“Ainda Estou Aqui” vence Oscar de Melhor Filme Internacional e garante primeira estatueta do Brasil

03/03/25

Daniel Medeiros

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Filme concorria contra “A Garota da Agulha”, “Flow”, “A Semente do Fruto Sagrado” e “Emilia Pérez”
“Ainda Estou Aqui” venceu o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional, neste domingo (2). Em um momento histórico para o cinema brasileiro, o longa-metragem de Walter Salles conquistou o primeiro Oscar do Brasil em quase 100 anos de premiação.

Na categoria, a obra concorria contra “A Garota da Agulha”, “Flow”, “A Semente do Fruto Sagrado” e “Emilia Pérez”. Esta última chegou a ser apontada como favorita, mas perdeu forças graças às polêmicas envolvendo a atriz Karla Sofía Gascón, sua protagonista.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” conta a história real de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Montenegro. No início da década de 1970, em plena ditadura militar, ela precisou assumir a liderança da sua família de cinco filhos e lidar com a dor do desaparecimento do marido.

Além do prêmio de Melhor Filme Internacional, o longa-metragem concorre em outras duas categorias. Fernanda Torres disputa a preferência dos votantes como Melhor Atriz e a obra ainda concorre como Melhor Filme.

O diretor Walter Salles subiu ao palco para agradecer o prêmio. Em seu discurso, o cineasta falou em nome do cinema brasileiro. “É uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário”, começou.

Walter dedicou a estatueta a Eunice Paiva. “Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir”, disse.

Antes do Oscar, “Ainda Estou Aqui” já vinha percorrendo um caminho de reconhecimento internacional. O filme estreou em setembro do ano passado, no Festival de Veneza, onde venceu a Osella de Ouro de Melhor Roteiro.

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