Governadora de Pernambuco e a tomada de decisões no meio do furacão

Sem data para repassar o restante das emendas, embora o grupo de trabalho esteja atuando para encontrar uma solução definitiva.

O que sobrou para o Governo do Estado nos últimos dias envolve críticas e ataques, especialmente após as cenas de selvageria entre facções no dia do clássico entre Santa Cruz e Sport, no último sábado.

Um pouco disso tudo fez a governadora relutar sobre ir ou não à abertura dos trabalhos legislativos ontem. Chegou à Casa de Joaquim Nabuco com os fiéis escudeiros António Moraes e o secretário Túlio Vilaça.

A governadora prestou contas, agradeceu. Destacou o apoio do Legislativo. Em 13 minutos, falou sobre quase tudo. Saiu da Alepe pro Palácio.

Em seguida, indicou a deputada Socorro Pimentel (União Brasil) como líder do Governo, substituindo Izaias Régis. Precisa de voz forte na Casa.

Np 2º mandato, a sertaneja de Araripina fez no ano passado cerca de 30 discursos em defesa do Governo. A escolha também sinaliza a disposição da governadora de aproximar-se do UB, ainda que a deputada esteja rompida com os Coelho de Petrolina.

Oposição ignorada

Na abertura da 19ª legislatura na Câmara do Recife, o prefeito João Campos não deu trela à oposição e mudou o rito. Falou antes dos lideres e conversou com a imprensa na hora do discurso do vereador Felipe Alecrim. Não poupou críticas ao Governo e disse que o Estado falhou ao não evitar as cenas de selvageria antes do clássico.

O deputado Jarbas Filho (MDB) criticou a suspensão de público nos próximos cinco jogos do Santa e do Sport foi. Para ele, a decisão de Governo, MPPE e Judiciário foi esdrúxula. “Quem está sendo combatido é o verdadeiro torcedor.”

Velhas emendas

A governadora garantiu pagar as emendas parlamentares, mas não anunciou data, como os deputados queriam. “O que a gente espera não é só que seja reempenhada e entre no orçamento. O que a gente espera é uma data para que seja paga, para que já fique liquidado o ano de 2024”, argumentou o presidente da Alepe, Álvaro Porto.

Governista
Se depender do deputado e presidente do PT em Pernambuco, Doriel Barros, o partido precisa deixar de ser oposição à governadora Raquel Lyra. À Rádio Folha disse que o povo não quer saber se a legenda é independente ou oposição. Quer mesmo é que as políticas públicas cheguem.