18/02/25
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Por Machado Freire
O sapateiro lembrava as datas e fatos históricos mais importantes da política de Salgueiro nas conversas com os visitantes, familiares e amigos. Ele sempre foi lúcido, apesar da idade avançada.
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Bano era “uma lenda viva” de Salgueiro e nos deixou ontem à tarde.
Beto também informou que o sepultamento de seu pai será realizado no cemitério municipal de Salgueiro até o final da tarde de hoje, depois das providências de praxe, que estão sendo tomadas, como o preparo da documentação e a consequente autorização da Prefeitura.
Bano nasceu em Salgueiro, foi batizado e registrado com o nome de Urbano Amâncio Pereira, passando a ser chamado pelo apelido durante toda sua vida. Ele nasceu em 15 de maio de 1930, e completaria no mês de maio 95 anos de idade, sendo o sapateiro mais longevo do Sertão e provavelmente do do Estado.
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Sapateiro Bano comemora 93 anos lembrando fatos importantes ocorridos em Salgueiro
16/05/23
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Por Machado Freire
O sapateiro Urbano Amâncio Pereira – Bano, comemorou ontem (15 de maio de 2023) 93 anos de idade, em sua casa, na rua Inácio de Sá, no centro de Salgueiro.
Desta vez, a esposa e os filhos não organizaram uma festa, preferido fazer uma visita ao aniversariante que continua se recuperando de problemas de saúde. Ele gosta de se manter informado assistindo TV ao lado da estimada e ciumenta cachorinha Sacha, o xodó da casa.
O incansável trabalhador que se aposentou de verdade depois dos 80 anos, gosta de conversar e rememorar os fatos mais importantes da cidade quase bicentenária, Encruzilhada do Nordeste, como a inauguração da energia elétrica, nos idos de 1964, em plena crise política que originou a ditadura militar.
Ora, o pai de Bano foi o funcionário de confiança do empresário Veremundo Soares encarregado de ligar o maquinário que gerava a energia elétrica da cidade. “Eu soube que houve um desentendimento político na hora da inauguração da energia de Paulo Afonso”, disse Bano sem apresentar detalhes do entrevero que envolveu o ex-governador governador Paulo Guerra e o prefeito Severino Alves de Sá. A partir daquele momento, a administração municipal ficou isolada do governo do Estado.
Mesmo sem festa de aniversário e com saudade de uma cervejinha, que não pode beber por causa dos remédios que precisa tomar para controlar os problemas de saúde, Bano se mostrou muito satisfeito por ter votado no presidente Luis Inácio Lula da Silva, nas eleições do ano passado. “Eu votei em Lula e votava de novo”, disse o longevo sapateiro com satisfação de quem não entendia porque os brasileiros caíram “no conto do vigário”, ao eleger Jair Bolsonaro para presidente da república.
Trabalhador por excelência, Bano faz questão de lembrar o seu relacionamento com velhos amigos e profissionais sque trabalharam com ele nos bons tempos da Salgueiro que produzia calçados, couro, bolacha, beneficiava óleo e sabão vegetais no Cortume Nossa Senhora de Fátima e na empresa do coronel Veremundo Soares.
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Um resumo da longa história de Bano









