Violência : Raquel Lyra se pronuncia sobre caso do menino Arthur, em Tabira

20/02/25

Por Portal Folha de Pernambuco

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Lei de Talião: Populares lincharam uma das pessoas acusadas de violentar a criança

 

Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB)
Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) – Foto: Ricardo Fernandes//Folha de Pernambuco

 

Nesta quarta-feira (19), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, concedeu entrevista à imprensa, e falou sobre o cruel assassinato de uma criança de dois anos em Tabira, no Sertão do Estado.

O caso, que resultou em linchamento por revolta popular, aconteceu no último domingo (16), após Arthur, uma criança de dois anos, morrer com indícios de violência física e sexual em um hospital da cidade.

Caso Arthur: confira tudo o que se sabe sobre a morte do menino de 2 anos em Tabira• Tabira: polícia abre inquérito para identificar autores de linchamento de suspeito de matar menino• Tabira: multidão cerca delegacia após prisão de casal que matou menino de 2 anos
Raquel Lyra se pronunciou sobre o crime ocorrido no Sertão do Estado.

“Violência contra criança é algo que afeta o coração de toda mãe. Todo tipo de violência é abominável, mas quando se trata de criança, e de uma criança pequena e indefesa, atinge o coração de todas nós. Lamento muito pelo fato ocorrido”, disse.

A governadora Raquel Lyra fez a declaração momentos após assinar, no Palácio do Campo das Princesas, a ordem de serviços para construção de 38 creches em 30 municípios pernambucanos.

Segundo a governadora, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social instaurou um inquérito para apuração do caso.

“É lamentável que a gente veja cenas como essa. A corregedoria da SDS já instaurou inquérito para apurar esse caso e enxergar os erros que aconteceram. Infelizmente a população não pode revidar com linchamento, o que foi uma barbárie.”

“É claro que o sentimento de justiça aflora muito, especialmente quando se trata de um crime contra uma criança. Mas o Estado precisa fazer o seu papel não só de investigação, apuração e penalização, não só do crime contra a criança, mas apurar a conduta dos envolvidos no linchamento”, relatou Raquel Lyra.

Na corda bamba: Braga Netto cogitou usar dinheiro do PL para financiar golpe

20/0225
247/Otávio Rosso

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Após receber a recusa do partido, os golpistas foram atrás do dinheiro do agronegócio para financiar a trama
General Braga Netto
General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
 Em sua delação premiada, tornada pública nesta quarta-feira (19), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o general Walter Braga Netto cogitou usar dinheiro do PL, partido de Jair Bolsonaro, para financiar uma tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) retirou o sigilo da colaboração de Cid após a Procuradoria-Geral da República denunciar os envolvidos na trama golpista. As informações são do jornal O Globo.

O militar explicou que procurou Braga Netto para tratar da solicitação de dinheiro para o golpe. O general teria orientado que Cid buscasse o apoio do PL para viabilizar o financiamento. “O colaborador procurou o General Braga Netto informando dessa solicitação e recebeu como resposta a indicação de que procurasse o PL – Partido Liberal para obter o dinheiro necessário para a operação”, diz a transcrição do depoimento.

Cid também relatou que, durante uma conversa com Braga Netto, o general teria afirmado que os militares envolvidos no movimento para reverter o resultado das eleições estavam “precisando de dinheiro”. “Aí o general deu a ideia: ‘Peça para eles fazerem uma solicitação, o que eles precisam inicialmente e nós vamos ver se o partido consegue bancar alguma coisa'”, afirmou Cid ao ministro Moraes.

Ainda conforme o depoimento, Cid foi instruído a conversar com um “coronel do PL” para verificar a possibilidade de financiamento, mas o partido se recusou a apoiar a operação, tanto com manifestantes quanto com recursos materiais. “Aí eu voltei no General Braga Netto e ele falou: ‘Vou dar um jeito, vou tentar conseguir por outros caminhos'”, revelou Cid.

A estratégia do general, segundo o ex-ajudante de ordens, foi buscar apoio financeiro junto a empresários do agronegócio. “Então, o General Braga Netto entregou e ele comentou que era alguém do agro que tinha dado. Mas eu não sei o nome de quem foi, quem passou pra ele o dinheiro”, disse Cid, detalhando ainda que o dinheiro foi entregue ao coronel Rafael de Oliveira em uma sacola de vinhos.

O depoimento de Mauro Cid também revelou outros detalhes sobre a reunião secreta que ocorreu em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto. Segundo o tenente-coronel, ele foi instruído a se retirar do encontro, pois o general queria evitar envolver Bolsonaro diretamente no plano. “Quando entrou no nível das ideias, o general Braga Netto interrompeu e falou assim: ‘Não, o Cid não pode participar, tira o Cid porque ele está muito próximo ao Bolsonaro'”, explicou.

Cid também descreveu discussões em torno de formas de mobilizar a população, como a utilização de caminhoneiros e o bloqueio de estradas, para pressionar o Exército a declarar estado de sítio e assim permitir a reversão do resultado das eleições. “E aí começaram a surgir algumas ideias: não, vamos mobilizar os caminhoneiros, parar o país; não, vamos bloquear estrada”, detalhou o militar.

Recife terá espaço Casa Concórdia, projeto de moradia para imigrantes

19/02/25

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A imagem mostra uma rua de paralelepípedos em uma área urbana. À esquerda, há um prédio antigo com pintura desgastada e janelas gradeadas. No centro e à direita da imagem, há um grupo de pessoas, algumas em pé e outras sentadas, aparentemente conversando ou observando as atividades. No chão, há vários baldes, sacolas e objetos espalhados. Em primeiro plano, no canto inferior direito, há uma bola de futebol colorida.

A organização Habitat para a Humanidade Brasil apresentou a Casa Concórdia, uma iniciativa inovadora de aluguel social para imigrantes estrangeiros em situação de vulnerabilidade. A proposta é requalificar um imóvel subutilizado no centro do Recife para oferecer moradia digna e acessível a, pelo menos, 30 imigrantes que vivem na capital pernambucana.

O imóvel escolhido fica na rua da Concórdia, no bairro de São José, centro do Recife, e conta com dois pavimentos. Doado por herdeiros para essa finalidade, o espaço será reformado com base em um projeto arquitetônico prevê a construção de seis apartamentos de tamanhos diferentes para abrigar as famílias.

“O projeto está baseado no acesso adequado à moradia através do aluguel social, que é uma das formas de acesso à moradia ainda pouco utilizada no Recife e também no Brasil. A gente tem no Brasil, basicamente, um programa de acesso à moradia através da construção de novos imóveis, porém tanto o aluguel social como a melhoria de casas já existentes são formatos possíveis de garantir o acesso à moradia digna para a população mais vulnerável”, declarou Mohema Rolim, gerente de Programas da ONG Habitat Brasil.

O projeto conta com o apoio de universidades para o desenvolvimento da intervenção arquitetônica. As obras terão início em abril, com conclusão prevista para novembro de 2025. A Casa Concórdia é fruto de um financiamento internacional e da parceria entre a Habitat para a Humanidade Brasil e o Fundo FICA. Em sua fase inicial, o projeto firmou parcerias com organizações sociais e redes de apoio a fim de mapear os imigrantes que vivem na cidade do Recife e selecionar aqueles que serão contemplados com o aluguel social com base em critérios de vulnerabilidade.

Com os apartamentos prontos para habitação, o Fundo FICA ficará responsável por gerir os aluguéis. A organização sem fins lucrativos atua pelo direito à moradia há dez anos viabilizando o Serviço de Moradia Social para famílias em situação de vulnerabilidade na cidade de São Paulo. Pela primeira vez, a instituição atuará no Recife.

“A gente sabe que com seis apartamentos o impacto para o déficit habitacional não é significativo, mas a ideia é que esse projeto possa ser também um demonstrativo de que é possível a gente aproveitar imóveis que estão subutilizados, principalmente nas áreas de melhor infraestrutura das cidades, que são os centros. Essas áreas possibilitam e facilitam o acesso de moradores a vários benefícios sociais da cidade como o transporte público e o atendimento à saúde”, explicou Mohema Rolim.

“E por que escolhemos os imigrantes? Porque são pessoas que estão ainda mais vulnerabilizadas e que têm mais dificuldades em acessar as políticas públicas por não estarem em seus países de origem. Essa é uma forma de garantir uma segurança, para que essas pessoas consigam se estruturar e viver bem na cidade. Porque não é uma moradia fixa, é um aluguel social. A experiência do Fundo FICA mostra que depois de um tempo essas famílias conseguem ter uma renda melhor e se organizar para ir para outros”, concluiu a gerente de projetos da Habitat Brasil.

Ação de governo: Estado retoma obra de construção de três presídios em Araçoiaba

19/02/25

ImprensaPE

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Após dez anos paralisada, a conclusão da obra remanescente das unidades prisionais criará mais de mil vagas para o sistema prisional

Governo de Pernambuco anuncia retomada de obras de presídios em Araçoiaba

O Governo de Pernambuco retomou a obra de construção de três unidades prisionais masculinas, localizadas em Araçoiaba, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Paralisada há mais de dez anos, a conclusão do remanescente da obra será executada pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) e faz parte da reestruturação do sistema prisional e do investimento na ressocialização, por meio do Juntos pela Segurança.

“A melhoria da segurança em nosso Estado passa pela reestruturação do sistema penitenciário. Por meio do Juntos pela Segurança, estamos criando mais unidades prisionais para garantir melhores condições de trabalho aos servidores e manter aqueles que estejam privados de liberdade isolados. Nos últimos dois anos já criamos mais de 1,8 mil vagas no sistema prisional e nomeamos mais de 660 policiais penais. Dentro de seis meses faremos mais esta entrega com a conclusão da obra em Araçoiaba”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Nesta nova fase, a obra receberá investimentos de R$ 30,6 milhões, entre recursos federais e contrapartida estadual. O espaço conta com 388 vagas masculinas para cada unidade prisional, totalizando 1.164 nos três estabelecimentos penais. “Estamos empenhados em garantir dignidade às pessoas privadas de liberdade e isso passa diretamente pela criação de novas vagas e pela ressocialização dos reeducandos. Isso faz parte da política do Juntos pela Segurança e temos trabalhado para cumprir a missão dada pelo Governo do Estado”, enfatizou o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes.

A previsão é que a obra seja concluída em seis meses, a partir da data de assinatura da ordem de serviço, que ocorreu no dia 13 de fevereiro. Estão previstos serviços como instalações elétricas, hidrossanitárias, revestimentos, pintura e urbanização. “A expertise da Cehab em execução de obras e gestão facilita para que possamos cumprir o cronograma, fazer o acompanhamento e realizar uma fiscalização mais próxima, para que as obras possam ser entregues no menor prazo possível”, declarou Paulo Lira, diretor-presidente da Companhia.

A empresa vencedora da licitação, Planalto Pajeú foi definida em 2024, após um processo de distrato com a construtora anterior, com cerca de 65% do contrato executado. As unidades prisionais têm os seus contratos de repasse assinados junto à Caixa Econômica desde 2012, com ordens de serviço assinadas em 2014 e previsão de término em 2015.

“Nosso sistema prisional tem grandes deficiências. Temos o exemplo dos presídios de Araçoiaba e Itaquitinga, cujos projetos foram atualizados através da Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos (SEPE). O Governo, em uma decisão assertiva, retomou esses projetos, com a maior qualidade possível”, afirmou o secretário de Projetos Estratégicos, Rodrigo Ribeiro.

Em 2023 e 2024, o Governo do Estado entregou 1.854 vagas, sendo 954 no Presídio Policial Penal Leonardo Lago (PLL) e 900 na unidade 2 do Presídio de Itaquitinga (PIT 2). A previsão é que até 2026 sejam entregues 7.950 vagas.

Foto: Divulgação

Inovação: Aplicativo TJPE+ permite emissão de certidões

19/02/25

Ascom TJPE

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Atualização do PJe Office para acesso ao PJe do TJPE - Notícias - OAB-PE

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) está disponibilizando, a partir desta quarta-feira (19/2), um novo sistema para a emissão de certidões judiciais. Agora, além da expedição dos documentos pelo site da instituição, também será possível realizar o procedimento pelo aplicativo TJPE+. Acesse aqui o novo sistema.

“É mais uma iniciativa que tem o objetivo de aprimorar os serviços digitais oferecidos à população pernambucana. Na nossa gestão, iremos sempre priorizar a agilidade e a eficiência do Judiciário”, diz o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto. Lançado em janeiro de 2024, o TJPE+ vem sendo aprimorado sistematicamente.

“Atualmente, existem dois sistemas de certidões, um para processos cíveis e outro para processos criminais. Nesse primeiro momento estamos modernizando as certidões de natureza criminal, mas em breve vamos disponibilizar no novo sistema todos os tipos de certidão de forma gradativa”, explica a secretária de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), Juliana Neiva.

Outra novidade é que o(a) usuário(a) não necessitará informar tantos dados como anteriormente. Serão solicitados apenas nome completo (ou razão social), CPF (ou CNPJ), além da data de nascimento e filiação para as pessoas físicas.

Projeto da extrema direita: Mensagens, ‘tocaia’ e plano de morte: veja as provas contra Bolsonaro e aliados que embasam denúncia

19/02/25

Agência O Globo

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Trama golpista
Depoimentos e documentos apreendidos reforçam acusação de suposta tentativa de golpe

A denúncia da Procuradoria-Geral da República ( PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma suposta tentativa de golpe de Estado, que teria ocorrido em 2022, reúne uma série de provas, incluindo depoimentos, mensagens e documentos.

Esses elementos, que já constavam no relatório final da Polícia Federal (PF), mostram as tentativas de reverter o resultado da eleição presidencial de 2022 e até mesmo de assassinar autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira a seguir as provas listadas:

Minuta golpista
Uma das principais descobertas da investigação foi a elaboração de uma minuta de decreto com teor golpista, apresentado por Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas.

O episódio foi relatado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, em seu acordo de delação premiada.

O relato, contudo, foi depois confirmado por diversos outros elementos, incluindo os depoimentos dos próprios ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, além de mensagens e registros de entrada no Palácio da Alvorada.

Em depoimento à PF, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes afirmou que Bolsonaro, após cogitar outros instrumentos jurídicos, propôs em uma reunião do Alvorada a decretação de Estado de Defesa e a criação de uma “Comissão de Regularidade Eleitoral”.

Freire Gomes afirmou que ele e o então comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior afirmaram de forma “contundente” que eram contrários, enquanto o comandante da Marinha, Almir Garnier, “teria se colocado à disposição”.

Baptista Junior reforçou o relato e afirmou que disse a Bolsonaro “que não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional para mantê-lo no poder”.

Mensagens de áudio enviadas por Cid a Freire Gomes no início de dezembro também corroboram a narrativa. O tenente-coronel afirma que Bolsonaro estava sendo pressionado “a tomar uma medida mais radical”, e que o presidente “enxugou o decreto”.

Pressão aos comandantes
Freire Gomes e Baptista Junior relataram, em depoimento à PF, que sofreram pressão para aderir ao golpe de Estado. Um dos mecanismos de pressão foi o documento chamado de “Carta ao Comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército Brasileiro”. Militares da ativa são proibidos de se manifestarem politicamente.

Após a negativa dos comandantes de aderir ao golpe, houve uma onda de ataques. O ex-ministro Walter Braga Netto ajudou a incentivá-los, enquanto orientou elogios a Almir Garnier.

“Oferece a cabeça dele. Cagão”, disse Braga Netto, sobre Freire Gomes. “Inferniza a vida dele e da família”, afirmou, em outro momento, sobre Baptista Junior, acrescentando em seguida: “Elogia o Garnier e fode o BJ”.

Elaboração do documento
De acordo com a PF, a minuta lida para os comandantes foi elaborada por Filipe Martins, então assessor da Presidência, pelo padre José Eduardo Silva e pelo advogado Amauri Saad.

Martins e Silva têm registros de entrada juntos no Alvorada. Também há diversos registros de antenas de celular de Silva e de Saad na proximidade da casa alugada pelo PL para funcionar como comitê de campanha de Bolsonaro.

Conhecimento sobre a minuta
O mesmo decreto apresentado aos comandantes foi encontrado em janeiro de 2023 na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Após a apreensão ser noticiada, diversos investigados trocaram mensagens entre si.

O ex-assessor Marcelo Câmara, por exemplo, disse a Mauro Cid que o documento “não seguiu porque poderia não ter amparo jurídico”. Filipe Martins enviou diversas mensagens ao tenente-coronel, mas apagou seu conteúdo em seguida.

Plano de assassinato
Foi encontrado com o general da reserva Mario Fernandes um documento chamado de “Punhal Verde e Amarelo”. De acordo com PF, era um plano de sequestro e possível assassinato do ministro Alexandre de Moraes e de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

No caso de Lula, o plano cita a possibilidade de “envenenamento ou uso de química / remédio que lhe cause um colapso orgânico”. O documento também tinha diversos detalhes de como seria sua execução, incluindo armas que seriam utilizadas, como uma metralhadora e um lança-granadas.

Quatro minutos após esse arquivo ser modificado pela última vez, um outro documento, com o mesmo número de páginas, foi impresso no Palácio do Planalto, no dia 9 de novembro. Esse segundo arquivo foi nomeado de “Plj”, o que a PF acredita que seja uma abreviação para planejamento.

Quarenta minutos depois da impressão, Mario Fernandes foi ao Palácio da Alvorada.

O mesmo arquivo foi impresso novamente no dia 6 de dezembro, em um momento em que Bolsonaro também estava no Planalto.

Monitoramento de Moraes
Um grupo com o nome Copa 2022 foi criado no aplicativo de troca de mensagens Signal. Os envolvidos usaram linhas de telefone em nome de terceiros e adotavam nas conversas nomes de países, como Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana.

Houve uma intensa troca de mensagens no dia 15 de dezembro envolvendo o monitoramento de Alexandre de Moraes. Alguns integrantes do grupo informavam estar na “posição”.

Às 20h53, contudo, foi enviada uma notícia informando que a sessão do STF seria interrompida e prosseguiria na semana seguinte. “Tô perto da posição. Vai cancelar o jogo?”, questionou um deles. “Abortar”, responde outro.

O que acontece agora?
A denúncia é a acusação formal contra Bolsonaro e seus aliados, após a análise dos indícios levantados pela Polícia Federal. O caso tem como relator o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela próxima etapa do processo: dar prazo de 15 dias para que as partes se manifestem.

Em seguida, a Primeira Turma do STF decide se a denúncia da PGR será recebida ou rejeitada. Caso os ministros entendam que há indícios do cometimento de crime, a denúncia será recebida, e o ex-presidente vai virar réu.

Só então, inicia-se a fase de instrução do processo, em que são colhidas as provas: as partes são ouvidas, pode haver solicitação de diligências e perícias, bem como pedidos de nulidade.

Uma vez encerrada a instrução do caso, é Moraes, na condição de relator, que deverá elabora o voto. Não há prazo para que essa análise seja feita e o julgamento só ocorre após a apresentação do relatório.

Envolvidos negam irregularidades
Jair Bolsonaro admitiu ter discutido medidas jurídicas com os comandantes das Forças Armadas, mas negou que isso configure um golpe.

— Os comandantes das Forças falam que “Bolsonaro discutiu conosco hipóteses de (artigo) 142, estado de sítio, estado de defesa”. E eu discuti, sim. Não foi nenhuma discussão acalorada. (…) Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição você pode utilizar — afirmou Bolsonaro à Revista Oeste, em novembro.

A defesa de Walter Braga Netto afirmou que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”.

A defesa de Mario Fernandes declarou que o chamado “Punhal Verde e Amarelo” não foi entregue a ninguém e que não há relação entre o plano e a operação denominada de Copa 2022.

Anderson Torres negou, em depoimento, ter “fornecido suporte jurídico ou técnico” à tentativa de golpe e disse que não sabia a origem do documento encontrado em sua casa.

Filipe Martins negou, em depoimento, ter participado de qualquer reunião, conversa ou discussão de “teor golpista”.

José Eduardo Silva afirmou, em depoimento, que esteve em Brasília para dar um “atendimento espiritual” para Bolsonaro.

Bolsonaro é denunciado pela PGR: veja a repercussão na imprensa internacional

19/02/25

Por Redação g1

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PGR: Bolsonaro e Braga Netto eram líderes do golpe

Bolsonaro foi denunciado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Entre os denunciados pela PGR estão o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, o general Walter Souza Braga Netto; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem.

O assunto está sendo repercutido pela imprensa internacional. Veja a seguir.

The New York Times, Estados Unidos

Reportagem do The New York Times fala sobre denúncia contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

Reportagem do The New York Times fala sobre denúncia contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

O jornal “The New York Times” escreveu que Bolsonaro foi acusado de liderar um “vasto esquema” para tentar minar a confiança do Brasil nas eleições de 2022.

“O procurador-geral do Brasil, Paulo Gonet Branco, indiciou Bolsonaro e outras 33 pessoas por uma série de crimes contra a democracia do país. As acusações essencialmente seguiram as recomendações feitas pela Polícia Federal em novembro.”

O jornal também ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda irá analisar a denúncia.

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The Washington Post, Estados Unidos

Washigton Post repercute denúncia contra Bolsonaro na PGR — Foto: Reprodução

Washigton Post repercute denúncia contra Bolsonaro na PGR — Foto: Reprodução

A reportagem do “The Washington Post” cita que a PGR alega que Bolsonaro e os demais denunciados participaram de um plano para permanecer no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022.

Bolsonaro estava envolvido na “disseminação sistemática de desconfiança no sistema eleitoral entre a população, a elaboração de um decreto para dar uma aparência de legalidade ao plano, a pressão sobre a alta cúpula militar para aderir à iniciativa e a incitação a um motim na capital”, diz o texto.

O jornal também afirmou que o ex-presidente nega as acusações.

The Guardian, Reino Unido

Denúncia da PGR contra Bolsonaro é tema de reportagem do 'The Guardian' — Foto: Reprodução

Denúncia da PGR contra Bolsonaro é tema de reportagem do ‘The Guardian’ — Foto: Reprodução

Segundo o britânico “The Guadian”, Bolsonaro foi acusado de ajudar a arquitetar uma conspiração de extrema direita para permanecer no poder por meio de um golpe militar.

“Bolsonaro, que especialistas dizem poder enfrentar até 28 anos de prisão se condenado, é acusado de crimes, incluindo envolvimento em uma tentativa de golpe de estado, associação criminosa armada e abolição violenta do Estado de Direito.”

Ainda segundo a reportagem, o objetivo do plano seria impedir que Lula assumisse o governo após vencer as eleições de 2022.

La Nación, Argentina

Argentino 'La Nación' fala sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

Argentino ‘La Nación’ fala sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

O jornal argentino “La Nación” destacou trechos da denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que aponta que Bolsonaro adotou um tom cada vez mais antidemocrático à medida que as eleições se aproximavam.

“Gonet disse que Bolsonaro adotou ‘um tom crescente de ruptura com a normalidade institucional em suas reiteradas declarações públicas, nas quais manifestou seu descontentamento com decisões de tribunais superiores e com o atual sistema eleitoral eletrônico'”, diz a reportagem.

El País, Espanha

Reportagem do jornal 'El País' cita denúncia da PGR contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

Reportagem do jornal ‘El País’ cita denúncia da PGR contra Bolsonaro — Foto: Reprodução

A reportagem do “El País” informou que Bolsonaro continua sendo o principal líder da direita no Brasil, mesmo estando inelegível. O texto também lembrou que o ex-presidente se recusou a reconhecer a vitória de Lula nas eleições de 2022.

“O ex-presidente está a um passo de sentar no banco dos réus. O procurador-geral encaminhou sua denúncia ao Supremo Tribunal Federal, que agora deve convocar uma de suas duas turmas para decidir se aceita a denúncia e abre um julgamento contra Bolsonaro e os demais acusados.”

No Recife:  Projeto Connecta+ abre vagas para oficinas gratuitas de expressão criativa e introdução à robótica

 19/02/25

Imprensa PCR

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Projeto idealizado pelas empresas Um Telecom e Connectoway e executado com a metodologia do Instituto MeMaker vai promover inclusão social para jovens através da tecnologia e inovação

Miniatura do anexoMiniatura do anexo
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O Projeto Connecta+, iniciativa liderada pelas empresas Um Telecom e Connectoway em parceria com o Instituto MeMaker, está com vagas abertas para oficinas gratuitas que promovem inclusão social por meio da tecnologia e inovação. Destinado a jovens de 16 a 20 anos da Região Metropolitana do Recife, o projeto busca ampliar horizontes e conectar os participantes a novas oportunidades de carreira. Serão oferecidas oficinas de expressão criativa contemplando as temáticas de Arte, Design e Introdução à Robótica. As atividades serão realizadas ao longo de 2025 no Projeto Aria Social, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Também são apoiadores do projeto o Grupo Parvi e a Lidermac.

O Connecta+ busca apresentar aos participantes novas áreas de atuação e quebrar barreiras sociais, incentivando a inserção no mercado da tecnologia e da economia criativa. As aulas serão gratuitas e contarão com metodologia do Instituto MeMaker, responsável pela capacitação em prototipação eletrônica e expressão criativa. No total, cada turma terá 30 horas-aula, sendo 15 horas dedicadas a experiências criativas e 15 horas focadas em tecnologia. Além disso, os alunos terão aulas com profissionais da Connectoway, intensificando a conexão com o mercado de tecnologia.

“O objetivo do Connecta+ é mostrar que esses jovens podem, sim, fazer parte desse universo e enxergar novas perspectivas profissionais. Queremos despertar talentos e abrir portas para um futuro com mais oportunidades e desenvolvimento sustentável”, afirma Luciane Gomes, Embaixadora do projeto.

“O Instituto MeMaker tem o compromisso de ser canal de acesso ao fortalecimento e desenvolvimento de jovens em situação vulnerável. Acreditamos que a criatividade e a inovação nos dão as ferramentas ideais para construir essa trilha de empoderamento e desenvolvimento pessoal e profissional. Através do Connecta+ vamos inserir os participantes na rota da inclusão e da transformação social, através da tecnologia e da economia criativa. Nosso objetivo é plantar nesses jovens a semente de que eles são capazes de de construir habilidades técnicas, além de adquirir a confiança necessária para enxergar e construir novos caminhos”, explica Monica Bouqvar, diretora institucional do Instituto Memaker.

“A parceria com o Connecta+ reforça a missão do Aria Social de transformar vidas por meio da arte e educação, oferecendo oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade. O projeto impulsiona o crescimento pessoal e profissional dos participantes, e o Aria Social está comprometido em apoiar essa iniciativa, ao sediar as oficinas e ajudar na formação de novos talentos”, declara Cecília Brennad, bailarina e diretora geral do Aria Social.

O projeto contará com uma infraestrutura acessível, incluindo recursos em Libras e espaços adaptados, além da oferta de aulas de inglês. Ao final da capacitação, os alunos apresentarão projetos desenvolvidos ao longo do curso.

Inicialmente, serão oferecidas três turmas de 20 alunos cada, com previsão de expansão para um total de 160 jovens capacitados ao longo do ano. As aulas serão ministradas por instrutores formados pelo Instituto MeMaker e que já passaram pelo programa, reforçando o impacto transformador da iniciativa.

Além do aprendizado teórico e prático, os participantes terão à disposição um laboratório de tecnologia exclusivo, materiais de apoio para as oficinas, certificado de conclusão, camisas personalizadas e lanche nos dias de aula.

As primeiras turmas terão início em março. As inscrições já estão abertas no site do Instituto MeMaker e podem ser feitas através do link https://abrir.link/UtVhK . Jovens de toda a Região Metropolitana do Recife podem participar. Para mais informações e detalhes sobre como se inscrever, coordenacao@institutomemaker.org.br ou pelo Instagram @institutomemaker.

Sobre a Um Telecom

Fundada em 2010, a Um Telecom é referência em infraestrutura de serviços digitais, com portfólio diversificado que inclui Cloud, Segurança da Informação, Conectividade, Mobilidade (MVNO) e Serviços Gerenciados. Atuando em todos os estados do Nordeste e em mercados estratégicos como São Paulo e Rio de Janeiro, a empresa se destaca pela robustez de sua rede de fibra ótica com mais de 20 mil quilômetros e uma equipe especializada que oferece soluções customizadas para clientes corporativos, setor público e operadoras regionais.

Sobre a Connectoway

A Connectoway é uma empresa com mais de 20 anos no mercado de Telecom, que agrega valor aos seus clientes através de soluções e tecnologias em hardware, software e de serviços como projetos personalizados de Conectividade, Smart City e Cibersegurança. Com clientes em todo o país, atende o mercado de operadoras competitivas, governos e enterprise. Em 2022, a Connectoway iniciou as operações da Connectoway Solar, braço da empresa de distribuição de equipamentos fotovoltaicos.

Sobre o Instituto MeMaker

Fundado em 2017, o Instituto MeMaker já impactou mais de 2.000 jovens em situação de vulnerabilidade, impulsionando o início de suas carreiras e ampliando oportunidades de futuro em Pernambuco. Com uma abordagem interdisciplinar que integra Design, Tecnologia, Empreendedorismo, Arteterapia e Inglês, o instituto utiliza a criatividade e a cultura como ferramentas de transformação social e profissional. Por meio de oficinas práticas e projetos inovadores alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o MeMaker capacita jovens a se tornarem agentes de mudança, promovendo um impacto positivo e duradouro em suas comunidades.