Comunidade de Grossos, em Verdejante, volta a contar com sua feira livre que a seca acabou

16/03/25

Ascom PMV

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Por Machado Freire

Este 16 de março de 2025  é uma data que está sendo bastante comemorada pela comunidade do  distrito de Grossos, no município de Verdejante, Sertão Central do Estado.

A  Prefeitura de Verdejante  divulgou que a comunidade  do distrito  de Grossos, passa   a partir de hoje(16)   a contar com a volta da  feira livre  que há muitos anos tinha  acabado, por diversos motivos, principalmente por causa da seca   que, inclusive, também  quase extinguiu o comércio livre  da sede do município, que acontece às segundas-feiras.

De acordo com nota da  Prefeitura,  “o  retorno da atividade –  um compromisso assumido pelo prefeito Xicão Tavares, é comemorado pelos moradores, que enxergam na iniciativa uma oportunidade de fortalecer a economia local e impulsionar pequenos produtores e comerciantes”.

A Prefeitura  assegura que  com um espaço renovado, a feira promete movimentar o distrito e oferecer mais oportunidades para feirantes e consumidores. “Desde a campanha, assumi o compromisso de devolver a feira ao povo de Grossos, porque sei da importância desse espaço para a economia local e para a vida das pessoas. Hoje, estamos cumprindo essa missão, trazendo de volta um ponto essencial de comércio e convivência para a comunidade”, afirmou Xicão Tavares.

História. A feira livre  do distrito de Grossos existia há mais de 40 anos, quando  Verdejante – emancipado pelo ex-governador Miguel Arraes, em 1963, era um distrito do município de Salgueiro.

A fixação do dia da feira livre do hoje importante distrito de Verdejante, gerou uma disputa política  pelas lideranças  políticas de Salgueiro ligadas à UDN e ao PSD, porque um grupo defendia que a feira  fosse realizada no dia de domingo, enquanto o outro era contra.

Naquela época, o distrito de Grossos  ainda não contava com o asfalto  da BR 232   e o abastecimento  da comunidade era feito pela antiga  BR-25   por um caminhão misto, que transportava mercadorias e passageiros. Os mais velhos ainda lembram  do “misto de Bolinho”  e do caminhão de “Seu Benjamim”.

Dois cidadãos -nascidos e criados nos Grossos, que eram primos legítimos  defendiam os interesses  da comunidade. O funcionário  público da Secretaria da Fazenda, Antonio Pedro da Silva   foi vice prefeito, cargo que hoje pertence ao seu filho Rosivaldo Bezerra.    O tenente José Freire, que integrou o grupo dos  “Voluntários da Pátria, na Guerra do Paraguai,  era primo legítimo de Antonio Pedro e voltou 25 anos depois pra o seu “torrão natal”.

O tenente José Freire – que ainda não teve seu nome lembrado para dar nome a uma rua do distrito onde nasceu,  ao voltar  para os Grossos,  encontrou uma seca danada, nos idos de 1960. Ele implantou uma propriedade  rural na comunidade da Pitombeira, próximo ao sítio Mamoeiro, onde construiu um açude para abastecer a comunidade da região, gerando emprego e renda.

Visionário, o filho de  Cândido Freire e Ana de Gilo,  se transferiu posteriormente  para a Baixa da Palha -comunidade localizada a  menos de dez quilômetros dos Grossos.  Lá, o tenente que virou agricultor,  construiu  uma casa de farinha,   implantou  um poço artesiano  e estimulou a comunidade da região a plantar  milho, feijão, algodão  e mamona.  Para comprovar que “nesta ter em se plantando tudo dá”,  plantou até  Jaca e Caju.

 

 

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