Parentes, amigos e autoridades se despendem da ex-primeira-dama Magdalena Arraes

13/07/24

Por Nicolle Gomes

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Velório da viúva do ex-governador Miguel Arraes acontece no Cemitério de Santo Amaro, no Recife, nesta sexta (12)copy sharing button
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 (Foto: Priscilla Melo/DP)
Foto: Priscilla Melo/DP
Familiares, amigos e autoridades acompanham, na manhã desta sexta (12), o velório da ex-primeira-dama de Pernambuco Magdalena Arraes.
As despedidas para a viúva do ex-governador Miguel Arraes acontecem no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife.
O enterro está marcado para as 11h desta sexta, no mesmo cemitério.
Magdalena Arraes tinha 95 anos e faleceu em casa, no Recife, na quinta (11).
Devido à morte de dona Magdalena Arraes, o governo do estado decretou luto oficial de três dias.
Dessa forma, Pernambuco presta uma homenagem para a ex-primeira-dama.
Ela presidiu a extinta Cruzada de Ação Social e se destacou no trabalho em projetos do governo estadual voltados para a população mais necessitada.
Celebrações fúnebres aconteceram na capela do cemitério de Santo Amaro. (Foto: Priscilla Melo/DP)
Celebrações fúnebres aconteceram na capela do cemitério de Santo Amaro. (Foto: Priscilla Melo/DP)
Depoimentos
Bisneto de dona Magdalena, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), esteve no velório logo cedo.
Ele destacou a convivência marcante com Magdalena.
“Tive o privilégio de conviver muito com ela. Vovó Magda era uma pessoa que agregava muito. Era impossivel passar um Dia das Mães, um Natal, um aniversário, sem estar com ela. Desde criança, em meus aniversários, ela não faltava um, sempre estava presente”, relembrou.
João Campos também ressaltou a importância da bisavó nas ações sociais.
“Ela tinha um coração muito largo, muito sensível, muito carinhosa e atenciosa com todo mundo. Também foi uma pessoa que ficou com sua trajetória marcada pelas ações sociais. Quando foi primeira dama do estado sempre atuando nas Cruzadas de Ação Social, na áreas da agricultura familiar, dos trabalhadores, das cooperativas, buscando sempre o fortalecimento daqueles que mais precisavam. Uma sensibilidade humana incrível. A gente se despede hoje dela. Vovó teve uma vida longa, plena, uma vida com muita dignidade. Fica a saudade da família”, disse.
“Quando vovó Magda se apaixonou pelo meu avô, Miguel Arraes, meu pai tinha cerca de cinco anos. Então, quando nasci, ela já era minha avó. Ela nunca foi só minha avó afetiva, ela sempre foi minha avó de sangue mesmo!”, explica a deputada federal Maria Arraes.
“Então, vovó Mada conseguiu desempenhar muito bem esse papel, não só para mim, mas para todos os netos que ela conseguiu abraçar, para todos os filhos que ela abraçou. Somos uma grande família que ela conseguiu abraçar, conseguiu adotar e conseguiu cuidar com muito carinho”, relembra.
Neta de Magdalena Arraes, Marília Arraes também foi ao velório se despedir da avó.
“Minha avó foi uma mulher muito à frente do tempo dela, muito corajosa, e ao mesmo tempo, muito terna, muito calma e de muita sabedoria”, recordou.
Sobre seu legado, Marília afirmou que Magdalena “não foi somente uma primeira dama, ela era uma mulher que se preocupava com a justiça social, que também dedicou sua vida à luta pela justiça social. Eu tenho certeza de que meu avô, Arraes, não teria chegado onde ele chegou, fazendo tudo o que ele conseguiu realizar se não tivesse que ela do seu lado”.
Outra presença nas cerimônias fúnebres foi o deputado federal Pedro Campos (PSB). Pedro falou sobre a figura afetiva da bisavó afetiva e de sua importância política.
“Magdalena enquanto vó era sempre aquele carinho, afeto com os netos, sempre com cuidado para estar cuidando de cada um. Também outra marca dela muito forte era o estímulo à leitura, sempre fez questão de presentear os netos com livros, gostava de ler para os netos, esse estímulo ao acesso a cultura que é marca também dela enquanto figura pública, podendo promover a cruzada de ação social para dar essa mesma oportunidade e esse mesmo olhar de cuidado para o povo de Pernambuco. Ela fez isso muito ao lado de Arraes e deixou marcas muito fortes também, marcas que até hoje a gente anda pelas comunidades do Recife e ainda vê ações feitas pela cruzadas, marcas relacionadas ao empoderamentos da mulheres, ao fortalecimento da capacidade da geração de renda das mulheres e isso como um instrumento também de liberdade delas. Acho que foram algumas das grandes marcas que Magdalena deixou”, disse à equipe do Diario.
Elisa Arraes é neta e morou com dona Magdalena desde a infância. Segundo ela, a avó estava com Alzheimer há alguns anos e enfrentava constantes infecções respiratórias, sendo esta a causa de sua morte.
Memória
Maria Magdalena de Fiuza Arraes foi enterrada ao lado de Eduardo Campos, seu neto, e Miguel Arraes, de quem foi esposa. Junto a Miguel, Magdalena promoveu ações sociais que mudaram a vida de muitos pernambucanos.
 (Foto: Priscilla Melo/DP)
Foto: Priscilla Melo/DP

 

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