01/03/25
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Tudo começa na Travessa do Forte, às 9h, fazendo a concentração no Forte das Cinco Pontas para seguir pela Rua Imperial
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| Rafael Vieira/DP |
Tudo começa na Travessa do Forte, às 9h, fazendo a concentração no Forte das Cinco Pontas para seguir pela Rua Imperial
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| Rafael Vieira/DP |
01/03/25
Por Estadão Conteúdo
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A informação foi confirmada em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta sexta-feira, 28.
Segundo o comunicado, Lula se reuniu com Gleisi nesta sexta pela manhã e a convidou para o cargo.
“Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém-indicado para o Ministério da Saúde. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março”, disse a Secom.
A presidente do PT passou a se posicionar para assumir a articulação política do governo há poucos dias. A reportagem ouviu especulações sobre seu nome pela primeira vez na última sexta-feira, 21, mas ainda como uma possibilidade muito remota. O nome da presidente do PT cresceu nesta semana, mesmo Lula sendo desaconselhado de indicar a aliada para o cargo.
A entrada de Gleisi Hoffmann na SRI também era tratada com ceticismo em Brasília porque a presidente do PT demonstrou ter perfil combativo nos últimos anos, enquanto a área exigiria um perfil de negociação mais flexível.
Gleisi é presidente do PT desde 2017 e esteve à frente do partido em alguns de seus momentos mais críticos. A posição a fez ganhar fama de sectária.
Novo polo de poder
A ida de Gleisi Hoffmann para o Planalto também cria um novo polo de poder no Palácio do Planalto. Hoje, a principal força política no governo abaixo de Lula consiste nos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secom), ambos vindos da Bahia e aliados de longa data. Na avaliação de petistas, Gleisi tem tamanho suficiente para contrariá-los, se achar necessário.
Há uma avaliação de que a disciplina que exige um cargo no primeiro escalão do governo fariam as divergências entre Gleisi e o ministro da Fazenda diminuírem.
Um sinal nesse sentido foi dado pela própria petista no fim de semana, durante a festa de 45 anos da legenda. Ela deu os parabéns a Haddad por seu trabalho na área fiscal.
“O desequilíbrio orçamentário, estamos resolvendo. Colocando um compromisso com as contas públicas. Nós estamos promovendo uma dos maiores ajustes fiscais da história desse país”, disse ela em discurso.
Com Gleisi no governo, o PT precisará de um novo quadro para presidir o partido até junho, quando haverá eleições. O nome mais citado para esse mandato-tampão é do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Lula quer eleger Edinho Silva como presidente do partido no meio do ano.
O entorno do chefe do governo acredita que, com a ida de Gleisi para o coração do governo, a resistência de setores do PT ao nome de Edinho Silva para a direção do partido diminuirá.
O grupo político de Gleisi vinha fazendo movimentos para tentar emplacar outro presidente para a legenda, possivelmente Guimarães.
Carreira
Gleisi Helena Hoffmann tem 59 anos, é advogada, deputada federal e já ocupou diversos cargos na política. Foi senadora pelo Paraná de 2011 a 2018. Também foi ministra da Casa Civil de 2011 a 2014, durante o governo de Dilma Rousseff.
No Salão Oval, houve um momento extremamente tenso por vários minutos entre Zelensky, Trump e o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance

Volodimir Zelensky deixou a Casa Branca antes do previsto após um bate-boca inédito no Salão Oval com Donald Trump, que o repreendeu e o ameaçou, dizendo que os Estados Unidos virarão as costas para a Ucrânia se ele não fizer “concessões” à Rússia.
“[Zelensky] faltou com o respeito aos Estados Unidos em seu estimado Salão Oval. Pode voltar quando estiver preparado para a paz”, afirmou o presidente dos Estados Unidos em sua rede Truth Social.
A assinatura de um acordo sobre minerais, hidrocarbonetos e infraestrutura da Ucrânia – a justificativa para a viagem de Zelensky a Washington – foi cancelada, assim como a coletiva de imprensa conjunta que estava prevista.
No Salão Oval, houve um momento extremamente tenso por vários minutos entre Zelensky, Trump e o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance.
A discussão começou quando Vance disse ao presidente ucraniano que ele estava sendo “desrespeitoso” com os americanos.
Então, Trump interveio, repreendendo Zelensky por estar se colocando em uma “posição muito ruim” e dizendo que o presidente ucraniano “não tem as cartas” nas mãos.
Imediatamente, Trump o ameaçou: “Seu povo é muito valente, mas ou alcançam um acordo ou estamos fora”.
Trump afirmou que será “muito difícil” negociar com o líder ucraniano e se mostrou irritado: “Ele está brincando com a vida de milhões de pessoas. Está brincando com a Terceira Guerra Mundial”.
“Pergunte ao povo o que pensa sobre o cessar-fogo?”, disse Zelensky, interrompendo-o para tentar fazer um ponto. “Você já esteve na Ucrânia para ver os problemas que temos?”, perguntou a Vance, sem levantar a voz.
A visita começou tensa. “Você veio muito elegante hoje”, comentou o presidente dos Estados Unidos sobre Zelensky, vestido como de costume com um traje com toques militares, em vez de terno e gravata. Não se sabe se foi uma piada ou uma crítica velada.
Antes que a reunião se azedasse, o presidente ucraniano garantiu que Trump estava “do lado” da Ucrânia, e o republicano de 78 anos se felicitou por ter alcançado um acordo “muito justo” sobre o acesso aos recursos ucranianos.
No entanto, Zelensky também afirmou que não se deve fazer concessões ao presidente russo, Vladimir Putin, a quem chamou de “assassino”.
“Malucos russos”, disse, acusando-os de deportar crianças ucranianas e cometer crimes de guerra desde que invadiram seu país há três anos.
Trump afirmou ter conversado “muitas” vezes recentemente com o presidente russo, com quem estreitou relações após retornar ao poder em 20 de janeiro.
A Ucrânia e a Europa têm acompanhado com preocupação a aproximação entre Trump e Putin, que conversaram longamente no dia 12 de fevereiro e iniciaram negociações para pôr fim à guerra.
O presidente dos Estados Unidos repetiu que confia no presidente russo, apesar das repetidas advertências de Londres e Paris sobre a fragilidade de qualquer cessar-fogo que não fosse acompanhado de um mecanismo sólido de controle e segurança garantido pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira, Trump disse estar convencido de que Putin “cumprirá sua palavra” em caso de cessar-fogo.
Trump se recusa a considerar Moscou responsável pela guerra e fechou completamente a porta para uma possível adesão da Ucrânia à Otan.
O líder da minoria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, acusou Trump e Vance de fazerem o “trabalho sujo” de Putin.
O acalorado bate-boca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu par ucraniano, Volodimir Zelensky, nesta sexta-feira (28) na Casa Branca foi “histórico”, segundo a opinião de um alto funcionário russo.
“Histórico”, escreveu no X Kirill Dmitriev, gestor do Fundo Russo de Investimento Direto e um dos negociadores russos nas conversas entre Rússia e Estados Unidos realizadas em 18 de fevereiro na Arábia Saudita.
“Pela primeira vez, Trump disse a verdade na cara do palhaço viciado em cocaína”, declarou, por sua vez, o ex-presidente Dmitri Medvedev, atual número dois do Conselho de Segurança russo, referindo-se a Zelensky.
Trump e Zelensky se enfrentaram verbalmente no Salão Oval da Casa Branca em uma cena inédita, na qual o presidente americano exigiu que seu convidado fosse “grato”.
O magnata republicano também afirmou que o presidente ucraniano “não está preparado para a paz” e considerou que ele “faltou com o respeito” aos Estados Unidos.