, diante da repercussão social dos crimes e do abalo coletivo causado à população.

“A medida visa reparar o impacto à dignidade social e reforçar a necessidade de proteção integral às pessoas em situação de vulnerabilidade, reafirmando o papel do Estado no combate firme e efetivo às organizações criminosas”, disse o MPPE.

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