Meio ambiente: Parques eólicos têm atividades e construção suspensas em Pernambuco após protesto de agricultores e indígenas

21/02/25

Por Laís Nascimento/JC

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-Ações foram garantidas pelo Governo do Estado após dois dias de ocupação de famílias agricultoras e indígenas Kapinawá na sede da Adepe, no Recife

-Um parque eólico terá suas atividades paralisadas e outro não poderá mais ser construído no Agreste e no Sertão de Pernambuco.

O objetivo da mobilização foi protestar contra os impactos causados por complexos eólicos às comunidades, como a perda de territórios, remoções forçadas, contratos abusivos e danos ambientais e à saúde das famílias que vivem próximas aos aerogeradores.

João do Vale, da Comissão Pastoral da Terra e Escola dos Ventos, explica que a decisão de ocupar a sede da Adepe foi por omissão do Governo de Pernambuco e do Governo Federal. De acordo com ele, essa é a primeira vez que uma mobilização deste tipo garante a paralisação de um parque eólico no país.

“Já faz 10 anos que esse processo se arrasta e a gente só escuta promessas por parte do Estado. Foi uma falta de ações concretas que pudessem resolver a situação dessas famílias, que estão sofrendo com a violência dos parques eólicos, com o barulho, com a expulsão e com o adoecimento. São famílias inteiras que estão adoecidas por causa de um barulho ininterrupto. É extremamente torturante”, conta.

Divulgação
Famílias agricultoras e indígenas Kapinawá ocuparam por dois dias a sede da Adepe, na Zona Norte do Recife – Divulgação

Dentre as reivindicações dos grupos, estavam:

  • Revogação das licenças de operação de complexos eólicos, com paralisação das atividades até que sejam implementadas medidas efetivas de reparação, compensação e mitigação
  • Suspensão de processos de licenciamento de novos empreendimentos até que estudos técnicos garantam a ausência de danos às comunidades
  • Suspensão de incentivos fiscais e créditos a empresas envolvidas em denúncias de violações de direitos
  • Garantia do direito à consulta prévia das comunidades tradicionais e realização de audiências públicas antes da concessão de licenças ambientais para novos projetos
  • Suspensão e não renovação de contratos de fornecimento de energia de fazendas eólicas sobre as quais recaem denúncias de impactos socioambientais negativos

“O processo que a gente tem chamado de transição energética no Brasil tem sido muito violento e caótico, bem diferente do que os governos têm divulgado. O que a gente observa é que as empresas têm ganhado muito dinheiro e as famílias camponesas têm sofrido bastante com isso”, relata João do Vale.

O processo que a gente tem chamado de transição energética no Brasil tem sido muito violento e caótico

João do Vale, da Comissão Pastoral da Terra e Escola dos Ventos

Em nota, o Governo de Pernambuco afirmou que um termo de entendimento foi construído e assinado entre as partes, contemplando a adoção de medidas imediatas pelo Estado para salvaguardar as famílias impactadas na região.

Confira a nota do Governo de Pernambuco:

“O Governo de Pernambuco reafirma o seu compromisso em aliar o desenvolvimento econômico a uma transição energética verde e justa. Desta forma, um Grupo de Trabalho (GT) foi criado há um ano, de forma pioneira, para a elaboração do Licenciamento Socioambiental de Energias Renováveis.

O GT culminou na publicação, em outubro de 2024, da instrução normativa para empreendimentos de energia renovável, cujo intuito é trazer regras mais claras e segurança jurídica, garantindo, assim, os direitos das famílias impactadas pelos empreendimentos, bem como assegurando um bom ambiente de negócios que passe a prosperar a implantação de energias renováveis no estado.

Desde o início das manifestações, o Governo do Estado tem se colocado aberto ao diálogo, junto ao Ministério Público, com as lideranças das comunidades rurais (Caetés e Venturosa) e os povos indígenas Kapinawá. Na última terça-feira, um termo de entendimento foi construído e assinado entre as partes contemplando a adoção de medidas imediatas pelo Governo do Estado para salvaguardar as famílias impactadas na região.

Entre os pontos acordados no termo de entendimento, estão:

– o indeferimento, pela CPRH, do pedido de renovação da licença operacional do Complexo Eólico São Clemente;

– a construção de proposta de termo de ajustamento de conduta, a ser analisado pelo MPPE e pela empresa responsável pelo Complexo Eólico Santa Brígida;

– a reabertura do grupo de trabalho de Energias Renováveis, a fim de discutir a possibilidade de inclusão, na instrução normativa que regulamenta o licenciamento ambiental dos empreendimentos eólicos de Pernambuco, de regras de distanciamento mínimo entre os aerogeradores e as edificações.”

Divulgação
Governo de Pernambuco se reuniu com famílias agricultoras e indígenas Kapinawá para discutir projetos de parques eólicos no estado – Divulgação
Conflitos relativos a direitos territoriais

Em junho de 2024, um relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Igreja Católica, apresentou casos de invasões e violações contra os povos originários e seus territórios em todo o Brasil.

Um dos conflitos registrados em Pernambuco é a construção de parques de energia eólica nas comunidades Kapinawá, sem que os povos sejam consultados, de acordo com o texto.

O documento denuncia que o projeto é de iniciativa privada e prevê a instalação de 70 turbinas eólicas em uma área de mais de 3 mil hectares e que tem risco de grande impacto ambiental, social, cultural e arqueológico.

Golpismo: Militares planejaram gerar caos no país para impedir posse de Lula, afirma Mauro Cid

21/02/25

Por:Fernanda Strickland – Correio Braziliense

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O militar confirmou que o plano visava oferecer suporte para que Bolsonaro decretasse uma medida excepcional que inviabilizasse a posse de Lula

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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro relatou que esteve presente no início da conversa sobre o planejamento para fazer o caos com manifestantes (Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro relatou que esteve presente no início da conversa sobre o planejamento para fazer o caos com manifestantes (Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
O tenente-coronel Mauro Cid, delator no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado, revelou em audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que militares discutiram estratégias para criar um cenário de caos com o objetivo de justificar uma intervenção das Forças Armadas. A reunião teria ocorrido no dia 12 de novembro de 2022, na casa do general Braga Netto.
Segundo Cid, além dele e de Braga Netto, participaram do encontro o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Ferreira Lima. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro relatou que esteve presente no início da conversa, mas foi solicitado a se retirar pelo próprio general.
“Ministro, basicamente, os três [Braga Netto, Oliveira e Ferreira Lima] tinham a mesma ideia, que tinham que ser feitas… alguma ação tinha de ser feita para que o presidente quisesse assinar um documento e as Forças Armadas entendessem a necessidade de intervir. Então, a discussão estava nesse nível: o que poderia ser feito para que tivesse um caos utilizando as massas, utilizando as massas, aquela população toda que estava na rua, para que pudesse ser decretada alguma coisa”, declarou Cid.
Segundo Cid, essa foi a parte inicial, uma parte introdutória para dizer a importância de ter que fazer algo. “Inclusive quando falaram de bloqueio de estradas, de caminhoneiros, aí o presidente pulou fora porque pensou que não daria certo. Então eles começaram a bolar e pensar a parte inicial do planejamento”, afirmou o tenente-coronel.
Confirmou que o plano visava oferecer suporte para que Bolsonaro decretasse uma medida excepcional que inviabilizasse a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Dois dias após a reunião, Rafael de Oliveira teria procurado Cid solicitando dinheiro para custear ações que haviam sido discutidas no encontro.
Cid relatou que levou a demanda a Braga Netto, que o orientou a buscar recursos no Partido Liberal (PL), sigla à qual ele e Bolsonaro eram filiados. No entanto, segundo Cid, a legenda informou que não poderia fornecer o montante necessário.
“Aí eu voltei no general Braga Netto e ele falou: ‘Vou dar um jeito, vou tentar conseguir por outros caminhos’”, afirmou o delator. Conforme Cid, uma ou duas semanas depois, Braga Netto lhe entregou uma sacola de vinho contendo dinheiro, que posteriormente foi repassado a Rafael de Oliveira. “Eu não contei, não sei quanto, estava grampeado. E aí o De Oliveira veio buscar o dinheiro”, disse Cid, acrescentando que a origem dos recursos seria do setor do agronegócio.

Tribunal de Contas de Pernambuco cria painel e mira em contratos temporários e despesas com pessoal

21/02/25

Por Betânia Santana

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Tribunal de Contas defende transparência para população fazer o controle social
Número de contratos temporários e limites para despesa com pessoal na gestão pública estão na mira do Tribunal de Contas de Pernambuco.Levantamento do TCE-PE aponta que contratos temporários aumentaram 36,3% nos últimos quatro anos (2020 a 2024). E foi maior nos municípios (+43,6%). No Estado atingiu 7,2% a mais.

Também houve aumento no registro de comissionados, no mesmo período. O crescimento foi de 29,3% nos municípios e de 5,4% no Estado.

Os dados, enviados pelos próprios gestores, revelam ainda que 50% dos 184 municípios pernambucanos têm mais servidores temporários que efetivos.

E, pelo menos, 37 Câmaras de Vereadores não têm servidores efetivos, entre elas as das cidades de Barra de Guabiraba (Zona da Mata), Custódia (Sertão) e Salgadinho (Agreste).

Há também informações sobre os limites para despesas com funcionários, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Vinte e três prefeituras excederam o limite de 54%.

Lideram a lista, Nazaré da Mata (76,45%); Paranatama (66,42%) e Itacuruba (65,89%). Os dados podem ser acessados em um painel no site do TCE. social. Acesse aqui.

“Embora previsto pela Constituição, o contrato temporário deve ser a exceção, necessitando sempre ser justificado”, alerta o presidente do TCE-PE, Valdecir Pascoal.

O conselheiro admite que os dados são preocupantes, porque a regra é admitir por concurso público. “O TCE está atento, agindo por meio de auditorias, autos de infração, e medidas cautelares para garantir uma gestão pública eficiente”, enfatiza.

Procurada no início da noite de ontem, a assessoria da Prefeitura de Nazaré da Mata avisou que só hoje disporia dos dados.

A guerra das creches
Quando a governadora Raquel Lyra assinou, na quarta, ordem de serviço para 38 creches, em 30 municípios, o prefeito do Recife, João Campos, fez reunião de gestão e um balanço das unidades na capital. Pelas redes sociais, disse que a cidade tem 184 creches que oferecem, em média, 100 refeições por semana a cada criança. No ano passado, investiu R$ 71 milhões só em alimentação.

Desarrumação
O superintendente da Sudene e ex-secretário de Educação do Estado, Danilo Cabral, fez um apelo ao Governo de Pernambuco para que trate a educação com respeito. Disse estar recebendo reclamações sobre fardamento, merenda, infraestrutura, concurso e ônibus da União adesivados como se fossem do Estado. “Um completo desarranjo”, esbravejou.

Verdes
O vereador licenciado Marco Aurélio Filho, secretário de Direitos Humanos do Recife, ganhou na Justiça o direito de continuar presidindo o PV na capital. A decisão foi do desembargador André Caúla Reis. O presidente do PV no Estado, deputado Clodoaldo Magalhães, vai recorrer.

Indicação
A vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) vai ser incluída no Programa Nacional de Imunizações do SUS. Indicação da deputada federal Maria Arraes (SD) e abraçada pelo Ministério da Saúde. O VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite.

Extrema direita/golpe: Bolsonaro estuda saídas, inclusive asilo na embaixada americana

21/02/25

Por Magno Martins, de Brasília

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Para os aliados de Bolsonaro que participaram da conversa, a busca de abrigo na Embaixada Americana tem o objetivo de criar um fato internacional e, com isso, tentar impedir a prisão
Em reunião com aliados, logo após o impacto da denúncia contra ele oferecida pela Procuradoria Geral da República ao STF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), procurou aliados e traçou algumas das linhas de atuação em cima de uma estratégia nos próximos dias, para enfrentar o processo, que será longo e doloroso, de cabeça erguida. Vai usar a tática futebolística, de que a melhor defesa é o ataque.Entre tantas reuniões, a que mais avançou se deu na casa do líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS). Deputados e senadores estão dispostos a continuar buscando a mobilização popular e esmiuçar qualquer brecha para fragilizar a denúncia do procurador-geral, Paulo Gonet. Caso as duas primeiras estratégias não funcionem, ele está sendo aconselhado a buscar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos.

Para os aliados de Bolsonaro que participaram da conversa, a busca de abrigo na Embaixada Americana tem o objetivo de criar um fato internacional e, com isso, tentar impedir a prisão. Isso porque o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é entusiasta de Bolsonaro e, na avaliação dos deputados, poderia ajudá-lo garantindo abrigo por tempo indeterminado.

O próprio ex-presidente acredita que, entre os três planos, o que tem mais chances de dar certo é a mobilização popular. Por isso, ele está empenhado em convocar o maior número de apoiadores para a manifestação do dia 16 de março, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro é acusado de cinco crimes relacionados a um suposto plano de golpe de Estado para impedir Lula (PT) de assumir o poder após as eleições de 2022. Entre os crimes estão a liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

 

Ministério Público denuncia seis integrantes da organizada do Sport por “atos de terror”

21/02/25

Folhape

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Conforme denúncia, integrantes da Torcida Jovem foram responsáveis pela premeditação do confronto no bairro da Torre
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou seis integrantes da principal Torcida Organizada do Sport, pelas confusões realizadas nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR), no último 1º de fevereiro, antes da realização do Clássico das Multidões do Campeonato Pernambucano.

Seis integrantes da organizada foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, desobediência, dano ao patrimônio público, agressões físicas, emprego de artefato explosivo e rixa de grandes proporções. Todos já tiveram a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Denúncias
Conforme a promotoria, os integrantes da Torcida Organizada rubro-negra foram os responsáveis por provocar todo o acontecimento.

Ainda segundo a denúncia, feita na última terça-feira (18), dois deles arquitetaram o confronto, sendo fundamentais para a convocação e orientação dos demais componentes.

“Os atos configuram a prática de terrorismo, haja vista que os atos de violência cometidos por esses grupos não são o objetivo principal, mas apenas o meio que eles utilizam para disseminar o pânico, o medo, o terror não só entre eles, mas em toda pessoa que nutra simpatia por algumas das equipes de futebol do Estado e pense em utilizar no dia a dia qualquer simbolo de sua equipe”, iniciou

“Os atos de violência praticados, embora inicialmente pudessem ser vistos como vandalismo ou briga de torcida, agora devem ser analisados sob a ótica da sensação de insegurança generalizada que causam na população e que, na verdade, põem em xeque o próprio poder do Estado, na medida em que revelam sua incapacidade de garantir a ordem, a segurança pública e a paz social”, concluiu a promotoria.

Momentos de terror
Conforme a denúncia, integrantes da Torcida Organizada do Sport estacionaram um veículo nas proximidades da Ilha do Retiro, exatamente a 1,8 km do Bairro da Madalena, local onde foram realizadas algumas das cenas de violência. O automóvel tinha posição estratégica para suprir o poder ofensivo dos demais membros do grupo, com objetos e produtos.

Dentro do carro, foram encontrados explosivos caseiros, rojões grandes, soco inglês, barra de ferro, corrente metálica, dinheiro e substâncias entorpecentes.

“Arquivos de vídeos juntados pela Polícia Civil mostram que a Torcida Jovem do Leão avançava na contramão das vias em direção aos bairros da Madalena e da Torre, portando bombas caseiras, paus e pedras, causando desordem e temor nos populares, até que no bairro da Torre se depararam com a Torcida Explosão Coral, que estava sendo escoltada pela Polícia Militar em duas viaturas”

Mesmo percebendo a presença da polícia ou do maior número de indivíduos por parta da Inferno Coral, os membros da Torcida Jovem iniciaram o confronto. A princípio com a utilização de artefatos e seguindo para luta corporal.

“O confronto evoluiu para agressões físicas diretas, com os envolvidos partindo para as vias de fato e desferimento de golpes de paus. A brutalidade e a tática empregadas revelam uma ação coordenada e planejada, cujo objetivo era disseminar medo, configurando-se como um verdadeiro ato de terrorismo urbano”.

“Retaliando a atitude do grupo Torcida Jovem do Leão, a rival protagonizou outro episódio de extrema violência, perseguindo, inclusive com o uso de motocicletas, membros da Torcida Jovem do Leão que foram atropelados e brutalmente agredidos com chutes, socos, golpes com paus e barras de ferro”.

As Torcidas Organizadas citadas já foram extintas judicialmente no ano de 2020, contudo, não resultou no encerramento das atividades. Ambas organizações mudaram o CNPJ e a Razão Social e continuaram com as mesmas práticas anteriores. 

Estado entrega as primeiras casas reformadas em Jardim Monte Verde por meio do Morar Bem PE

21/02/25

Imprensa PE/JC

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Morar Bem é o primeiro programa habitacional do Estado. Iniciativa também visa a intervenções em barreiras para evitar os deslizamentos de terra

 

O Governo de Pernambuco entregou, nesta quinta-feira (20), as primeiras 20 casas reformadas pelo programa Morar Bem Pernambuco – Reforma no Lar em Jardim Monte Verde, Jaboatão dos Guararapes.

O programa foi lançado há sete meses na região e tem como objetivo beneficiar 350 casas. A governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause, visitaram algumas das primeiras casas beneficiadas pelo sistema de captação de água de chuvas Plugow, que será instalado em outras 400 residências da comunidade.

“Aqui no Jardim Monte Verde nós entregamos hoje 20 casas reformadas, cada uma com investimento médio de R$ 18 mil, garantindo piso novo, rede elétrica, telhado, além de uma inovação para captação de água da chuva que serve tanto para impedir o encharcamento do solo quanto garantir à população o direito de ter uma água de qualidade na torneira”, declarou a governadora.

Em Jardim Monte Verde ocorreu a maior tragédia de deslizamento de barreira da história de Pernambuco, levando 20 pessoas a óbito em 2022. As intervenções para evitar novas tragédias são realizadas através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

“Aqui em Monte Verde nós estamos atuando também na contenção de encostas, ação que vai dar segurança às demais casas para que essas pessoas permaneçam no local onde nasceram, onde criaram os seus filhos”, pontuou André Fonseca, Secretário executivo de Habitação do Estado

Reforma no Lar

O Reforma no Lar é uma das modalidades do programa Morar Bem Pernambuco, investindo na adequação de lares para a população.

As intervenções, avaliadas em até R$ 18 mil por residência, são destinadas a melhorias estéticas e funcionais, como reboco, pintura, instalação de portas e benfeitorias elétricas e hidráulicas nas casas da comunidade.

Os serviços são realizados por empresas de construção civil, que usam mão de obra local para gerar emprego e renda na área, e que são selecionadas através de licitação pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab).

“Aqui não tinha reboco nem acabamento. Eu tinha até vergonha de chegar na minha própria casa,”  disse Talita Souza, uma das beneficiadas pelo projeto. “Agora é um murão vermelho, tô cheia de orgulho e é por isso que eu estou aqui vestida de vermelho, parecida com a casa”, concluiu.

Plugow

Durante a agenda em Jardim Monte Verde, a governadora também conheceu de perto as primeiras casas beneficiadas pelo sistema Plugow. A tecnologia, além de permitir o aproveitamento da água da chuva para consumo humano, evita infiltração no solo, o que garante maior estabilidade às encostas.

Para a ação, está sendo realizado um investimento de R$ 6 milhões do Governo do Estado, por meio do Morar Bem, em parceria com a startup Pluvi, criadora do sistema. Com isso, o rodízio de água será enfraquecido.

O sistema capta a água pluvial diretamente dos telhados, armazenando até 1.000 litros, tratando e distribuindo o recurso de forma segura. Na Região Metropolitana do Recife, onde chove cerca de 2.000 mm por ano, um telhado de 100 m² pode gerar até 200 mil litros de água anualmente.

Encostas

As obras de contenção de encostas em Jardim Monte Verde foram iniciadas em junho de 2024 e contam com um investimento de R$ 53 milhões. Até o momento, 45% dos serviços já foram executados.

As ações incluem remoção vegetal, terraplenagem, construção de muros de pedra argamassada e instalação de sistemas de drenagem. A previsão é que tudo seja concluído até dezembro de 2025.